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BNDES visita Unidade da Embrapa para a verificação do andamento do BRS Aqua
Foto: Marcos Vicente
Os representantes do BNDES (centro) com os pesquisadores da Embrapa ligados ao projeto durante a visita
Projeto de pesquisa em aquicultura é o maior executado na área pela Embrapa e visa organizar e tornar o setor mais competitivo
Representantes do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) visitam Unidades da Embrapa envolvidas com o projeto BRS Aqua – o maior projeto de pesquisa de aquicultura executado pela Embrapa em atividade no País e que tem o banco como principal parceiro financiador.
A visita objetiva o acompanhamento técnico e econômico das operações de pesquisa e verificar as entregas de resultados. A última visita ocorreu no dia 12 de fevereiro, na Embrapa Meio Ambiente, em Jaguariúna – SP.
A delegação do BNDES foi composta pelos economistas Guilherme Maia e Diego Duque, do Departamento do Complexo Agroindustrial e Biocombustíveis – Deagro.
O BRS Aqua visa gerar e transferir tecnologias para desenvolver o setor, com foco primordial na inovação, incremento da produção, competitividade e sustentabilidade da cadeia nacional do pescado.
Conforme explicou o pesquisador da Embrapa, Celso Manzatto, que coordena as ações do PC Manejo e Gestão Ambiental do projeto, essas são visitas programadas para que os técnicos do banco possam acompanhar, in loco, as complexas especificidades das operações, desde o investimento em equipamentos, pesquisa, coletas e ações de campo. Manzatto também explicou que na Embrapa Meio Ambiente, ocorre um engajamento muito substancial ao projeto referente ao monitoramento ambiental das áreas de produção e no ambiente ao redor, seja no número de pessoas envolvidas ou em investimento em equipamentos, que auxiliam os trabalhos de pesquisa e na entrega dos resultados.
Já Lícia Lundstedt, pesquisadora da Embrapa Pesca e Aquicultura (Palmas-TO), que lidera o BRS Aqua na Embrapa, explicou que embora os resultados apresentados até aqui sejam preliminares, já começam a aparecer de forma bastante significativa, fato que gera satisfação para todos os envolvidos no projeto e ao banco, que como financiador principal, já pode vislumbrar o retorno que será dado à sociedade, por meio da adequação da toda a cadeia.
“Estou convicta de que, a partir da entrega desses resultados, haverá por parte de toda a equipe um maior entusiasmo e, no final, a entrega suplantará os resultados acordados com o banco no início do projeto, em agosto de 2017, ” disse.
Diego Duque, representante do BNDES declarou que pelo que já foi observado nas Unidades da Embrapa, o BRS Aqua segue seu curso normal de execução, com a impressão do bom andamento. “ Temos a expectativa de que esse projeto vá render bons frutos ao país e o que pretendemos com essas visitas é a obtenção do máximo de informações possíveis para embasar os relatórios com a maior clareza os resultados desse projeto e, por essa razão, as visitas deverão ser estendidas à outras Unidades da Embrapa. ”
Projeto complexo para melhorar sistemas de produção da aquicultura
O BRS Aqua é um projeto de grande complexidade, seja nos números ou mesmo pela sua abrangência geográfica. Nele, estão diretamente envolvidos cerca de 270 empregados de mais de 20 unidades da Embrapa, além de mais de 60 parceiros, públicos e privados. Por essas características, é composto por oito projetos componentes, sendo cinco técnicos e três considerados transversais. Os projetos componentes técnicos são: reprodução e melhoramento genético; nutrição e alimentação; sanidade; tecnologia do pescado; e manejo produtivo e gestão ambiental. Já os projetos componentes transversais são: economia; transferência de tecnologia; e gestão.
As ações de pesquisa e transferência de tecnologia são dedicadas a quatro espécies: tilápia (Oreochromis niloticus); tambaqui (Colossoma macropomum); camarão marinho (Litopennaeus vannamei); e bijupirá (Rachycentron canadum). Os desafios principais são aprimorar tecnologias para tilápia e camarão marinho, gerar pacote tecnológico para tambaqui e criar infraestrutura para ações efetivas de pesquisa com o bijupirá.
Lícia Lundstedt explica que o BRS Aqua, embora seja um projeto de particular grandeza, é sinérgico a outros em execução, que lhe são complementares do ponto de vista da investigação científica. Segundo ela, ao longo do curso de execução os cientistas irão trazer as respostas para as perguntas atuais do setor, elucidar incógnitas e lacunas as quais se convive atualmente na aquicultura. “Todo a cadeia sairá desse período mais amadurecida, organizada e competitiva depois da execução de um projeto dessa envergadura, ” conclui.
O objetivo é elevar a status tecnológico dos sistemas de produção, uma vez que o Brasil possui grande potencial nessa área, pelas condições naturais, pelo clima e pela matriz energética. Este potencial também está relacionado à sua extensa área costeira, de aproximadamente 8 mil/km, além da dimensão territorial, que desfruta de quase 13% da água doce renovável do planeta. Um indicativo de que o Brasil, aliando tecnologia e pesquisa, possui condições de sobra para vir a se tornar um grande player mundial na produção e exportação de peixes, a exemplo do que já foi consolidado com outras proteínas animais.
Marcos Vicente (MTB 19.027MG)
Embrapa Meio Ambiente
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