Pesquisas - Suínos
A suinocultura é uma atividade dinâmica. Novas tecnologias e ferramentas de gestão surgem constantemente e em intervalos de tempo cada vez menores. O papel da Embrapa tem sido acompanhar as tendências para desenvolver projetos voltados à necessidade da cadeia produtiva. A Embrapa executa a pesquisa de suínos principalmente por meio da Embrapa Suínos e Aves, que constrói uma agenda de pesquisa e de transferência de tecnologia com o uso de Comitês representativos das cadeias produtivas e dos organismos oficiais de controle do Governo brasileiro. Dessa agenda são construídos os projetos colaborativos de pesquisa, que passarão a integrar os portifólios ou arranjos nacionais de pesquisa. Na agenda da Embrapa Suínos e Aves a pesquisa está organizada nos Núcleos Temáticos de Produção de Suínos, Sanidade de Suínos, Produção de Aves, Sanidade de Aves e Meio ambiente. Além desses núcleos, há os setores de Economia e Transferência de Tecnologia que conduzem estudos logísticos.
Portfólios e Arranjos de projetos
Alimentos, Nutrição e Saúde
Tem como objetivo sistematizar e articular ações para a implementação de projetos de P,D&I com foco no avanço do conhecimento e desenvolvimento tecnológico associado à obtenção de alimentos que promovam melhoria do estado nutricional e qualidade de vida da população, atendendo novas exigências do mercado. Acesse a relação de projetos deste portfólio.
Alimentos Seguros
Constituído para suprir lacunas tecnológicas e contribuir para o fortalecimento de iniciativas com foco na produção de alimentos seguros. Acesse a relação de projetos deste portfólio.
Engenharia Genética no Agronegócio
O objetivo geral deste portfólio é prover a Embrapa de uma carteira de projetos de PD&I com foco no uso da Engenharia Genética, e outras ferramentas da Biologia Molecular para solução de problemas e agregação de valor na agricultura brasileira, em essência, antecipando tendências e garantindo o ajuste permanente das prioridades de pesquisa para a manutenção da competitividade do agronegócio brasileiro. Acesse a relação de projetos deste portfólio.
Sanidade animal
Visa o diagnóstico, o controle e a prevenção e/ou erradicação de agentes de doenças animais, por meio de pesquisa, desenvolvimento e transferência de tecnologia no território nacional, ou atendendo a demandas de países parceiros. Considera três vertentes: agentes de doenças transmitidas por alimentos (DTAs) ou segurança dos alimentos de origem animal; agentes de doenças de importância estratégica para o sistema de defesa sanitária; e agentes de doenças responsáveis por prejuízos na produção animal. O foco é proteger a produção e a competitividade das cadeias produtivas de carne bovina, suínos, aves (frango), ovos, leite e derivados, caprinos, ovinos, aquicultura (peixes, camarão, moluscos e bivalves), equinos e bubalinos. Estudos transversais apoiam as atividades, com foco prioritário em epidemiologia veterinária, imunologia e vacinologia animal, biotecnologia aplicada à saúde animal, patogenia, patologia comparada, estudos econômicos das doenças animais, resistência genética do hospedeiro a patógenos animais, saúde pública veterinária e bem estar animal. Acesse a relação de projetos deste portfólio.
Arranjo Maprim
Desenvolvimento de estratégias para redução do déficit e melhoria da eficiência de uso de matérias primas para produção de suínos e aves
Projeto em destaque
Em atendimento à solicitação oficial do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, a proposta deste projeto é a estruturação de um sistema d ...
A contaminação da carne por microrganismos causadores de doenças transmitidas por alimentos (DTAs), que depende de pesquisa laboratorial para a detecç ...
Com este projeto, objetiva-se desenvolver e validar o primeiro abatedouro móvel de suínos no Brasil. O projeto será conduzido em diversas etapas, abra ...
Tendências
Sanidade suína
| Uma tendência fortemente observada na área de sanidade de suínos é a uma maior atenção na produção de alimentos seguros. Uma das formas de buscar esse objetivo é a redução/eliminação do uso preventivo de antimicrobianos para prevenção de enfermidades e a substituição desses por probióticos, fitoterápicos, extratos herbais e ácidos. Nessa linha, observa-se ainda a ampliação do uso de vacinas polivalentes e de uso massal, via oral e via respiratória para leitões. |
Nutrição
O grande enfoque na área de nutrição de suínos será o conhecimento e manipulação do microbismo intestinal através do emprego de alimentos de alta digestibilidade, com o uso amplo de enzimas e moduladores de flora intestinal. Desta forma, a saúde intestinal e a redução de doenças serão objeto de estudo, especialmente em um futuro onde se vislumbra a eliminação do uso de antibióticos promotores de crescimento e de uso preventivo. A alimentação líquida para suínos se mostra como uma forte tendência de automação de alimentação de animais. Suas principais vantagens são: a maior eficiência na utilização dos alimentos, a redução do uso de mão de obra e redução no desperdício de alimento. Existem outras vantagens como a possibilidade do uso de ingredientes líquidos, como subprodutos da indústria de leite e cervejaria. Em vários sistemas de produção no Brasil, a alimentação líquida é baseada no uso de ração seca (milho e farelo de soja) misturada com água, obtendo-se excelentes resultados. O maior entrave para adoção dessa tecnologia é o custo de investimento. No Brasil, já existem empresas que atuam no mercado nacional, oferecendo equipamentos de excelente qualidade. |
Bem-estar
Percebe-se uma tendência da sociedade brasileira e dos mercados importadores de produtos de origem animal em demandar dos governos padrões mínimos de bem-estar animal nas cadeias produtivas. Para atender essa exigência, novos métodos não invasivos para colheita de materiais para diagnóstico, novos sistemas de atordoamento de suínos e sistemas de eutanásia nas granjas deverão ser desenvolvidos e adotados. |
Melhoramento genético
A longo prazo, continuará a busca de animais geneticamente melhorados, visando principalmente a redução da gordura, a melhoria da eficiência alimentar e o favorecimento do crescimento do tecido magro para maximizar o desempenho dos suínos em terminação e na qualidade da carcaça. |
Reprodução
Na área de reprodução animal, a Inseminação Artificial de Tempo Fixo (IATF) - em que a inseminação é feita antes da ovulação - tem se mostrado uma tendência mundial, assim como a mensuração seminal. A nutrição de reprodutores, com objetivo de melhorar qualidade do sêmen, também será um tema de interesse da pesquisa nos próximos anos. |
Meio ambiente
| A crescente demanda por sistemas de produção de suínos mais sustentáveis ocorrerá por meio da criação de normativas ambientais mais rigorosas, baseadas em critérios técnicos validados pela pesquisa agropecuária. Assim, haverá necessidade de adotar tecnologias de gestão da água e de tratamento e reciclagem dos resíduos gerados por estas atividades: dejetos e camas, carcaças de animais mortos, resíduos de frigorífico, entre outros. |
Custos de produção mundiais
A rede InterPIG envolve instituições de pesquisa, associações de representação, órgãos públicos e empresas de consultoria dos principais países produtores de carne suína para discussões sobre custos de produção. O Brasil é representado pela Embrapa. Saiba mais sobre a InterPIG clicando aqui. |