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Visita promoveu intercâmbio de experiências entre especialistas do Brasil e do Corredor Seco Centro-Americano
Entre os dias 18 e 24 de março, o Vale do São Francisco recebeu uma delegação internacional composta por representantes de países da região do Sistema de Integração Centro-Americana/SICA, que incluiu Honduras, Guatemala, Panamá, República Dominicana e Costa Rica. O objetivo foi conhecer o Zoneamento Agrícola de Risco Climático (ZARC) e trocar experiências com especialistas do Brasil, incluindo pesquisadores da Embrapa.
A iniciativa integrou o projeto de inovação para a redução de riscos agroambientais nos países do Corredor Seco Centro-Americano: Zoneamento Agrícola para Riscos Climáticos (ZARC) e Gestão de Recursos Hídricos, resultado de uma cooperação entre a Agência Brasileira de Cooperação (ABC) e a Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO).
O ZARC é um sistema de informação desenvolvido pela Embrapa, em parceria com o Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), que identifica épocas mais adequadas para semear culturas com baixo risco de perdas devido a eventos climáticos adversos. Esse sistema fornece ferramentas de gestão que antecipam eventos climáticos e ajudam a mitigar impactos negativos nos sistemas agroalimentares e nos mercados de commodities e alimentos.
Na abertura do evento, Ronaldo Ferraz, coordenador do projeto regional ‘Iniciativa América Latina e Caribe Sem Fome’, ressaltou a importância da iniciativa, que busca a inovação para a redução de riscos agroambientais. “Estamos conseguindo trazer os representantes das principais instituições do Corredor Seco para fazer esse intercâmbio de experiência, compartilhando os conhecimentos e aprendendo mais com as experiências exitosas do Brasil. Essa troca é essencial, pois tanto o Semiárido brasileiro quanto o Corredor Seco enfrentam desafios semelhantes devido às condições climáticas áridas e secas”.
Maria Auxiliadora Coêlho de Lima, Chefe-geral da Embrapa Semiárido (Petrolina-PE), por sua vez, lembrou que a instituição está localizada praticamente no centro da região semiárida brasileira e, por essa razão, tem construído uma expertise técnica que resulta na promoção do desenvolvimento agropecuário regional. A gestora ressaltou a importância de investir em ciência e tecnologia para conviver com condições ambientais cada vez mais adversas, destacando o ZARC como uma ferramenta fundamental nesse contexto.
“Ter informação sobre a capacidade de resposta das culturas para condições específicas de clima e do ambiente rural de regiões semiáridas, sem dúvida, é uma base para que outras técnicas sejam viáveis. O ZARC se consolidou, sendo hoje uma ferramenta que o Mapa adota para diferentes regiões como elemento fundamental para que se tenha uma estratégia de planejamento agrícola eficaz, com a redução dos riscos de perda de safra que, para o Semiárido, é muito alto”, completa.
Cronograma de atividades
Durante a visita, a delegação internacional participou de conferências e trocas de experiências em temas como zoneamento agroecológico para manejo e uso sustentável do solo e água; gestão de recursos hídricos; seguros agrícolas brasileiros, entre outros. A programação também contou com visitas de campo para conhecer experiências práticas, como o sistema Agro Caatinga e tecnologias de aproveitamento de água da chuva.
Pesquisadores de três unidades da Embrapa (Semiárido, Solos e Agricultura Digital), além de instituições como a Articulação do Semiárido Brasileiro (ASA), a Agência de Água e Clima de Pernambuco (APAC) e o Banco do Nordeste do Brasil estiveram presentes, compartilhando conhecimentos e promovendo diálogos enriquecedores com os participantes.
Estima-se que cerca de 10,5 milhões de pessoas vivam no Corredor Seco Centro-Americano, com aproximadamente 50% dessa população vivendo em condições de pobreza. No Brasil, a região semiárida ocupa 12% do território brasileiro e abriga cerca de 28 milhões de habitantes, sendo um dos semiáridos mais povoados do mundo.
Clarice Rocha (MTb 4733/PE)
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