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Dia de Campo na TV - Como evitar a síndrome da morte da braquiária
Este programa foi ao ar no dia 08 de maio de 2015.
Nesta semana o Dia de Campo na TV vai apresentar a síndrome da morte da braquiária, também chamada de morte súbita, um mal conhecido desde a década 90, quando começou a ocorrer no estado do Acre. Ela acomete, sobretudo, as pastagens com a Brachiaria brizantha cv. Marandu (braquiarão ou brizantão). O problema é comum na região Norte do país e em áreas do Centro-Oeste mais próximas da Amazônia, como o norte de Mato Grosso, locais com um regime intenso de chuvas, passando dos 2.000mm anuais. Também ocorre em solos mal drenados ou de baixa permeabilidade, com ocorrência de alagamento ou encharcamento do solo, reduzindo a oxigenação das raízes do brizantão.
A Brachiaria brizantha cv. Marandu tem baixa adaptação a estas condições e fica mais suscetível ao ataque de fungos presente no solo e que causam doenças. A ação dos microrganismos faz com que as folhas fiquem amareladas e murchem, o que resulta na sua morte. Os testes mostraram ainda que além do Marandu, o Piatã e o Mulato II apresentaram o problema da síndrome da morte da braquiária, o que mostra que eles também não seriam indicados para a substituição do braquiarão nos locais com a mortalidade.
De acordo com Bruno Pedreira, pesquisador da Embrapa Agrossilvipastoril, a única alternativa para evitar a morte da braquiária é a substituição do capim Marandu nas áreas onde o problema ocorre. Para ajudar o produtor no momento da escolha de qual forrageira utilizar nessa substituição, foi desenvolvida nos últimos três anos uma pesquisa que buscou validar o conhecimento existente sobre a síndrome e testar o comportamento de diferentes materiais em três Unidades de Referência Tecnológica nos municípios de Terra Nova do Norte, Nova Guarita e Alta Floresta (MT). Para acúmulo de forragem, os capins do gênero Panicum, como Mombaça e Tanzânia obtiveram o melhor resultado na avaliação. Os capins Xaraés, Piatã, Massai, Llanero e Mulato II ficaram num segundo patamar. O Marandu teve a menor produtividade, ficando atrás da Ruzizienses e do Estrela.
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Gabriel Faria ((MTb 15.624/MG JP))
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