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Ilustração Bioma Amazônia

Mapa do Brasil com destaque para o Bioma Amazônia

9 estados brasileiros
Acre, Amapá, Amazonas, Pará, Rondônia, Roraima, Tocantins, Mato Grosso e Maranhão

5 milhões
de quilômetros quadrados (km2)

433 mil
indígenas

30 mil
espécies de plantas

311
espécies de mamíferos

1.300
espécies de aves

350
espécies de répteis

163
espécies de anfíbios

1.800
espécies de peixes

152
espécies ameaçadas da flora

24
espécies ameaçadas da fauna

Brinque com ciência- Biomas do Brasil

Se tiver oportunidade, pergunte a qualquer estrangeiro o que lhe vem à cabeça quando se fala de Brasil. Provavelmente, a Amazônia estará no topo da lista. Nosso bioma mais famoso – e mais extenso – ocupa quase metade do território do país  e não é à toa que chama atenção: abriga uma variedade impressionante de seres vivos – riqueza que se estende além das terras brasileiras para ocupar também partes de países vizinhos (Peru, Colômbia, Venezuela, Equador, Bolívia, Guiana, Suriname e Guiana Francesa).

Tanta riqueza tem atraído há vários séculos pesquisadores brasileiros e de outras partes do mundo. Alfred Wallace, Emília Snethlage, Edgard Roquette-Pinto, Carl Von-Martius e Emílio Goeldi foram alguns dos grandes cientistas que estudaram a Amazônia no passado, e há muitos outros que se dedicam a ela no presente.

pássaros e flores do bioma AmazôniaPara você ter uma ideia, pesquisadores calculam que na Amazônia existem cerca de 30 milhões de espécies animais, mas nem todas foram encontradas e estudadas pelos cientistas. Isso significa que o bioma ainda guarda vários bichos desconhecidos do ser humano, e que há várias descobertas a fazer no futuro.

Os macacos estão entre os animais mais famosos da região. As grandes árvores amazônicas abrigam coatás, cuxiús, barrigudos e mais uma infinidade de primatas, além de outros mamíferos como onças, tamanduás, peixes-boi, botos... Entre os répteis – a maior densidade de répteis está neste bioma –, lagartos, jacarés, tartarugas e serpentes são os mais conhecidos e, entre os anfíbios, rãs, sapos e pererecas. Além disso, mais de mil espécies de aves já foram descobertas, incluindo muitas araras, papagaios, periquitos e tucanos.

Nos diversos rios que cruzam o bioma, nos lagos e nos igarapés, a quantidade de peixes é impressionante. As águas da Amazônia abrigam nada menos que 17 de cada 20 espécies de peixes de toda a América do Sul. Mas a maior parte das espécies de animais amazônicos é formada – adivinhe! – por insetos, como besouros, mariposas, formigas e vespas.

Se a fauna amazônica já deixou você de queixo caído, espere para ler sobre a vegetação, tão exuberante e variada quanto as espécies animais. Ela está dividida em três categorias: matas de terra firme, matas de várzea e matas de igapó.

As matas de terra firme estão em regiões mais altas e não são inundadas por rios. Elas incluem grandes árvores como a castanheira e a sumaúma – que ganhou o apelido de “rainha da floresta”. Já as matas de igapó estão em partes baixas e são frequentemente inundadas. Assim, são formadas por uma vegetação mais baixa, cheia de arbustos, cipós e musgos. É nessas áreas que ocorre a famosa vitória-régia, um dos símbolos da Amazônia, e também as orquídeas e bromélias.

Por fim, as matas de várzea são uma espécie de transição entre as matas de terra firme e as matas de igapó. Elas passam por inundações em determinadas épocas do ano e têm partes mais elevadas semelhantes às matas de terra firme e outras mais baixas, que se parecem com as matas de igapó.

Peixe boi e peixes, arara voa em um pôr do Sol, com foto de Daniel Medeiros.Hoje sabemos que são os mares (na verdade, o fitoplancton) os maiores produtores  do oxigênio que respiramos.  Mas, por muito tempo, as pessoas chamaram a Amazônia de “pulmão do mundo”, pois a enorme quantidade de plantas que ela abriga captura gás carbônico da atmosfera e produz muito oxigênio. Os cientistas já mostraram, porém, que a própria floresta também produz gás carbônico, e que o bioma não fornece oxigênio para outras partes do planeta – na verdade, a maior parte é consumida ali mesmo.

É claro que isso não diminui a importância da Amazônia, que tem um papel fundamental na estabilidade do clima na América. Ela estoca sozinha cerca de um quinto de toda a água doce do planeta e, quando essa água evapora, forma nuvens que migram para o sul do continente, garantindo a regulação das chuvas em lugares como o centro-sul do Brasil, a Argentina e o Paraguai.  Temos motivos de sobra para conservar esse bioma, não acha?

Sem falar nos indígenas, a região é considerada a mais populosa em indígenas. Além disso, a população que vive na Amazônia aumentou muito nos últimos anos, cerca de 25 milhões de pessoas moram nesse bioma, e o local possui cidades que são praticamente metrópoles, como Belém (PA) e Manaus (AM).

O desmatamento, seja para exploração da madeira ou para a criação de gado, e a grande ocorrência de queimadas são hoje as principais ameaças à Amazônia e têm como consequência a extinção de várias espécies animais e vegetais. Embora, nos últimos anos, o Brasil tenha comemorado uma redução no ritmo de desmatamento do bioma, a cada ano ainda são destruídos milhares de quilômetros quadrados de floresta – um descuido que, em pouco tempo, poderá causar o desaparecimento de várias espécies típicas da região. É por isso que centenas de cientistas estudam maneiras de conciliar a produção de alimentos e de madeira de forma que a floresta continue exuberante.