23/04/24 |   Transferência de Tecnologia

Cajucultura: municípios do RN recebem vitrines tecnológicas

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Foto: Luiz Serrano

Luiz Serrano - Técnicos e produtores recebem material genético de alta qualidade para revitalização da cadeia produtiva no estado

Técnicos e produtores recebem material genético de alta qualidade para revitalização da cadeia produtiva no estado

Com foco na revitalização da cajucultura no estado do Rio Grande do Norte, a Embrapa desenvolve rotas tecnológicas focadas na melhoria da produtividade da cultura. Em 2024, os municípios de Serra do Mel, maior produtor estadual de castanha-de-caju, e Porto do Mangue foram contemplados com a implementação de oito Unidades Referências Tecnológicas (URT) voltadas ao sistema de produção de caju. O projeto é uma parceria entre a Embrapa Agroindústria Tropical e as prefeituras dos respectivos municípios. 
O pesquisador Luiz Augusto Lopes Serrano, da Embrapa, destaca as inovações que compõem as vitrines: “As tecnologias são resultados exitosos de vários projetos da Embrapa nas áreas de Melhoramento Genético, Sistemas de Produção e Fitossanidade”. Colaboram com o projeto os pesquisadores Carlos Alberto Kenji Taniguchi, Dheyne Silva Melo e Marlon Vagner Valentim Martins.

De acordo com Serrano, “os melhores clones de cajueiro já lançados e outros em fase final de testes foram plantados sob as novas técnicas de plantio, devendo ser avaliados pela equipe por cerca de seis anos, com o intuito de identificar as melhores variedades, a melhor adubação e o mais eficaz controle de oídio para essa importante região produtora de caju”.

Aline Saraiva, chefe-adjunta de Transferência de Tecnologia da Unidade, afirma que as unidades tecnológicas foram idealizadas como meio para ensinar aos produtores as técnicas de manejo consolidadas pela Embrapa: “Temos a ideia de que esses espaços são grandes salas de aula. Diante disso, o principal impacto que esperamos é a adoção desses novos conhecimentos. Estamos  levando vários clones para testar qual é mais adaptado para aquela região específica. No entanto, é importante que o produtor também tenha conhecimento das técnicas de manejo recomendadas para cada variedade”.

Para Luiz Serrano, a implementação das vitrines proporcionará o início da revitalização da cajucultura desses municípios: “As vitrines foram instaladas em regiões que ainda têm o predomínio do cajueiro-comum, de baixa produtividade, além de baixa adoção de tratos culturais. Percebemos uma perda significativa de produção devido ao envelhecimento dos cajueiros-comuns e da falta de manejo cultural”. 

E acrescenta: “O estado do Rio Grande do Norte apresentou em 2023, segundo o IBGE, uma produtividade de apenas 440 quilos de castanhas por hectare, sendo que vários clones de cajueiro da Embrapa podem atingir acima de 2000 quilos de castanhas por hectare, mesmo em condições de sequeiro, desde que se adote adequados manejos de adubação e do oídio.  O objetivo da Embrapa é levar esses novos materiais aos produtores, juntamente com os tratos culturais recomendados, para que se alcance uma maior produtividade”. 

Ricardo Moura (DRT 1618 JPCE)
Embrapa Agroindústria Tropical

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Lindemberg Bernardo (estagiário de jornalismo)
Embrapa Agroindústria Tropical

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