Embrapa Meio Ambiente
Embrapa & Escola
Programa Embrapa & Escola - Embrapa Meio Ambiente
O Programa Embrapa & Escola da Embrapa Meio Ambiente atende estudantes do ensino fundamental e médio de escolas públicas e particulares. O objetivo é divulgar e popularizar conhecimentos sobre a pesquisa científica, especialmente aquela desenvolvida para a agricultura e meio ambiente, responsáveis pela produção e pela qualidade dos alimentos que os brasileiros consomem no seu dia-a-dia.
Para agendar palestras presenciais – a escola pode escolher dois temas por visita (cada tema tem duração de 50 minutos). É preciso informar o nome da escola, pessoa e telefone para contato, quantidade de turmas, série e número de alunos, nome do professor responsável e, se possível, também o número do telefone celular para contato em casos de imprevistos ou emergências. O transporte fica a carga da escola. As visitas são sempre às quartas-feiras das 9h às 11h.
O agendamento deve ser feito pelo link Fomulário Visitas Embrapa Escola . Dúvidas podem ser esclarecidas pelo e-mail cristina.tordin@embrapa.br ou pelo telefone 19 3311 2608.
As turmas devem ter no máximo 40 alunos, acompanhados por dois professores. Ao final, será solicitada uma redação ou um desenho, de acordo com a série, que deverá ser realizado em sala de aula e enviado para a Embrapa Meio Ambiente.
A palestra também poderá ser realizada na escola, se necessário. Para isso, é preciso agendar com antecedência e informar os dados listados acima.
Além disso, a partir de 2020, serão oferecidas palestras virtuais, pelo mesmo sistema de agendamento.
TEMAS ABORDADOS
Floresta e meio ambiente
Busca mostrar a necessidade da floresta para a produção de água, mais especificamente nas matas ciliares e nas reservas legais, permissão e obrigatoriedades em todas as propriedades rurais, além da importância da arborização urbana. E, com isso, desperte nos alunos o cuidado que eles devem ter com as árvores e a natureza.
Responsável: Ivan Alvarez
Infraestrutura verde
É muito bom passar um tempo no campo, gostam de fazer com ar puro, água limpa, sem barulho ou poluição etc., mas sentimos falta do banho quente, comida semipronta comprada facilmente ali na esquina, ar condicionado etc. concreto e também, poluição, congestionamento, violência. Como conciliar os dois mundos? A infraestrutura verde pode ser uma solução, temos que trazer um pouco da natureza para as cidades. A palestra é sobre os serviços prestados pelas árvores dentro das cidades (diminuição da poluição, diminuição da temperatura, aumento da umidade relativa, diminuição dos riscos de inundação, diminuição dos ruídos etc.).
Floresta e água
Nos últimos anos o clima tem oscilado fortemente, às vezes temos secas como em 2011 e às vezes inundações, como em 2014. Isso ocorre em todo o mundo mas é mais fácil de notar nas grandes cidades. Qual é o papel da floresta na conservação, regulação e purificação da água? Porque as matas ciliares são importantes. A palestra versa sobre estes assuntos.
Responsável: Pedro Gehard
Os grandes biomas brasileiros
O Brasil apresenta seis grandes Biomas: Floresta Amazônica; Mata Atlântica, Cerrado, Caatinga, Pampa e Pantanal. A palestra discre sobre as principais características de cada um deles, bem como o seu processo de formação.
Responsável: Patrícia da Costa
Pegada ecológica: conceitos e relação com a produção agropecuária
Será discutido o que é pegada ecológica e serão apresentados os conceitos básicos de território per capita, biocapacidade e contabilidade ambiental. Os conceitos serão abordados com principal atenção à sua relação com a produção agropecuária. Dados do Brasil serão apresentados em forma de gráficos e mapas. As estatísticas oficiais do IBGE serão utilizadas e a forma de acesso a elas será descrita. Será comprovado a dinâmica da agropecuária brasileira e como esse interesse está intimamente ligado ao tema em discussão. Serão mostrados dados históricos e atuais sobre estatísticas nacionais com foco na produção agropecuária. Serão oferecidos ainda alguns conceitos de sensoriamento remoto agrícola.
Na palestra serão abordados aspectos da Pesquisa Agropecuária Brasileira e o papel que o desenvolvimento científico e tecnológico influencia no cenário da agricultura nacional. Também serão discutidas as ações dos pesquisadores e da Embrapa no âmbito da produção agrícola nacional. Breves especificações do que é a Embrapa como um todo e a Embrapa Meio Ambiente, em especial, serão apresentadas.
A carreira científica: um exemplo na pesquisa agropecuária brasileira
Será discutido o que é ser um pesquisador científico, como se chega lá e o que se faz no dia a dia. Na palestra serão abordados aspectos da Agropecuária Brasileira e o papel que a Pesquisa Científica desempenha no cenário da agricultura nacional. O papel da pesquisa e dos pesquisadores, bem como da Embrapa, no alcance desses resultados será destacado. Breves especificações do que é a Embrapa como um todo e a Embrapa Meio Ambiente, em especial, serão apresentadas. Serão mostrados dados históricos e atuais sobre estatísticas nacionais com foco na produção agropecuária.
Alguns resultados da pesquisa serão apresentados e discutidos. Assuntos como a importância da água para a atividade agrícola e o possível conflito com os demais usos urbanos e industriais serão dados como exemplo de demanda e oportunidade para a pesquisa. Ao final, será discutida a necessidade de se enfrentar o dilema entre temas complexos como o uso de agrotóxicos, desmatamento, conflitos agrários e mudanças climáticas, por um lado, com a geração de empregos, geração de divisas, produção de alimentos e combustíveis renováveis, por outro.
Mudanças climáticas: conceitos comunicação e relação com a produção agropecuária
A questão das mudanças climáticas não se resume à forma como indivíduos e coletividades percebem o mundo e tomam decisões pautadas por tais percepções, no entanto, num mundo onde a maior parte dos fluxos de materiais se dá na forma de consumo de produtos agrícolas e de bens industrializados , oferecidos no mercado, e onde o mercado tem o poder de pautar a política e, consequentemente, as políticas públicas ligadas ao meio ambiente, não é possível construir estratégias robustas para lidar com o problema sem entender como padrões decisórios, individuais e coletivos, nele toma parte.
As soluções definitivas para as mudanças climáticas são tecnologias viáveis e de baixo custo que permitem à sociedade melhorar os padrões de vida enquanto limitam e se adaptam às mudanças no clima. Ainda assim, soluções científicas, técnicas e organizacionais não são suficientes. As sociedades precisam ser motivadas e capacitadas para adotar as mudanças possíveis. Para isso, o público deve ser capaz de interpretar e responder a informações científicas, tecnológicas e econômicas que são muitas vezes de difícil compreensão. Pela razão de sua minuciosa investigação científica, psicólogos sociais sabem das dificuldades que indivíduos e grupos têm em processar e responder de forma eficaz às informações sobre desafios sociais complexos e a longo prazo.
Esta palestra detalha muitas das barreiras à comunicação científica e ao processamento de informações. Apresenta algumas ferramentas que – combinadas à ciência pública rigorosa, tecnologias inovadoras e políticas específicas – ajudam a nossa sociedade a tomar as medidas fundamentais e permitir reagir com urgência e precisão a um dos maiores desafios já enfrentados pela humanidade: as ameaças ambientais em escala global, enfrentadas pelos seres humanos, dentre as quais as mudanças climáticas são as mais complexas e de longo alcance.
Responsável: Alfredo José Barreto Luiz
Biodiversidade, controle biológico de previsões e sustentabilidade
Nesse tema, as crianças podem sair em uma caminhada para conhecer e sentir um pouco da biodiversidade do local, acompanhadas pelo pesquisador, que vai explicando pelo caminho.
A preocupação com a preservação ambiental aumentou significativamente nas últimas décadas em conformidade com as restrições de alterações climáticas em nível mundial, resultando em ficar evidentes.
A produção e consumo desenfreado de combustíveis fósseis, o desmatamento das florestas, a produção em larga escala de lixo doméstico e resíduos industriais, lançados no ambiente frequentemente sem tratamento, além do uso inadequado de fertilizantes e agroquímicos na produção de alimentos, vem contribuindo com níveis para uma “saúde” do planeta.
Podemos afirmar que a necessidade de aumento crescente na produção de alimentos, e também as outras atividades humanas, proporciona oportunidade para o aparecimento de declarações e doenças da agricultura, muitas vezes resistentes às defensivas existentes.
O controle biológico de previsões é um fenômeno natural em que a abundância de um organismo é regulada por seus inimigos naturais (parasitas e predadores) por mecanismo de controle por densidade recíproca. Atualmente, o controle biológico adquire importância crescente em programas de manejo integrado de previsões, em que diferentes métodos de controle como o biológico, uso de cobertura verde, diversificação e rotações com culturas e variedades resistentes são usados de maneira combinada para minimizar os prejuízos.
Alguns exemplos de organismos (fungos e vespas) empregados no controle de nematoides, como o nematoide das galhas (M eloidogyne incognita ) e lagartas, como a lagarta da espiga do milho ( Helicoverpa zea e H. armigera ), serão apresentados.
O objetivo é divulgar conhecimento e pesquisa, especialmente produzidos na Embrapa. Como resultado final da palestra, espera-se que os alunos obtenham conhecimentos gerais sobre os temas Biodiversidade, Controle Biológico de Pragas e Sustentabilidade, além de aplicações e sua importância econômica e socioambiental.
Importância da Biodiversidade na Pesquisa Agropecuária
Nesse tema, as crianças podem sair em uma caminhada para conhecer e sentir um pouco da biodiversidade do local, acompanhadas pelo pesquisador, que vai explicando pelo caminho.
Todos devem ter lido sobre a perda de biodiversidade global, desde pequenos insetos e microrganismos até grandes mamíferos e seus impactos no meio ambiente. Porém, menos conhecida é a importância da biodiversidade para a agricultura.
A agricultura é uma atividade econômica essencial no Brasil pois é responsável pela segurança alimentar e para a geração de renda para milhões de famílias. A produção agrícola cresceu muito nas últimas décadas e hoje representa mais de 25% do PIB do país.
Apesar deste crescimento muito ainda pode ser melhorado tanto em termos de produtividade quanto em conservação da natureza e manutenção da biodiversidade dos ecossistemas nativos do Brasil.
O 'pulo do gato' significa que a biodiversidade (de genes, espécies e ecossistemas) é uma grande aliada da agricultura, e por este motivo a biodiversidade associada aos sistemas de produção agropecuários é recebida cada vez mais atenção nas agendas de pesquisa ao redor do mundo, incluindo a Embrapa.
O objetivo é divulgar o conhecimento sobre a importância da Biodiversidade e sobre as linhas de pesquisa que estão sendo desenvolvidas, especialmente aquelas produzidas na Embrapa. Como resultado final da palestra, espera-se que os alunos obtenham conhecimentos gerais sobre os temas Biodiversidade e Pesquisa Agropecuária e sua importância econômica e socioambiental.
Responsável: Artur Jordão de Magalhães Rosa
O Solo: conceito, importância ecológica e seus diferentes tipos de uso
Serão apresentadas informações teórico-práticas sobre diversos aspectos do Solo, tais como: a sua formação, quais os componentes da sua composição e a organização no seu ambiente natural. Ao mesmo tempo, para uma maior e melhor visão prática do estudo, será exibida uma rica coleção de fotos, exibindo diferentes padrões, ou tipos de solos, encontrados em diversas regiões brasileiras. Isto permitirá uma visão clara da diversidade de ecossistemas, bem como sua importância para a ecologia e para a produção de alimentos.
Como resultado final, espera-se que os alunos obtenham conhecimentos gerais sobre esse recurso natural, abrangendo os diferentes tipos, como principais funções e sua importância ambiental e socioeconômica.
Avaliação da qualidade dos solos: noções metodológicas e procedimentos para classificação de áreas, de acordo com sua capacidade de uso
Considerando que o uso adequado do solo é o primeiro passo para a realização de uma agricultura correta e sustentável, serão apresentadas noções básicas do método de avaliação dos solos, com base no “Sistema de Capacidade de Uso”. Este método prevê uma avaliação com foco em dois aspectos principais: conservacionista e econômico. Como resultado final, tem-se grupos de solos, ou classes de capacidade de uso, que são em número de oito (08), convencionalmente designados por algarismos romanos: I, II, III, IV, V, VI, VII e VIII, as quais permitem um planejamento de uso agrícola dos solos, dentro dos princípios de sustentabilidade e qualidade ambiental.
Serviços ambientais e serviços ecossistêmicos: conceitos e importâncias ecológicas e socioeconômicas
Serão apresentados os principais conceitos, assim como a importância referentes aos serviços ambientais e serviços ecossistêmicos. Também serão apresentadas e discutidas as diferentes categorias de serviços, correspondentes à provisão, regulação, culturais e de suporte. Além dos exemplos para cada tipo de serviço, com as suas respectivas importâncias para o meio ambiente e para a vida humana, serão abordados um conjunto de termos, tais como: sustentabilidade, variabilidade, resiliência, pegada ecológica, recursos bióticos e recursos abióticos, ecossistemas , dentre outros), oferecem maior embasamento para a compreensão das discussões sobre o meio ambiente.
Erosão do solo nas cidades e seus impactos econômicos, sociais e ambientais
A intensa expansão dos centros urbanos tem afetado negativamente os recursos naturais. De acordo com o IBGE, a partir de 1970 houve uma forte urbanização da população brasileira, e o solo é um dos elementos da paisagem que mais sofre pressão. Este recurso, quando usado ou manejado indevidamente, tem na erosão um dos principais vetores de degradação, destruição e prejuízos, inclusive com riscos à vida animal e humana (enchentes, inundações, deslizamento de terras e outros impactos ambiental, social e econômico na zona urbana). A palestra é baseada em textos simples, acompanhados por uma rica variedade de fotos e ilustrações, facilitando a compreensão de conceitos, tipos de erosão, principais causas e consequências, além da sugestão de medidas para erradicar ou mitigar os impactos.
Erosão do solo na zona rural: conceitos, fatores de riscos e práticas conservacionistas
O solo é um recurso natural básico, importante no equilíbrio ambiental e nos diferentes setores empresariais e da vida humana, como: produção de alimentos, moradia, recreação e construção civil, planejamento rural e urbano, dentre outros. Este recurso, quando usado ou manejado indevidamente, tem na erosão um dos principais vetores de degradação, destruição e prejuízos, com graves impactos econômicos, ambientais e sociais na zona rural (arraste de solo, baixa produção agrícola, diminuição de renda da propriedade e êxodo rural, além do comprometimento da qualidade e quantidade de água, principalmente).
Educação ambiental como indutora de práticas e hábitos saudáveis ao meio ambiente e à qualidade de vida
A educação ambiental pode mudar hábitos, transformar situações do planeta terra e proporcionar uma melhor qualidade de vida às pessoas. Essa prática educativa deve ocorrer de forma consciente, onde cada indivíduo sinta-se responsável por ações preventivas e corretivas, visando a adequada conservação dos recursos naturais e melhoria da qualidade de vida. A abordagem sobre o tema será feita em linguagem simples e objetiva, com ricas ilustrações, a fim de facilitar a compreensão sobre o assunto. Além dos aspectos teóricos, serão apresentados filmes educativos, exibindo diferentes ecossistemas (água, solo e vegetação, dentre outros) e condutas pessoais, que servem de base para discussões, reflexões e ampliação de consciência conservacionista.
Responsável: Lauro Pereira
Agricultura familiar de base ecológica: a abordagem territorial
A história social da agricultura familiar será apresentada de forma sucinta. Em seguida, será caracterizado socialmente o território rural (agricultores, técnicos, Ongs, cooperativas, agroindústrias, etc.), descrevendo didaticamente a sociodiversidade do meio rural. Para tanto será apresentado as concepções (conceitos) de sistemas familiares, caracterizado a partir da estrutura agrícola mas também dos valores sociais e culturais (identidades dos grupos de agricultores/motivações e projetos futuros). Em seguida, discutirá o papel dos grupos sócio profissionais na preservação dos recursos naturais e na produção de alimentos ecológicos. Mostrando que a relação com os recursos naturais também é fruto das percepções dos produtores e agentes de desenvolvimento local. Finamente, conclui se a palestra com o balanço das perspectivas de desenvolvimento para a agricultura familiar.
Nesta palestra deverá serão apresentadas fotografias de experiências sociais agroecológicas para ilustrar o conteúdo e dar visibilidade real a sociodiversidade.
Responsável: Lucimar Santiago de Abreu
Microbiologia Ambiental
Na apresentação do Laboratório de Microbiologia Ambiental, iniciaremos com os alunos uma discussão sobre onde podem ser encontrados micro-organismos no ambiente, levando-os a concluir que os micro-organismos estão em todos os lugares: associados a plantas, livres no solo, compondo a microbiota abrigada pelo corpo humano, animais, e até mesmo em ambientes de características extremas quanto a temperatura e umidade. Será mencionado o papel dos micro-organismos na produção de alimentos, remédios e energia, bem como a ação dos causadores de doenças, podridão em alimentos, e oportunistas. A partir da compreensão quanto ao crescimento das culturas e quanto ao tamanho das células e das colônias, serão abordados os equipamentos necessários para visualização, manipulação, cultivo e inativação de micro-organismos. Por fim, serão brevemente relacionadas as atividades desenvolvidas no Laboratório de Microbiologia Ambiental, quanto à origem das amostras coletadas e os grupos microbianos isolados.
Subtópico do tema Microbiologia Ambiental
Serão apresentados os microrganismos benéficos presentes nas folhas e raízes de plantas para controlar a ferrugem asiática da soja, uma doença de planta, envolvendo algumas bactérias e fungos que demonstraram ter o potencial biotecnológico para serem utilizados em outras áreas, como por exemplo na produção de antibióticos.
A apresentação vai abordar um amplo leque incluindo tópicos como: isolamento de microrganismos ambientais, controle biológico, fitossanidade, natureza do DNA, visualização em microscópio de estruturas de fungos, carreira científica e biotecnologias de microrganismos no nosso dia a dia.
Responsável: Elke Vilela, Gabriel Mascarin e Rosely Nascimento
Sistema de bioflocos para produção de tilápias
Será apresentado, aos estudantes, em forma de palestra, o sistema de bioflocos - tecnologia sustentável para produção de juvenis - o peixe é considerado juvenil quando apresenta suas estruturas morfológicas semelhantes a os adultos.
Isso pode trazer várias vantagens como aumento da produtividade e produção com troca mínima de água, melhoria na qualidade da água e redução dos custos com alimentação, uma vez que a tilápia nos estágios iniciais possui boa capacidade de aproveitamento do alimento natural.
O desafio atual para o aprimoramento dos sistemas intensivos de produção está baseado na diminuição do uso da água para renovação e manutenção de sua qualidade e redução da emissão de efluentes, que consequentemente proporciona menor impacto ambiental.
O princípio fundamental desse sistema é a reciclagem de nutrientes, por meio da manutenção de uma alta relação carbono/nitrogênio na água, que estimula o crescimento de bactérias heterotróficas que convertem amônia em biomassa microbiana, possibilitando ainda, a manutenção da qualidade da água e redução do seu uso, altos índices de produção e produtividade, e diminuição dos custos com a alimentação, já que os bioflocos podem alcançar níveis de proteína bruta de até 50%.
Responsável: Hamilton Hisano
A polinização: um benefício da natureza!
A polinização é um processo fundamental para a reprodução das plantas e para a produção de alimentos, sementes e fibras, e as abelhas são, na maioria dos casos, os principais polinizadores. No Brasil, que abriga ¼ de todas as espécies de abelhas existentes no mundo (cerca de 5.000), os agricultores, de um modo geral, se beneficiam da polinização gratuita realizada por elas, garantindo a produção de frutas, verduras, legumes e grãos. Contudo, atualmente, existe uma deficiência na polinização de muitas culturas agrícolas devido a uma redução na abundância e na diversidade de abelhas. Essa redução é promovida, principalmente, pela destruição do ambiente natural, que diminui a oferta de alimento para as abelhas e de locais para a construção de ninhos, e pela aplicação de agrotóxicos, que afeta o seu comportamento de polinização e pode levá-las a morte. A Embrapa Meio Ambiente possui um meliponário onde são criadas, mantidas e estudadas diversas espécies de abelhas sem ferrão, as abelhas sociais nativas do Brasil. As abelhas sem ferrão constituem o grupo de insetos generalistas mais bem sucedido nas florestas tropicais úmidas, com grande abundância e diversidade, ocorrendo também em áreas rurais e urbanas. É fundamental conhecer as abelhas para garantirmos sua conservação e assegurarmos a manutenção das nossas matas e da produção de alimentos.
Para que a visita ao meliponário possa ocorrer durante esta atividade, o agendamento das escolas deve ocorrer de fevereiro a abril e de outubro a dezembro; além disso, para um melhor aproveitamento pelos estudantes, o ideal são 20 alunos para cada visita.
Responsáveis: Katia Braga e Ricardo Camargo (Embrapa Meio-Norte)
A ciência dos insetos aquáticos
O trabalho baseia-se em informações obtidas por meio dos insetos aquáticos, que de acordo com suas proporções (de indivíduos taxonômicos ou de categorias alimentares) na comunidade, em determinadas situações, indicam a qualidade do ecossistema.
Aprender é muito prazeroso, e também uma evolução constante. Há tantas coisas que o homem conseguiu entender o funcionamento e, em muitos casos, criou mecanismos mecânicos, computacionais, remédios e hipóteses baseados nas pesquisas suas ou de outros.
Os insetos aquáticos vivem em praticamente todos os ambientes aquáticos ao redor do Globo, há espécimenes que conseguem sobreviver em ambientes desérticos, outros em ambientes com temperaturas negativas, outros em água salgada, alguns em ambientes severamente poluídos.
Há uma grande diversidade de formas, principalmente entre as larvas, compridas, com pernas, finas, abauladas, construtoras de casas (para isso utilizam pequenos grãos de areia, cortam gravetinhos), algumas são enroladas como as conchas de moluscos.
Os insetos possuem grande importância ecológica porque atuam como elo na teia alimentar, atuando como consumidores primários, predadores ou detritívoros. Uma das categorias alimentares que recebe grande destaque são os picadores, como o próprio nome diz, cortam os alimentos que são constituídos por matéria orgânica vegetal, principalmente aquela proveniente de mata riparia. Sendo assim, sua presença indica um bom estado de conservação desta vegetação e sua ausência, por sua vez, aponta uma baixa qualidade do ecossistema.
Outra forma fácil de identificar a qualidade do ambiente é observar se há uma elevada quantidade de larvas vermelhas no sedimento do fundo dos córregos. Por terem hemoglobina, conseguem captar oxigênio da água de forma mais eficiente que outras larvas, e isso propicia sua resistência à poluição e são consideradas indicadores biológicos de água pouco oxigenada. Exemplos de insetos comumente conhecidos são libélulas, borrachudos e outros hematófagos, barata d’água.
Os projetos de pesquisas são os mais variados, voltados para agricultura, não somente os grandes latifundiários, mas também a agricultura familiar, visando melhorar as condições de vida no campo aliada ao cuidado ambiental, possibilitando um uso prolongado e consciente.
Cerca de 7 mil estudantes de todas as faixas etárias já assistiram a palestra sobre insetos aquáticos e se encantaram com o mundo subaquático. Quem são os insetos aquáticos? O que eles fazem dentro da água, para que servem? Estas e outras perguntas são apresentadas ao público. Ao final, um desafio que só aquele que acertar a maioria das questões ganhará o prêmio. Os estudantes também verão insetos conservados, como baratas d’água, libélulas, efemérides e muitos outros.
Responsável: Kathia Sonoda
Colmeias
Serão mostradas as colônias de abelhas sem ferrão em caixas de observação, que possibilitam visualizar a organização interna das diferentes espécies da fauna brasileira. São 5 espécies, com diferentes características e arquiteturas de ninho (Mandaçaia, Jataí, Mirim-preguiça, Marmelada e Lambe-olhos).
O objetivo é mostrar que existem muito mais espécies de abelhas do que se imagina, muitas das quais não possuem ferrão e produzem mel de excelente qualidade. Por não representarem perigo, podem ser criadas em casa ou em sítios. Além de produzir o próprio mel, as pessoas contribuem para a conservação dessas espécies e com a polinização das plantas ao redor de suas áreas.
Também serão abordados os diferentes tipos de méis provenientes das abelhas africanizadas (produzidos a partir de diferentes floradas) e méis das abelhas sem ferrão (produzidos por diferentes espécies de abelhas brasileiras). O mel das abelhas africanizadas possui maior quantidade de açúcares e tem o sabor característico da florada que originou aquele mel. Assim, o mel proveniente da laranjeira possui uma característica, o proveniente de eucalipto possui outra e assim por diante. Já o mel das abelhas sem ferrão é mais líquido, varia em sabor e qualidade de acordo com a espécie de abelha que o produz, porque seus potes de cera funcionam como um barril de carvalho que transmite para o mel os aromas da colmeia, que são específicos de cada abelha. O objetivo é ilustrar essa diversidade incrível de produtos oriundos das abelhas, especialmente dos produtos de origem brasileira.
Responsável: Cristiano Menezes
Por que os insetos são tão importantes?
Os insetos são muito importantes para nós, porque são capazes de sobreviver e se alimentar nos mais diversos ambientes tais como plantas, madeiras, néctar, sangue e por isso dependendo da espécie podem ser benéficos e/ou maléficos para nós. Ao falarmos da importância dos insetos, logo lembramos o seu papel econômico na agricultura, no entanto, eles possuem importância ecológica, médica e até mesmo na resolução de crimes.
Os insetos servem de alimento para mamíferos, aves, répteis, anfíbios e peixes. Caso os insetos fossem eliminados por completo de uma área, o desequilíbrio ecológico seria muito grande, pois afetaria uma grande quantidade de seres vivos.
Alguns insetos, tais como borboletas e abelhas, são fundamentais para a reprodução de algumas plantas, sendo importantes polinizadores transferindo o grão de pólen de uma planta para outra, garantindo sua fecundação.
Os insetos possuem importância econômica, sendo usados pelo homem para a produção de vários produtos. Por exemplo, as abelhas e o bicho-da-seda, o qual produz um casulo do qual se retira o fio de seda. No entanto, além dos benefícios, os insetos são os nossos maiores competidores pois se alimentam das plantas na lavoura atacando e dizimando plantações inteiras, no que se diz respeito produção de alimentos. Algumas espécies também podem transmitir doenças em plantas, dificultando ainda mais a produção agrícola, pois nesse caso, é necessário controlar tanto o microrganismo que causa a doença como inseto que dissemina a doença.
Alguns insetos possuem ainda importância médica, uma vez que provocam uma grande quantidade de doenças em seres humanos e animais. Os mosquitos, por exemplo, são vetores de doenças graves para a população, tais como a malária, febre amarela, dengue, febre chikungunya. Sabe-se que a presença de pulgas em cães e gatos, que pode desencadear reações alérgicas, anemia, verminoses e até mesmo estresse.
Os insetos também possuem um papel importante no que diz respeito à criminalística. Os insetos necrófagos, que se alimentam de cadáveres, nos ajudam proporcionando informações a respeito do horário e local da morte de uma pessoa. Para isso, o pesquisador necessita apenas analisar as espécies ali encontradas e conhecer bem seus hábitos. É chamada de entomologia forense a técnica que relaciona insetos e outros artrópodes a detalhes de um crime.
Vale ressaltar ainda que algumas espécies de insetos são utilizadas na alimentação humana em inúmeros países. Essa é uma tendência que tem aumentado no mundo todo, inclusive no Brasil, onde já se tem empresas que vendem farinha de insetos para ser usado como reforço proteico na alimentação infantil.
Mulheres Cientistas
A palestra aborda a importância, desafios e exemplos de cientistas femininas, que são destaques no ramo científico, com exemplos da presença feminina entre os cientistas desde a antiguidade até os dias atuais, em que as mulheres podem ainda enfrentar preconceitos em determinadas áreas e países.
No entanto, vale ressaltar que o principal objetivo é incentivar a profissão de cientista entre as crianças, em especial do sexo feminino, para gostarem de ciências e matérias afins, além de evidenciar que a profissão de cientista é estimulante e muito fascinante, contribuindo para o aumento da procura e da atuação dessas crianças, principalmente nessa área.
Sabe-se que nas áreas de Exatas e Engenharia ainda há o domínio da atuação de homens. No entanto, é necessário analisar se existem menos mulheres nestas áreas devido ao fato de as mulheres serem discriminadas ou simplesmente pelo fato de que as mulheres gostam e se identificam mais com a área de Biológicas.
Independente da área escolhida, é preciso destacar que para ser cientista é necessário estudar muito, se dedicar, ter foco, ter paixão pela ciência, trabalhar todos os dias, na maioria das vezes sem finais de semana, sem férias, sem estabilidade e viver de bolsas de estudo, tendo que correr atrás a cada 1 ou 2 anos até conseguir um emprego fixo, mas a pesquisadora ressalta ser uma profissão muito gratificante e apaixonante.
Responsável: Simone Prado
Construção de hortas comunitárias em escolas
Hortas comunitárias em escolas e pequenos espaços. Esta é uma novidade para 2023. Podemos cultivar hortaliças, plantas medicinais, condimentares e aromáticas, seja na escola, no quintal de nossa casa ou mesmo em uma varanda de apartamento. Esse tema deve contribuir para reforçar o interesse das escolas e propiciar novas adesões deverão ocorrer, influenciando a demanda de agendamentos.Que pequenas hortas nas escolas, como já apontam diversas experiências, conduzidas pelo País afora, se tornam um campo especial para a aprendizagem comunitária e vivências únicas para os alunos. O empenho ao Programa é muito compensador. Além de colhermos os frutos do nosso trabalho, temos a satisfação de plantar e colher verduras, condimentos e chás saudáveis na área de serviço de nosso apartamento ou no quintal de nossa casa, ali, bem pertinho da cozinha, onde vão ser preparadas para nosso consumo.
Vamos contar para vocês o que está rolando com um projeto super legal da Embrapa Meio Ambiente lá em Jaguariúna, chamado PSA-Jaguariúna. Esse projeto é como um super-herói para as áreas verdes: ele ajuda a cuidar da natureza, principalmente onde as árvores estão sendo replantadas e protegidas. Isso tudo faz parte de um plano maior da cidade, o Programa Bacias Jaguariúna, que conta com a ajuda de várias organizações.
Vamos falar sobre como esse projeto é importante para deixar o campo mais verde e bonito, usando uma maquete bem legal para explicar. Também vamos mostrar como conseguir dinheiro para plantar mais árvores, como proteger essas áreas com cercas, plantar novas mudinhas e ficar de olho nelas para ver como crescem. Além disso, vamos explicar sobre um esquema que paga as pessoas para cuidarem do meio ambiente (isso mesmo, ganhar dinheiro ajudando a natureza!) e como todo mundo trabalha junto para fazer a natureza ficar mais feliz e saudável.
O nosso objetivo é mostrar para vocês como essas ações estão fazendo uma grande diferença na área onde a água é coletada para a cidade (esse é o nosso Projeto Piloto) e o que mais vamos fazer para melhorar a situação do rio Camanducaia, também em Jaguariúna. Esperamos que, ao conhecerem melhor essas atividades, vocês fiquem animados para ajudar a cuidar do nosso planeta.
Responsáveis: Maria Lucia Zuccari, Pedro Gehard e José Carlos Perdigão (ONG Jaguatibaia)