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Projeto busca aumentar eficiência reprodutiva de cabras e ovelhas no Semiárido
Um projeto liderado pela Embrapa Semiárido, em parceria com a Universidade Federal do Vale do São Francisco (Univasf) e financiado pela Fundação de Amparo à Ciência e Tecnologia do Estado de Pernambuco (FACEPE), está explorando novas técnicas para melhorar a reprodução de cabras e ovelhas através de estratégias alimentares. A iniciativa visa desenvolver uma metodologia para aumentar a eficiência reprodutiva desses animais, utilizando a suplementação de curta duração associada à sincronização do cio, com foco na elevação da taxa de ovulação.
A suplementação alimentar em cabras e ovelhas é essencial para aumentar a disponibilidade de nutrientes, estimulando a atividade reprodutiva no momento em que as fêmeas estão prontas para acasalar ou serem submetidas à inseminação artificial. Segundo Daniel Nogueira, pesquisador da Embrapa Semiárido e coordenador do projeto, a suplementação tradicional começa antes da estação de monta e dura de 45 a 60 dias, sendo considerada de longa duração.
“Esse método melhora o ganho de peso e a condição corporal das fêmeas, estimula o cio em animais saudáveis e aumenta tanto a quantidade de fêmeas paridas quanto o número de crias nascidas. No entanto, essa prática acarreta maior custo financeiro para o criador devido ao prolongado período de suplementação”, explica Nogueira.
Para contornar os altos custos, o projeto tem explorado uma alternativa mais econômica: a suplementação de curta duração, que se diferencia pela administração do suplemento por 9 a 10 dias antes do início da estação de monta. Esse método reduz significativamente as despesas com alimentação, já que a suplementação alimentar é um dos principais componentes na relação benefício/custo da produção animal.
Nogueira destaca que, além de ser mais econômica, a suplementação de curta duração, quando associada à sincronização do cio, apresenta outros benefícios. “Ela aumenta a taxa de ovulação em cabras e ovelhas e concentra os partos em um mesmo período. Maiores ovulações também contribuem para aumentar o número de crias nascidas”, completa o pesquisador.
Testes com cabras receptoras de embriões
Como parte dos experimentos do projeto, os pesquisadores da Embrapa e Univasf estão testando o aumento de energia na dieta de cabras e ovelhas durante o preparo para a recepção de embriões. A iniciativa visa verificar se uma nutrição melhorada de curta duração pode resultar em respostas reprodutivas mais positivas.
Os estudos estão sendo realizados no Campus de Ciências Agrárias da Univasf, com o apoio do Laboratório de Fisiologia e Biotecnologia da Reprodução Animal (LAFIBRA), além da participação de doutorandos do programa de pós-graduação em Ciência Animal da universidade.
Segundo Tadeu Voltolini, pesquisador da Embrapa Semiárido e coordenador da atividade, atualmente 42 cabras receptoras estão em fase de adaptação alimentar. Elas serão submetidas a dois tipos de dietas: uma tradicional, com menor quantidade de energia, e outra enriquecida, com maior quantidade de concentrado. Cada grupo de 21 cabras consumirá uma das dietas, visando avaliar a eficácia do aumento energético na alimentação.
A partir dos resultados, os pesquisadores esperam recomendar práticas alimentares que aprimorem a preparação das receptoras para a transferência de embriões. Além disso, o trabalho também busca promover a formação de recursos humanos mais qualificados para a aplicação da técnica na região.
“Nosso intuito é contribuir para o desenvolvimento de novas metodologias que integrem nutrição e reprodução de caprinos e ovinos, fortalecendo a produção animal em condições semiáridas”, conclui Voltolini.
Clarice Rocha (MTb 4733/PE)
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