Estratégias do Plano Estratégias do Plano

  • 1. Ações Solidárias

    Ações de curtíssimo prazo, realizadas imediatamente após as primeiras cheias, para socorrer os atingidos e atender as necessidades mais urgentes. 

    Tais como:

    • Empréstimo de veículos e máquinas
    • Acolhimento dos atingidos
    • Arrecadação de recursos via plataforma digital
    • Coleta de doações
    • Voluntariado
    • Doação de excedentes de pesquisa
  • 2. Ações Emergenciais

    Ações de curto prazo, em parceria com a ATER e órgãos da administração pública, para mapear a extensão dos danos e impactos e encontrar soluções para a recuperação dos sistemas agroalimentares, florestais e das paisagens rurais do RS.

    Tais como:

    • Sala de situação 
    • Articulação institucional
    • Levantamento de danos ambientais e socioeconômicos
    • Diagnóstico in loco 
    • Capacitação
  • 3. Ações Estruturantes

    Ações de médio prazo para direcionar projetos de PD&I em áreas essenciais para a mitigação de efeitos de eventos extremos similares via Plataforma Regional Sul.

    Tais como:

    • Plataforma de Dados
    • Programa Restauração Ambiental
    • Programa de Transferência de Tecnologias fundamentado em boas práticas agrícolas
    • Programa de disponibilização da Genética e Insumos
    • Programa de Redução de Riscos Climáticos
    • Programa Biossegurança e Saúde Única

Ações Solidárias

 
  • Doação de Excedentes de Pesquisa

    • Embrapa Agrossilvipastoril
      1.200 kg arroz e
      350 kg feijão caupi
    • Embrapa Arroz e Feijão
      1.230 kg de arroz e
      4.210 kg de feijão
    • Embrapa Milho e Sorgo
      18 t de soja e
      18 t de milho
 
  • Doação de Excedentes de Pesquisa

    • Embrapa Soja
      293 t de milho,
      1.000 t de soja e
      187 t de trigo
    • Embrapa Trigo
      30 t de trigo e
      3 t de cevada
    • Embrapa Uva e Vinho
      Suco de uva distribuídos a abrigos de Bento Gonçalves
    • Embrapa Clima Temperado
      3.000 kg de arroz para consumo

Ações Emergenciais

 
  • Sala de Situação e Articulação Institucional

    • Criação de uma sala de situação na Embrapa Clima Temperado (Pelotas);
    • Escuta do setor produtivo;
    • Articulação intra e interinstitucional com parceiros municipais, estaduais e federais e com lideranças das diferentes cadeias produtivas, segmentos e públicos.
 
  • Levantamento de danos ambientais e socioeconômicos

    • Avaliação das perdas agropecuárias e ambientais, com a compilação de dados e análise dos impactos para aprimorar ações de pesquisa, desenvolvimento e transferência de tecnologias;
    • Levantamento da extensão territorial dos danos sócio-econômicos e ambientais;
    • Mapeamento de fornecedores e da disponibilidade de sementes para aquisição por órgãos oficiais e repasse aos agricultores atingidos.
 
  • Diagnóstico in loco

    • Diagnóstico in loco para validação dos dados obtidos nas análises geoespaciais;
    • Identificação qualificada das áreas prioritárias para a execução das ações de médio e longo prazo, considerando os danos e necessidades específicas de cada região.
 
  • Caravana Embrapa Recupera RS

    Consiste na organização de equipes técnicas que irão percorrer os principais municípios atingidos no estado do RS para apoiar agentes da extensão e produtores rurais no trabalho de:

    • identificação de problemas e oferta de soluções de pesquisa, desenvolvimento e inovação mais adequadas para saná-los;
    • mapeamento das necessidades e proposição de tecnologias para a mitigação e convivência com eventos extremos;
    • oferta de conhecimento técnico-científico para o restabelecimento de sistemas produtivos resilientes;
 
  • Capacitação

    • Identificar, compilar e disponibilizar as principais tecnologias de produção sustentáveis prontas para adoção focando nos sistemas de produção mais atingidos pelas enchentes, deslizamentos e processos erosivos;
    • Oferta de conhecimento técnico-científico para restabelecimento de sistemas produtivos resilientes considerando boas práticas de manejo da fertilidade, manejo integrado de pragas, estratégias para conservação de solo e água, sistemas integrados de produção, entre outras;
 
  • Capacitação

    • Disponibilizar conteúdo exclusivo nas ferramentas digitais já existentes da Embrapa, como ATER + Digital, Agrotag e Web Ambiente;
    • Estabelecer parceria com as principais emissoras de rádio AM/FM para divulgação de conteúdos técnicos, orientações para os agricultores, bem como para promover engajamento em eventos presenciais;
    • Produzir material audiovisual sobre os temas priorizados para veiculação no programa Terra Sul.

Ações Estruturantes

 
  • Programa Plataforma de Dados

    Objetivo: Disponibilizar informações qualificadas de inteligência territorial para retomada das atividades rurais do estado do RS no contexto de pós eventos climáticos extremos.

    • Uso de nova versão do SatVeg para estimativa de perdas;
    • Incentivo ao uso do Agritempo para tomada de decisões agrometeorológicas: previsão de tempo, monitoramento de solos e índice de seca;
    • Desenvolvimento e disponibilização de plataforma online com tecnologias para adaptação a eventos climáticos extremos no RS;
    • Mapeamento e priorização de áreas para ações de transferência de tecnologias com relação a práticas conservacionistas de manejo de água e solo;
      Desenvolvimento e validação de indicadores e conhecimento para fundamentação de operações de crédito que incentivam práticas conservacionistas de manejo de água e solo;
 
  • Programa Restauração Ambiental

    Objetivo: Recompor as áreas de preservação permanente (APP) rurais e urbanas e áreas de reserva legal destruidas pelos eventos climáticos extremos e planejar a reconstrução da paisagem rural do estado RS.

    • Estimar a extensão de vegetação nativa afetada diretamente pelos eventos climáticos extremos;
    • Produzir e divulgar listas de espécies e técnicas indicadas para recompor APPs rurais e urbanas e Reserva Legal;
    • Analisar a situação das APPs dos principais rios do RS;
    • Instalar modelos de restauração ambiental sustentáveis para áreas de APP e Reserva Legal;
    • Para o planejamento da Paisagem Rural:
      • Gerar maior número de caixas de retenção de acordo com concentração das estradas e propor realocação de estradas segundo preceitos geológicos, geomorfológicos e pedológicos;
      • Planejar plantio de árvores ao lado das estradas;
      • Estimular práticas agrícolas que evitem escorrimento superficial.
 
  • Programa de Transferência de Tecnologia fundamentado em boas práticas agrícolas

    Objetivo: Disponibilizar um conjunto estratégico de informações técnicas para recomposição da paisagem rural e retomada das atividades agrícolas com foco em boas práticas agrícolas para melhoria da resiliência dos sistemas produtivos do estado do RS.

    • Identificar um conjunto de tecnologias chaves para manejo e conservação de solo e água e restauração ambiental;
    • Realizar eventos de transferência de tecnologia para divulgação de boas práticas agropecuárias com ênfase agricultura de conservação;
    • Implementar estratégias para Ater Digital;
    • Disponibilizar e produzir capacitações on-line em temas priorizados pela ATER e parceiros no Estado;
    • Distribuir publicações gratuitamente, como por exemplo as das Minibibliotecas Embrapa em forma de kit Informações Técnicas.
 
  • Programa de Disponibilização da Genética e Insumos

    Objetivo: Facilitar o acesso ao material genético da Embrapa - animal, vegetal e de microrganismos - para apoiar a retomada das atividades agrícolas e pecuárias do estado do RS no contexto pós eventos climáticos extremos visando ampliara a segurança e soberania alimentar.

    • Implementar estratégias de disponibilização da genética e insumos da Embrapa por meio de parcerias, tais como melhoramento participativo, pólos de biofortificação, multiplicação em estruturas físicas da Embrapa (antigos SPM) em parceria com outras instituições, termos de compromisso e modelos alternativos de negócios, acesso aos bancos de germoplasma, e outras;
    • Promover campanhas de disponibilização de insumos para restauração da capacidade produtiva;
    • Identificar cultivares de espécies agroalimentares prioritárias e disponíveis para disponibilização pelo programa;
    • Flexibilizar contratos aos licenciados da Embrapa na região para favorecer sua reestruturação;
    • Promover a multiplicação de sementes e mudas e sua distribuição de acordo com as prioridades identificadas.
 
  • Programa de Redução de Riscos Climáticos 

    Objetivo: Prover informações qualificadas sobre previsão, prevenção e adaptação à eventos climáticos extremos para orientar o planejamento agrícola nas regiões afetadas pelos eventos climáticos extremos no RS.

    • Operação Solo e Água no RS com ações de pesquisa, desenvolvimento e capacitação focados em:
      • Diversificação de culturas (cobertura permanente com palha + descompactação de solos + rotação de raízes);
      • Semeadura em contorno/nível;
      • Sistema de contenção da enxurrada (terraceamento, infiltração de água, recarga de aquíferos, eficiência de uso do solo).
    • Operação Atmosfera - ZARC e finanças - com ações de adaptação a eventos climáticos:
      • Incentivo ao uso do ZARC e à adoção de seguro agrícola, de forma a orientar o planejamento agrícola com controle e transferência de riscos;
      • Desenvolvimento e disponibilização do ZARC Nível de Manejo e do ZARC Pecuária para incentivo de boas práticas de conservação de solo e água;
      • Promoção de aliança multiinstitucional para adaptação da agropecuária a eventos climáticos extremos;
      • Desenvolver proposta de projeto de monitoramento agrícola em parceria com instituições financeiras.
 
  • Programa de Biossegurança e Saúde Única 

    Objetivo: Garantir uma abordagem de Saúde Única para antecipar, prevenir, detectar e controlar doenças que ameaçam a saúde humana e animal relacionadas ao meio ambiente no contexto de recuperação dos sistemas produtivos pós eventos climáticos extremos.

    • Restabelecer meios e condições produtivas para produção de alimentosa saúdáveis, nutritivos e sustentáveis;
    • Realizar diagnóstico de territórios e comunidades nos respectivos biomas (no caso, Pampa e Mata Atlântica) no âmbito dos quatro pilares da Saúde Única (meio ambiente, animais, plantas e pessoas);
    • Priorizar e hierarquizar fatores e eventos que ameaçam a Saúde Única (zoonoses, transbordamentos, ocupação de territórios, práticas produtivas e uso da terra; resíduos e contaminantes químicos e físicos), e fatores de biosseguranca associados.