Fortalecer a relação do Rothamsted Research, principal centro de pesquisa do Reino Unido, com a Embrapa é o objetivo do Diretor Achim Dobermann, que esteve na Embrapa Trigo no dia 26/02. O Reino Unido (formado pela Inglaterra, Irlanda do Norte, Escócia e País de Gales) possui semelhanças com o Sul do Brasil em distintos aspectos relativos à competitividade e sustentabilidade de sistemas produtivos de cereais de inverno, em especial do trigo, enfrentando desafios comuns, que poderão ser mais facilmente superados a partir do intercâmbio de conhecimentos e trabalho conjunto estabelecido entre pesquisadores ingleses e brasileiros. "Definitivamente há muitas oportunidades para colaborarmos mais e, inclusive, em longo prazo, de forma programática. O momento é bastante oportuno para desenvolvermos um trabalho conjunto, pois, da mesma forma que a Embrapa elaborou seu plano diretor e está organizando suas agendas de prioridades, o Rothamsted Research estará entrando em um processo de planejamento estratégico a partir de junho. Ainda este ano pretendemos retornar ao Brasil para discutir ações conjuntas a serem implementadas entre Rothamsted Research e a Embrapa", expressou Achim Dobermann. De acordo com a Chefe Adjunta de Pesquisa e Desenvolvimento, Ana Christina Sagebin Albuquerque, a Embrapa Trigo já vem atuando em trabalhos conjuntos com Rothamsted Research, destacando-se estudos sobre tolerância de trigo a afídeos, tolerância à seca e extremos de temperatura (geada e calor), resistência a giberela e brusone, entre outros. Dentre os objetivos da visita do Diretor do Rothamsted Research, Ana Christina destacou o fortalecimento da parceria entre aquela instituição e a Embrapa em distintos aspectos relativos ao manejo do solo e intensificação sustentável de sistemas de produção envolvendo cereais de inverno. Achim Dobermann citou, como exemplo, a cooperação existente com a China através do ‘Centro China-Reino Unido para Intensificação Sustentável da Agricultura', onde estão em desenvolvimento projetos associando melhoramento de plantas, modelagem, tecnologia da informação e proteção de plantas, além de eficiência das culturas no uso de insumos como nutrientes e água. Outra grande preocupação é estudar o desenvolvimento de resistência a agentes de controle de insetos, doenças e plantas daninhas. "Queremos ampliar a troca de experiências e conhecimentos, trabalhando juntos na direção de uma agricultura competitiva e sustentável; e o Brasil também acredita nesta ideia", afirma Achim Dobermann.