O estado de Rondônia é o sexto maior produtor de café do país, com 1,36 milhões de sacas, basicamente de grãos da espécie Coffea canephora (Conilon e Robusta). A cadeia produtiva do café gera e distribui renda para aproximadamente 30 mil produtores rondonienses. A atividade cafeeira teve início na década de 70, com a introdução de cultivares de café arábica de outras regiões. Entretanto, a ausência de cultivares desta espécie adaptadas ao ecossistema amazônico ocasionou produtividades abaixo do esperado, provocando a falência de muitos cafeicultores. Para solucionar o problema, foi realizada a substituição de todas as lavouras de café arábica por café canéfora, que apresenta maior rusticidade e se adaptada muito bem em regiões de temperaturas elevadas, como é o caso de Rondônia. No entanto, o estado possui uma demanda interna de 81 mil de sacas de café arábica, podendo chegar a 1,66 milhões de sacas quando se inclui toda a região norte. O cultivo desta espécie também pode ser beneficiado pelas extensas áreas planas distribuídas por todo o estado, viabilizando a colheita mecanizada. Com uma vocação agrícola voltada para a agricultura familiar, o estado de Rondônia possui todos os atributos para absorver esse mercado interno, gerando renda e mantendo a mão-de-obra no campo. Nesse contexto, o projeto tem como objetivo o desenvolvimento de cultivares de café arábica e canéfora adaptadas às condições climáticas de Rondônia. No caso do arábica, o foco é a obtenção de cultivares tolerantes ao calor que apresentam alta produtividade (acima de 50 sacas/ha) e boa qualidade de bebida. Em relação às cultivares de café canéfora (Conilon e Robusta), busca-se a seleção de clones tolerantes ao déficit hídrico, ou seja, que apresentam alta produtividade (acima de 100 sacas/ha) sem uso da irrigação.