O uso das espécies arbóreas no contexto urbano e aprendendo a fazer uma hortinha em casa são os temas de dois eventos que a Embrapa Amazônia Oriental realiza no Movimento República de Emaús, no período de 26 a 28 de março. As capacitações são direcionadas aos jovens atendidos pelo projeto e seus responsáveis, além de professores e demais funcionários da instituição e marcam as comemorações ao Dia da Árvore na Amazônia e Dia Internacional das Florestas, celebrado dia 21 de março. O primeiro evento é um seminário realizado nesta terça-feira, 26, com duas turmas, uma em cada turno, como uma ação de sensibilização para promover ações de educação ambiental tendo a árvore como protagonista de ações de bem estar e a melhoria da qualidade de vida nas áreas urbanas, conforme explicou a pesquisadora Noemi Vianna Leão, uma das responsáveis pela atividade. Ainda de acordo com a pesquisadora, essa é a primeira ação de um cronograma intenso de atividades a serem realizadas ao longo dos cinco anos do projete de parceria entre a Embrapa e o Emaús. “Vamos instalar um viveiro de mudas de espécies florestais, capacitar para a produção e plantio de mudas e ainda enriquecer o remanescente de mata que existe na área do projeto”, adiantou a pesquisadora. O seminário conta com palestras, além de prática e dinâmica de grupo, culminando com o plantio de espécies nativas. Horta em casa traz saúde e economia Ter uma hortinha em casa com temperos e hortaliças, mesmo em pequenos espaços, é possível e traz benefícios a saúde e ao bolso. Incentivar esse cultivo e sensibilizar a comunidade do Movimento República de Emaús é um dos objetivos da Oficina Aprendendo a Fazer uma Hortinha em Casa, que ocorre na manhã do dia 27 e tarde do dia 28. A engenheira agrônoma e analista da Embrapa, Mazillene Borges, garante que o cultivo de alimentos saudáveis é uma alternativa viável a todos. Ela defende que é possível fazer nas casas das pessoas ou até mesmo em apartamentos, locais de produção de alimentos. “Os benefícios da horta são inúmeros. Traz economia ao gerar em casa seu próprio alimento e até vender o excedente. Saúde, propiciando à família o consumo de hortaliças frescas e ainda bem estar, pois cuidar de hortas e jardins é uma atividade terapêutica”, afirma a agrônoma. Sobre o projeto - Embrapa e Emaús executam o projeto Transferência de tecnologias e estratégias didático-pedagógicas para formação cidadã e educação ambiental, com duração de cinco anos, viabilizado por meio de recursos advindos de emenda parlamentar proposta pelo senador Paulo Rocha. Conta com um conselho consultivo formado por Universidade Federal do Pará (UFPA), Universidade Federal Rural da Amazônia (Ufra), Secretaria de Estado do Desenvolvimento Agropecuário e da Pesca (Sedap), Instituto Federal do Pará (IFPA) e Emater. A parceria promoverá entre os jovens e seus familiares, cursos de qualificação profissional em atividades vinculadas à agricultura e silvicultura urbana e periurbana, como as hortas, plantio de espécies frutíferas, arbóreas e florestais, o consumo de alimentos saudáveis, além de ações de arborização urbana, que favorecerão o conforto térmico e bem estar no entorno da área do Movimento de Emaús. Localizado em uma área total de 7 mil metros quadrados, no bairro do Bengui, o Emaús atende cerca de 700 crianças e adolescentes, entre os cursos de arte-educação e profissionalizantes.