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07/11/14 |   Florestas e silvicultura

Videoaulas formarão multiplicadores sobre silvicultura sustentável nos diferentes biomas brasileiros

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Foto: Divulgação Projeto Biomas / Senar

Divulgação Projeto Biomas / Senar - Pesquisador Alexander Resende grava aulas sobre produção de mudas e sementes nativas da Mata Atlântica

Pesquisador Alexander Resende grava aulas sobre produção de mudas e sementes nativas da Mata Atlântica

Técnicos e profissionais interessados em capacitações sobre silvicultura sustentável terão, em 2015, uma potente ferramenta à disposição: cursos de ensino a distância feitos em parceria entre a Embrapa e o Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar). O material faz parte do Projeto Biomas e abrangerá três módulos por bioma brasileiro (Mata Atlântica, Cerrado, Amazônia, Caatinga, Pampa e Pantanal): caracterização ambiental do bioma; produção de sementes e mudas de espécies florestais nativas; e introdução de árvores em propriedades rurais. 
 
A Embrapa Agrobiologia (Seropédica/RJ) atua diretamente em dois módulos relacionados à Mata Atlântica. Entre os dias 20 e 23 de outubro o pesquisador Alexander Resende esteve em Brasília para a gravação das videoaulas sobre produção de sementes nativas. Ele falou sobre produção de mudas e criação de viveiros, destacando o potencial ainda pouco explorado no Brasil. "Para a produção de mudas, não há necessidade de plantar em grandes áreas. Um pequeno produtor pode plantar, por exemplo, 100 mil mudas a um valor de R$ 1,50 cada e ter uma receita de R$ 150 mil por ano", ressalta, informando ainda que esse plantio pode atender o Cadastro Ambiental Rural (CAR), a recuperação de áreas de proteção permanentes (APPs) e a arborização urbana.
 
Ao todo Alexander ministrou cinco aulas, que foram gravadas e, ao mesmo tempo, assistidas por técnicos do Senar. "Foi um grande aprendizado. É bem mais difícil dar uma aula para uma câmera, mas o alcance que um curso desse pode ter é algo estimulante", destaca o pesquisador, que repetirá a experiência de 17 a 19 de novembro, quando gravará as aulas do terceiro módulo, sobre introdução de árvores em propriedades rurais na Mata Atlântica.
 
De acordo com ele, o conteúdo de todo o curso foi elaborado com o intuito de abordar não só a parte técnica, mas também a legislação e a viabilidade do negócio por parte daqueles que mantêm uma propriedade rural no bioma. "Esse pode ser o grande diferencial desse curso em relação aos existentes no mercado, porque abordamos desde a elaboração de um plano de negócio até o passo-a-passo para a sua legalização, o que culmina inclusive em questões relacionadas ao Cadastro Ambiental Rural (CAR), o que pode gerar uma forte demanda sobre o mercado de sementes e mudas", diz. 
 
A expectativa, segundo Alexander, é grande. "Todos os professores se esforçaram muito para chegar em um produto útil e aplicável, e isso ajuda a superar a timidez que a câmera nos causa. A vontade de toda a equipe de acertar é o que mais me chamou a atenção", conta. "Esperamos que o curso possa ajudar as pessoas a tomar a decisão de seguir em seu negócio, da melhor forma possível do ponto de vista técnico", acrescenta.
 
A previsão é de que os cursos sejam disponibilizados gratuitamente no primeiro semestre de 2015, com foco em técnicos de nível médio e profissionais de nível superior. "Trabalhamos com a lógica de focar nossos esforços em multiplicadores, da extensão pública ou privada, e também em estudantes, profissionais e empresários rurais com formação no tema", explica Alexander. O endereço para acesso é o http://ead.senar.org.br. Até hoje, mais de 150 mil pessoas já realizaram os cursos do Senar oferecidos a distância.
 
Sobre o Projeto Biomas – Fruto de uma parceria entre a CNA e a Embrapa, o Projeto Biomas é uma iniciativa inédita no Brasil, tendo como objetivo identificar formas sustentáveis de viabilizar a propriedade rural brasileira considerando o componente arbóreo. Os estudos estão sendo desenvolvidos nos seis biomas brasileiros. A Embrapa Agrobiologia tem atuação no Cerrado, na Amazônia e na Mata Atlântica. O projeto é coordenado nacionalmente pela Embrapa Florestas.
 

Liliane Bello (MTb 01766/GO)
Embrapa Agrobiologia

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