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14/04/16 | Transferência de Tecnologia
Plantas de cobertura são aliadas no manejo integrado de pragas
Além de fornecer proteção para o solo, as plantas de cobertura utilizadas no sistema de plantio direto também podem aliadas importantes no manejo integrado de pragas. "No caso do algododeiro, a interação de plantas utilizadas em cobertura pode afetar diretamente a dinâmica populacional de insetos e entender esses efeitos é fundamental para otimizar o manejo integrado da praga", diz o pesquisador da Embrapa Algodão, entomologista José Ednilson Miranda.
O percevejo castanho é dos insetos-praga que ataca diversas culturas agrícolas do Cerrado - como o algodão, a soja, milho e feijão - e que pode ser manejado com a utilização de produtos químicos, plantas de cobertura e esquemas adequados de rotação e sucessão de culturas. O parasita ataca principalmente a raiz da planta, debilitando-a e reduzindo a produtividade.
Segundo Miranda, entre as dificuldades de controlar a praga estão o fato de ser polífaga, ou seja, se alimenta de culturas diversificadas, e migrante, com revoadas em períodos de chuvas. "Como não há grande sucesso por meio do controle químico, outras estratégias têm sido buscadas e apresentadas aos produtores para minimizar essa incidência", explicou o pesquisador durante palestra sobre o "Manejo do Percevejo Castanho", ministrada na última segunda-feira (11) durante a Tecnoshow Comigo, que segue até sexta-feira (15), em Rio Verde (GO).
Na cultura do algodão, o pesquisador contabiliza que as perdas causadas pelo parasita variam em torno de 5 a 7 % da produção. "Os danos são causados pela injeção de saliva tóxica e sucção de seiva das raízes por ninfas e adultos, o que provoca sintomas de enfraquecimento e acentuado atraso no crescimento e desenvolvimento das plantas, que se tornam amareladas e raquíticas", informa Miranda.
Entre as recomendações do pesquisador estão a adoção de plantas de cobertura como o feijão guandu, sorgo granífero consorciado com Brachiaria ruziziensis e gergelim consorciado com B. ruziziensis. Em áreas infestadas pelo percevejo castanho, é recomendável evitar o uso do milho e milheto no esquema de rotação, pois são plantas hospedeiras do inseto.
No caso controle químico, Miranda orienta a utilização de 1.500 quilos de gesso por hectare e 210 a 220 quilos de sulfato de amônia por hectare. Conforme o pesquisador da Embrapa Algodão, o uso de gesso e do sulfato de amônia, aumenta o sistema radicular, o que dificulta a incidência do parasita e aumento as chances de sobrevivência da planta.
Tecnoshow Comigo 2016
A 15ª edição da Tecnoshow Comigo está sendo realizada nesta semana, de 11 a 15 de abril, Centro Tecnológico Comigo (CTC), em Rio Verde, GO. Considerada uma das principais feiras de tecnologia rural do Brasil e a maior do Centro-Oeste, a Tecnoshow Comigo conta com a participação de 11 Unidades da Embrapa, com a exibição de soluções tecnológicas para a produção animal e vegetal em dois espaços, a Casa Embrapa e a Vitrine Tecnológica.
Serviço
15ª edição da Tecnoshow Comigo
Data: 11 a 15 de abril de 2016 (segunda a sexta-feira)
Local: Centro Tecnológico Comigo (CTC) - Rio Verde – GO (Anel Viário Paulo Campos, Km 7, Zona Rural)
Horário: 8 às 18 horas
Com informações da Assessoria de Comunicação da Comigo
Edna Santos (MTB-CE 01700)
Embrapa Algodão
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