Embrapa Milho e Sorgo
Gerenciamento de Resíduos de Campos Experimentais
Dentre os resíduos de campos experimentais, os que requerem maior atenção são os resíduos de agroquímicos e suas embalagens. O preparo e aplicação de caldas nos experimentos de campo é planejado para que não reste nenhuma quantidade de produto após a aplicação. Para isso, os equipamentos são calibrados em conformidade com as solicitações e as recomendações do fabricante e recebem manutenção preventiva e corretiva. Os pequenos volumes restantes de aplicação em experimentos são aplicados em áreas em pousio definidas pelo Setor de Campos Experimentais, restando muito pouco material para lavagem. Os efluentes de lavagem dos tanques de pulverizadores, possuindo concentrações já muito baixas de agroquímicos, são coletadas em um tanque impermeabilizado com concreto, onde esses resíduos sofrem fotodegradação e os resíduos restantes após evaporação são recolhidos para incineração ou disposição em Aterro Classe I.
Um grande esforço tem sido feito para implementar, sempre que possível e compatível com os experimentos em andamento, o Manejo Integrado de Pragas (MIP), fazendo uso de práticas que possibilitem reduzir o uso de agroquímicos, como monitoramento com armadilhas, controle biológico e manejo cultural.
No que se refere às embalagens de agroquímicos, uma vez esvaziadas, elas recebem tríplice lavagem e são perfuradas para evitar reutilização, conforme regulamentos técnicos vigentes. Anualmente, essas embalagens são encaminhadas à uma Central de Recolhimento, vinculada ao Instituto Nacional de Processamento de Embalagens Vazias (inpEV).
Os agroquímicos que eventualmente atingem a data de validade antes de serem totalmente consumidos são armazenados separadamente dos produtos em uso e recolhidos também para a Central do inpEV.
Uma outra ação, essa de caráter gerencial, que tem promovido a redução na geração dos resíduos supracitados (embalagens vazias e agroquímicos vencidos) é a aquisição programada de agroquímicos de acordo com o estoque e com a previsão de experimentos definidos pela pesquisa. Nesse processo, a capacidade das embalagens é definida em função da demanda da dosagem dos produtos, que são adquiridos com formulações mais concentradas e é exigido que cada produto possua, na entrega, validade de no mínimo 75% do tempo total de validade do produto.