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Dia de campo mostrará manejo de mínimo impacto em açaizais
O Governo do Estado do Amapá e a Embrapa Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária, vinculada ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento-MAPA , com apoio do PPG7 e do Ministério do Meio Ambiente, realizarão dois dias de campo sobre Manejo de Açaizais para Produção de Frutos. O primeiro evento acontecerá no dia 08 de dezembro (sábado), a partir das 8 horas, no km 78 da Rodovia BR 156, na ponte do Vila Nova/Mazagão-AP. Já o segundo ocorrerá no domingo, dia 9 de dezembro, também a partir das 8 horas, no Bailique/Macapá-Ap.
Os dias de campo acontecerão sob a responsabilidade dos pesquisadores da Embrapa Amapá (Macapá/AP) Silas Mochiutti, Antonio Leite e Joffre koury e dos técnicos do RURAP Ivanoel Marques e Manoel Otávio Mota. O objetivo é disponibilizar informações sobre as técnicas de manejo de açaizais, custo e rentabilidade econômica e melhoramento genético de açaizais com a entrega de 2 mil sementes de açaizeiros selecionados para produtores participantes do evento.
O trabalho de pesquisa de Manejo de Mínimo Impacto para Produção de Frutos em Açaizais Nativos no Estuário Amazônico vem sendo executado, no âmbito da Embrapa Amapá, pelos pesquisadores Silas Mochiutti e José Antonio Leite, parcialmente financiado pelo PPD/PPG-7 do MCT/FINEP. O açaizeiro (Euterpe oleracea Mart.) é a espécie arbórea de maior freqüência relativa e importância socioeconômica das várzeas do Estuário do Rio Amazonas. O fruto desta palmeira, o açaí, proporciona delicioso e nutritivo suco e constitui-se num dos principais alimentos das populações ribeirinhas.
Segundo os pesquisadores, a produção de frutos e palmito de açaí depende da combinação entre o número de touceiras de açaizeiros, outras espécies de palmeiras e espécies folhosas. Açaizais nativos com baixo nível de intervenções apresentam uma grande diversidade e frequência de espécies florestais, porém apresentam um baixo retorno econômico.
Atualmente, a grande demanda pelo fruto do açaí, tem levado os produtores a intensificar as intervenções. São, no entanto, intervenções sem critérios de manejo, isto é, sem qualquer tecnologia agregada. Essa atitude não só reduz o número e a diversidade de florestal do açaizal, como tem colocado em risco as demais espécies do Estuário do Rio Amazonas. Em algumas áreas, os açaizais já foram transformados em maciços florestais de açaizeiros, com a total supressão das espécies folhosas e demais palmeiras. A tendência é de ampliação destas áreas, caso não sejam adotadas tecnologias adequadas e bem fundamentadas para manejo sustentado de açaizais.
Com o trabalho realizado pelos pesquisadores busca-se a combinação adequada de árvores, açaizeiros e outras palmeiras bem distribuídos em toda área e a manutenção da diversidade florestal local. Uma boa distribuição das árvores no açaizal garante uma boa produção de frutos, melhora a qualidade e rendimento de polpa e reduz o trabalho de limpeza do açaizal.
O manejo de mínimo impacto num açaizal com baixo nível de intervenções caracteriza-se pela grande população e diversidade de espécies florestais onde a quantidade adequada de plantas deverá garantir uma alta produção de frutos e palmito de açaizeiro, com uma alteração mínima da biodiversidade. Outros produtos como madeira, látex, plantas medicinais, frutos, fibras, mel, etc., também deverão ser explorados no açaizal, garantindo a diversificação e o aumento da renda dos produtores.
O manejo de mínimo impacto não altera a diversidade florestal do açaizal; aumenta em até cinco vezes a produção de frutos e o rendimento dos produtores; necessita de baixo investimento para sua implementação, tendo como maior custo a auto-remuneração da mão-de-obra do produtor (tabela anexa); elimina possíveis danos ambientais observados em monocultivo, como a queima da folhas e a ocorrência de pragas e doenças.
Esta tecnologia está sendo transferida para produtores ribeirinhos e técnicos de assistência técnica e extensão rural, através de treinamentos e dias de campo. Sua adoção apresenta grande capacidade de geração de renda para as populações ribeirinhas e de manejo sustentável do ecossistema de várzeas do Estuário Amazônico.
Mais informações: Silas Mochiutti, pesquisador Embrapa Amapá- (96)2411551, ramal 215 - silas@cpafap.embrapa.br Antonio Leite, pesquisador Embrapa Amapá- (96)2411551, ramal 222 - leite@cpafap.embrapa.br
Emilia Neves Pacheco Embrapa Amapá Telefone: (96) 2411551, 205 E-mail: emilia@cpafap.embrapa.br
Mais informações sobre o tema
Serviço de Atendimento ao Cidadão (SAC)
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