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Misturas poliméricas como alternativa de veículo de inoculação de bactérias de interesse biotecnológico na agricultura: o modelo de cana-de-açúcar e feijão-caupi para o Estado do Rio de Janeiro

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Foto: CRUCIOL, Magda

Inoculantes contendo bactérias ou mesmo outros microrganismos podem atuar no crescimento de plantas. No caso do grupo das bactérias diazotróficas, o maior e melhor exemplo é o inoculante para a cultura da soja. Essa tecnologia tem sido usada no Brasil há quase 50 anos e evoluiu para um produto reconhecido por sua qualidade e efetividade. Tradicionalmente, esse inoculante é produzido utilizando solo de turfeiras, que pode ser de jazidas nacionais ou importado de outros países, como o Canadá.
A turfa é um material de origem vegetal, parcialmente decomposto, encontrado em camadas, sobretudo em regiões pantanosas e em montanhas (turfa de altitude). É um recurso não renovável, que precisa ser moído e, por ser ácido, precisa ser neutralizado e esterilizado, normalmente com a utilização de raios gama. Mas essa esterilização não é total: sempre resta uma quantidade pequena de microrganismos, que podem causar doenças quando aplicados nas plantas. Uma alternativa à turfa seria a utilização de polímeros, que, por meio de efeitos aditivos de misturas poliméricas e com suas propriedades físicas, químicas e biológicas, apresentam as características desejáveis para um veículo de inoculação.
O objetivo deste projeto foi propor a substituição da turfa por um material sintético, à base de mistura de compostos atóxicos, na forma de um polímero biodegradável. Esse polímero recebeu a bactéria crescida, mantendo-a viável por um prazo máximo de seis meses. A mistura polimérica utilizada como veículo de inoculação é uma mistura de polímeros biodegradáveis à base de amido e carboximetilcelulose, contendo agentes compatibilizantes de interesse. Testes preliminares com essas misturas indicaram seu grande potencial tecnológico e vantagens agroeconômicas até então não alcançadas por outros materiais testados, tais como o preparo, a manutenção e a sobrevivência de células em condições não refrigeradas, além do baixo custo.
Com este produto pretende-se expandir o uso do inoculante agrícola para outras culturas além das leguminosas, visando à substituição de parte do nitrogênio aplicado, à redução na aplicação de outros nutrientes e água e ao controle de patógenos, entre outros efeitos promotores.

Ecossistema: Floresta Atlântica

Situação: concluído Data de Início: Tue Dec 01 00:00:00 GMT-03:00 2009 Data de Finalização: Wed Nov 30 00:00:00 GMT-03:00 2011

Unidade Lider: Embrapa Agrobiologia

Líder de projeto: Veronica Massena Reis

Contato: veronica.massena@embrapa.br

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