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Serviço de Pesquisa Agrícola dos EUA premia equipe brasileira do Alelo Animal
Foto: Claudio Bezerra
O pesquisador Arthur Mariante e o analista de TI Eduardo Cajueiro foram agraciados com o prêmio da ARS na categoria "Transferência de Tecnologia 2016"
Pesquisadores e analista da Embrapa foram agraciados com o prêmio Transferência de Tecnologia 2016
A equipe que desenvolveu o software Animal Grin, representada no Brasil por Arthur Mariante, Eduardo Cajueiro e Samuel Paiva, da Embrapa Recursos Genéticos e Biotecnologia, recebeu do Serviço de Pesquisa Agrícola do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (ARS/USDA) o prêmio "Transferência de Tecnologia 2016". No Brasil, o software é chamado de Alelo Animal. O prêmio reconhece indivíduos ou grupos que fizeram um trabalho excelente na transferência de tecnologia para o mercado e foi entregue no dia 07 de setembro, em Washington D.C. (EUA). O cientista Dr. Harvey D. Blackburn, diretor do Centro Nacional de Preservação de Recursos Genéticos (NCGRP) do ARS/USDA em Fort Collins, Colorado, recebeu a homenagem em nome dos brasileiros, que não puderam comparecer à cerimônia.
"É o reconhecimento de um trabalho de cooperação que permitiu que os Estados Unidos desenvolvesse a segunda versão do Animal Grin e nós a primeira versão do Alelo Animal, que é o Animal Grin customizado e adaptado às necessidades do Brasil", lembrou o pesquisador Arthur Mariante. Foi durante a permanência de Mariante no Programa Labex Estados Unidos (Labex EUA) em Fort Collins que teve início a parceria da Embrapa com o Dr. Blackburn, do ARS/USDA, resultando no compartilhamento de dados animais entre Brasil e EUA.
O Alelo Animal surgiu então da parceria entre Brasil, Estados Unidos e, por último, do Canadá. Após oito anos de esforços conjuntos, as três instituições governamentais, representadas pela Embrapa, ARS/USDA e Agriculture and Agri-food Canadá (AAFC) criaram a versão 2 do Animal Grin. O sistema, que armazena informações sobre recursos genéticos animais que podem ser utilizadas pelos programas de melhoramento genético animal, foi adaptado à realidade brasileira e aqui recebeu o nome de Alelo Animal. Atualmente, ele incorpora dados dos animais mantidos vivos nos núcleos de conservação da Embrapa, espécies que não são conservadas pelos EUA/Canadá, como equídeos (cavalos e jumentos) e quelônios (tracajás e muçuãs), além de dados dos bancos de conservação de germoplasma.
"Recentemente, o Alelo Animal se tornou bilíngue, e agora já permite a consulta de dados dos EUA e Canadá em português", explica o analista de tecnologia da informação responsável pela parte técnica do software, Eduardo Cajueiro.
Na opinião de Samuel Paiva, o Alelo Animal estabelece um padrão para acesso e armazenamento de dados de recursos genéticos e, por isso, é um potencial candidato a modelo para uma base compartilhada mundialmente. "Grande parte das pesquisas básicas e aplicadas relacionadas ao agronegócio dependem da existência de diversidade genética entre e dentro das espécies. Por isso, a importância de acesso a grandes acervos é fundamental à ciência", afirma Paiva, que atualmente é pesquisador do Programa Labex-EUA. Ele acredita que um dos maiores frutos dessa ferramenta, a médio e longo prazo, será a intensificação do intercâmbio de material genético entre diferentes países.
As informações contidas no Alelo Animal incluem dados de mais de 12 mil animais e seus descritores fenotípicos, genotípicos e moleculares, árvore genealógica (pedigree), além de mais de um milhão de amostras de DNA, sêmen e sangue conservados em bancos de nitrogênio líquido (a 196ºC abaixo de zero). O sistema Alelo, que também inclui informações sobre plantas e microrganismos, pode ser acessado pelo seguinte endereço: http://alelo.cenargen.embrapa.br .
Irene Santana (MTb 11.354/DF)
Embrapa Recursos Genéticos e Biotecnologia
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