Agricultores familiares, técnicos de campo e representantes dos governos do Paraguai e do Brasil, e uma delegação com integrantes da Colômbia se reuniram no departamento de Caazapá, Paraguai, no dia 24 de maio, para um dia de campo voltado à inovação na colheita do algodão. Os participantes conheceram a atuação, em campos de algodão paraguaio, do protótipo de colheitadeira de uma linha, desenvolvido pela Embrapa Algodão, no âmbito do projeto +Algodão. Após uma série de testes no Brasil, durante 2020 e 2021, o Paraguai foi o primeiro país a receber a máquina para demonstrações em campo e a troca experiências e boas práticas em mecanização de colheita com base neste protótipo; uma grande contribuição da Cooperação Internacional Brasil-FAO, no âmbito do projeto +Algodão, para pequenos cotonicultores. O projeto +Algodão é executado em conjunto pela Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO), Agência Brasileira de Cooperação do Ministério das Relações Exteriores (ABC/MRE) e sete países parceiros, incluindo o Paraguai, por meio do Ministério da Agricultura e Pecuária (MAG). Ebert Benítez Villalba, vice-ministro da Agricultura Familiar do Paraguai, esteve presente no dia de campo para conhecer a colheitadeira e as boas práticas demonstradas. Segundo o vice-ministro, o MAG considera fundamental recriar o entusiasmo pelo cultivo do algodão. Ele também destacou a importância da máquina, já que um percentual significativo dos custos de produção vem da colheita do algodão. “Estamos muito gratos pela cooperação, que nos deu a oportunidade de trabalharmos juntos para reviver o algodão no Paraguai”, disse. Representando o governo brasileiro, Carolina Smid, analista de projetos da ABC/MRE, comentou que deseja que os produtos gerados a partir dessa cooperação, como a colheitadeira, "apoiem os agricultores no desenvolvimento de suas técnicas e na produção de algodão". Ao longo do dia, técnicos da Embrapa Algodão fizeram apresentações sobre as características do protótipo, os requisitos mecânicos para sua funcionalidade, informações sobre o preparo da terra para o uso da máquina, além de orientações sobre o manejo do solo pós-colheita, como a rotação de culturas e o plantio de adubos verdes de inverno, entre outros. Elías Aquino, agricultor familiar produtor de algodão, que participou no dia de campo, comentou que o algodão pode voltar a ser um cultivo muito rentável, se forem aplicadas novas tecnologias e “se o agricultor quiser implementar e inovar na sua forma de trabalhar”. Adriana Gregolin, coordenadora regional do projeto +Algodão, comentou sobre a importância do trabalho conjunto entre o governo brasileiro, a FAO e o governo paraguaio, destacando a importância do algodão não apenas como cultura, mas também como parte de uma estratégia de segurança alimentar: “estamos falando de sistemas de produção, onde o algodão gera renda e outros cultivos contribuem para a segurança alimentar das famílias”, afirmou. Também participaram do dia de campo uma delegação da Colômbia, composta por representantes da Diretoria de Cadeias Agropecuárias e Florestais, do Ministério da Agricultura e Desenvolvimento Rural (MADR), do Fundo de Desenvolvimento do Algodão (Conalgodón), do Serviço Nacional de Aprendizagem (SENA) La Granja; da Corporação Colombiana de Pesquisa Agropecuária (Agrosavia), bem como produtores e técnicos do projeto +Algodão Colômbia. O grupo está em missão ao Paraguai para conhecer as experiências e boas práticas no cultivo algodoeiro no país, bem como a colheitadeira. O projeto +Algodão Colômbia é executado em parceria com o MADR. O coordenador do projeto +Algodão Colômbia, José Nelson Camelo, que integra a delegação, destacou a importância da visita do grupo ao Paraguai para ver o protótipo em funcionamento, desenvolvido para pequenos agricultores familiares, além de explorar maneiras de levar esta tecnologia inovadora para seu país, no âmbito do projeto. “Para fortalecer a produção algodoeira da agricultura familiar na Colômbia”, enfatizou. Colheita mecanizada de algodão na agricultura familiar: uma opção viável Durante a parte prática do dia de campo, foram realizadas demonstrações da colheita mecanizada do algodão com o protótipo. A colheitadeira foi desenvolvida pelos pesquisadores da Embrapa Algodão Odilon Reny Ribeiro e Valdinei Sofiatti, e pode colher 1 hectare em 3,5 horas, o equivalente a 120 hectares em 30 dias. Este protótipo pode se tornar uma opção altamente viável para cotonicultores da região da América Latina, bem como para suas organizações e cooperativas. O pesquisador Tarcísio Gondim, da Embrapa Algodão, explicou os benefícios da colheita mecanizada e que permitirá ao agricultor "planejar sua colheita e acelerá-la e, consequentemente, aumentar seus lucros". Ele também destacou a importância do trabalho comunitário, de forma organizada, entre os agricultores para a definição e escalonamento do cultivo, o que favorecerá a movimentação das máquinas para a colheita do algodão, permitindo assim acelerar a possibilidade de atender o mercado. As demonstrações e teste em campo no Paraguai continuarão durante o mês de junho, com o objetivo de verificar o funcionamento da máquina, validar tecnicamente seu desempenho nas propriedades de pequenos produtores e produtoras de algodão, além de promover o uso de adubos verdes de inverno para rotação do algodão como estratégia de melhoramento e conservação do solo. +Algodão O projeto +Algodão é realizado desde 2013 com o objetivo de promover o desenvolvimento sustentável da cadeia do algodão latino-americana. Mobiliza uma rede regional de mais de 80 instituições do setor público e privado que unem esforços para fortalecer a cadeia de valor do algodão. Sete países parceiros participam desta iniciativa: Argentina, Bolívia, Equador, Colômbia, Haiti, Paraguai e Peru. Mediante esta cooperação sul-sul trilateral são geradas oportunidades para a troca de conhecimentos e experiências, promoção do acesso a mercados, promoção de inovações tecnológicas e de gestão agrícola, a partir de uma perspectiva de sistemas agroalimentares diversificados de produção, contribuindo para a segurança alimentar e nutricional das famílias algodoeiras.
Agricultores familiares, técnicos de campo e representantes dos governos do Paraguai e do Brasil, e uma delegação com integrantes da Colômbia se reuniram no departamento de Caazapá, Paraguai, no dia 24 de maio, para um dia de campo voltado à inovação na colheita do algodão. Os participantes conheceram a atuação, em campos de algodão paraguaio, do protótipo de colheitadeira de uma linha, desenvolvido pela Embrapa Algodão, no âmbito do projeto +Algodão.
Após uma série de testes no Brasil, durante 2020 e 2021, o Paraguai foi o primeiro país a receber a máquina para demonstrações em campo e a troca experiências e boas práticas em mecanização de colheita com base neste protótipo; uma grande contribuição da Cooperação Internacional Brasil-FAO, no âmbito do projeto +Algodão, para pequenos cotonicultores.
O projeto +Algodão é executado em conjunto pela Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO), Agência Brasileira de Cooperação do Ministério das Relações Exteriores (ABC/MRE) e sete países parceiros, incluindo o Paraguai, por meio do Ministério da Agricultura e Pecuária (MAG).
Ebert Benítez Villalba, vice-ministro da Agricultura Familiar do Paraguai, esteve presente no dia de campo para conhecer a colheitadeira e as boas práticas demonstradas. Segundo o vice-ministro, o MAG considera fundamental recriar o entusiasmo pelo cultivo do algodão. Ele também destacou a importância da máquina, já que um percentual significativo dos custos de produção vem da colheita do algodão. “Estamos muito gratos pela cooperação, que nos deu a oportunidade de trabalharmos juntos para reviver o algodão no Paraguai”, disse.
Representando o governo brasileiro, Carolina Smid, analista de projetos da ABC/MRE, comentou que deseja que os produtos gerados a partir dessa cooperação, como a colheitadeira, "apoiem os agricultores no desenvolvimento de suas técnicas e na produção de algodão".
Ao longo do dia, técnicos da Embrapa Algodão fizeram apresentações sobre as características do protótipo, os requisitos mecânicos para sua funcionalidade, informações sobre o preparo da terra para o uso da máquina, além de orientações sobre o manejo do solo pós-colheita, como a rotação de culturas e o plantio de adubos verdes de inverno, entre outros. Elías Aquino, agricultor familiar produtor de algodão, que participou no dia de campo, comentou que o algodão pode voltar a ser um cultivo muito rentável, se forem aplicadas novas tecnologias e “se o agricultor quiser implementar e inovar na sua forma de trabalhar”.
Adriana Gregolin, coordenadora regional do projeto +Algodão, comentou sobre a importância do trabalho conjunto entre o governo brasileiro, a FAO e o governo paraguaio, destacando a importância do algodão não apenas como cultura, mas também como parte de uma estratégia de segurança alimentar: “estamos falando de sistemas de produção, onde o algodão gera renda e outros cultivos contribuem para a segurança alimentar das famílias”, afirmou.
Também participaram do dia de campo uma delegação da Colômbia, composta por representantes da Diretoria de Cadeias Agropecuárias e Florestais, do Ministério da Agricultura e Desenvolvimento Rural (MADR), do Fundo de Desenvolvimento do Algodão (Conalgodón), do Serviço Nacional de Aprendizagem (SENA) La Granja; da Corporação Colombiana de Pesquisa Agropecuária (Agrosavia), bem como produtores e técnicos do projeto +Algodão Colômbia. O grupo está em missão ao Paraguai para conhecer as experiências e boas práticas no cultivo algodoeiro no país, bem como a colheitadeira. O projeto +Algodão Colômbia é executado em parceria com o MADR.
O coordenador do projeto +Algodão Colômbia, José Nelson Camelo, que integra a delegação, destacou a importância da visita do grupo ao Paraguai para ver o protótipo em funcionamento, desenvolvido para pequenos agricultores familiares, além de explorar maneiras de levar esta tecnologia inovadora para seu país, no âmbito do projeto. “Para fortalecer a produção algodoeira da agricultura familiar na Colômbia”, enfatizou.
Colheita mecanizada de algodão na agricultura familiar: uma opção viável
Durante a parte prática do dia de campo, foram realizadas demonstrações da colheita mecanizada do algodão com o protótipo. A colheitadeira foi desenvolvida pelos pesquisadores da Embrapa Algodão Odilon Reny Ribeiro e Valdinei Sofiatti, e pode colher 1 hectare em 3,5 horas, o equivalente a 120 hectares em 30 dias. Este protótipo pode se tornar uma opção altamente viável para cotonicultores da região da América Latina, bem como para suas organizações e cooperativas.
O pesquisador Tarcísio Gondim, da Embrapa Algodão, explicou os benefícios da colheita mecanizada e que permitirá ao agricultor "planejar sua colheita e acelerá-la e, consequentemente, aumentar seus lucros". Ele também destacou a importância do trabalho comunitário, de forma organizada, entre os agricultores para a definição e escalonamento do cultivo, o que favorecerá a movimentação das máquinas para a colheita do algodão, permitindo assim acelerar a possibilidade de atender o mercado.
As demonstrações e teste em campo no Paraguai continuarão durante o mês de junho, com o objetivo de verificar o funcionamento da máquina, validar tecnicamente seu desempenho nas propriedades de pequenos produtores e produtoras de algodão, além de promover o uso de adubos verdes de inverno para rotação do algodão como estratégia de melhoramento e conservação do solo.
+Algodão
O projeto +Algodão é realizado desde 2013 com o objetivo de promover o desenvolvimento sustentável da cadeia do algodão latino-americana. Mobiliza uma rede regional de mais de 80 instituições do setor público e privado que unem esforços para fortalecer a cadeia de valor do algodão. Sete países parceiros participam desta iniciativa: Argentina, Bolívia, Equador, Colômbia, Haiti, Paraguai e Peru.
Mediante esta cooperação sul-sul trilateral são geradas oportunidades para a troca de conhecimentos e experiências, promoção do acesso a mercados, promoção de inovações tecnológicas e de gestão agrícola, a partir de uma perspectiva de sistemas agroalimentares diversificados de produção, contribuindo para a segurança alimentar e nutricional das famílias algodoeiras.