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29/05/13 |

Experimentos comprovam necessidade de substituição de forrageira em locais com síndrome da morte do braquiarão

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Foto: Gabriel Faria

Gabriel Faria - Ensaios foram mostrados em dias de campo

Ensaios foram mostrados em dias de campo

A substituição da planta forrageira nas regiões com a ocorrência da síndrome da morte do campim Marandu, ou braquiarão, como é mais conhecido, é a principal solução para o problema que acomete milhares de hectares de pastagens em Mato Grosso. Esta alternativa foi apresentada a produtores rurais, técnicos e estudantes de Nova Guarita e Terra Nova do Norte, na região Norte do estado, na última semana, em dias de campo realizados pela Coopernova em parceria com a Embrapa.
 
Nos eventos os participantes tiveram a oportunidade de visitar duas Unidades de Referência Tecnológica onde foram montados experimentos em que diferentes tipos de plantas forrageiras estão sendo comparadas em áreas onde houve a síndrome da morte do capim Marandu.
 
A morte do braquiarão ocorre em regiões com solo de baixa permeabilidade. O encharcamento provocado pela chuva reduz a quantidade de ar disponível para as raízes e causa o enfraquecimento da planta. Com isto, o capim fica mais vulnerável ao ataque de pragas, como cigarrinhas e fungos, por exemplo, e acaba morrendo.
 
De acordo com o pesquisador da Embrapa Agrossilvipastoril responsável pelas pesquisas, Bruno Pedreira, já é evidente que nas áreas avaliadas o Marandu voltou a morrer, o Piatã também apresenta problemas e que capins mais tolerantes ao encharcamento do solo, como o Humidícola, Mombaça e Estrela Roxa apresentam melhor desempenho. Entretanto, ainda restam dúvidas sobre alguns materiais, como, por exemplo, o Xaraés.
 
"Em Nova Guarita não tivemos problemas com o Xaraés, já em Terra Nova apareceram algumas reboleiras amarelas. Entretanto, ainda não sabemos se o que está morrendo é mesmo o Xaraés ou são plantas de Marandu que nasceram no meio do piquete, já que esta era a planta que havia anteriormente no local", explica Pedreira.
 
Segundo o pesquisador, as avaliações ocorrerão por mais um ano, quando será possível fazer recomendações para os produtores. Para ele, no entanto, já está comprovado que a melhor solução para o problema da síndrome da morte do braquiarão é a substituição da planta forrageira nas regiões de encharcamento de solo. Falta apenas ter a confirmação sobre o desempenho das diferentes espécies e cultivares em situações adversas.
 
Mesmo sem a conclusão da pesquisa, o proprietário da URT de Terra Nova do Norte, Sérgio Bertazão, se mostra empolgado. Por conta própria, já reformou outro piquete de sua fazenda onde houve a morte do braquiarão.
 
"Comecei a substituir minha pastagem. Não em grande escala, porque coloquei o Mombaça, que cresce muito. Já na frente da propriedade, em uma área bem drenada em que eu estava cultivando lavoura e ficou bastante degradada, recuperei e já plantei um pedaço com o Piatã, que está saindo bem", conta o produtor que acompanha de perto todas as atividades da pesquisa em sua fazenda.
 
Além da questão da síndrome da morte do capim Marandu, os dias de campo realizados em Terra Nova do Norte e Nova Guarita também abordaram temas sobre a pecuária de leite, como controle de carrapato e qualidade do leite.
 
 
 
Colaboração: Juliana Campelo

Gabriel Faria (mtb 15624/MG JP)
Agrossilvipastoril

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