05/08/16 |   Estudos socioeconômicos e ambientais

Projeto estabelece estratégias de consulta e avaliação de produtos gerados pelas pesquisas

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A concepção de projetos de pesquisa com hortaliças tem sua origem, na maioria dos casos, em demandas identificadas junto à cadeia produtiva, por meio de registros no SAC (Serviço de Atendimento ao Cidadão) da Embrapa, por contatos diretos com produtores e representantes de indústrias processadoras, ou por outras formas diretas ou indiretas de levantamento dessas necessidades demandadas. Com a aprovação do projeto "Estratégias de retroalimentação com consultas ao mercado e avaliação de impactos dos produtos gerados pelo Arranjo GenHort", o desenvolvimento de projetos ganhou um importante reforço.

Um reforço que vai além da fase de idealização da pesquisa. O pesquisador da Embrapa Hortaliças (Brasília-DF) Jadir Pinheiro, formulador da proposta aprovada nas recentes Chamadas do Sistema Embrapa de Gestão (SEG), e líder do projeto, explica que o trabalho envolve duas vertentes relacionadas tanto a consultas ao mercado como à avaliação das tecnologias lançadas, do ponto de vista da aceitação do produto pela sociedade.

"A ideia é trabalhar com a prospecção da demanda – o que deseja o mercado – e com a acolhida pelo consumidor", anota Pinheiro. "Por exemplo, o consumidor pode não apreciar o sabor adocicado de uma determinada variedade de hortaliça lançada, então esse tipo de informação sinaliza para uma possível correção de rumo de outros projetos em andamento", sublinha.

A proposta é trabalhar com sete hortaliças - batata, alface, cenoura, cebola, tomate, melancia e melão -, escolhidas pela importância socioeconômica e pelo foco de estudo, juntamente com o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) da USP de Piracicaba (SP). Segundo o pesquisador, a parceria com o Cepea possibilitará o mapeamento qualitativo das áreas de produção, assim como a caracterização do perfil das regiões e dos produtores. Demandas e tendências dos consumidores de hortaliças também serão avaliadas quanto às características desejadas, tais como sabor, cor, embalagem e/ou variedade.

 Nesse mesmo contexto, serão mensuradas as expectativas de produtores e empresas de sementes quanto aos quesitos de resistência, tolerância a pragas e doenças, fisiologia da planta e do fruto e aspectos nutricionais. Previstos também, durante a execução do projeto, levantamentos dos impactos econômico, social e ambiental das tecnologias geradas para a sociedade.

"É um trabalho pioneiro dentro da Embrapa Hortaliças e sua importância pode ser medida ao identificar-se o seu objetivo macro que é o retroalimentar os programas de melhoramento por meio de consultas mercadológicas e avaliação dos impactos das tecnologias desenvolvidas", resume Pinheiro.

Arranjo Genhort

Não são pequenos os desafios do Arranjo GenHort, que tem entre seus objetivos contribuir para a sustentabilidade e a competitividade da cadeia de valor das hortaliças. No caso do tema em questão, o pesquisador informa que já estava prevista a sua execução, porque quando se estabelece um determinado Arranjo há projetos que podem ser inseridos em suas linhas de ação a partir da confluência de fatores trabalhados, "em andamento ou os que ainda estão por vir".

"Além de estudar as principais demandas do mercado, o nosso projeto também inclui a avaliação dos impactos das tecnologias que forem desenvolvidas por outros projetos incluídos no Arranjo GenHort".

Anelise Macêdo (MTB 2.749/DF)
Embrapa Hortaliças

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Telefone: (61) 3385-9109

Mais informações sobre o tema
Serviço de Atendimento ao Cidadão (SAC)
www.embrapa.br/fale-conosco/sac/

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