O presente projeto propõe avaliar e adaptar tecnologias para integrar o cultivo intensivo de tambaqui em sistema de recirculação à produção de hortaliças através do uso de leitos cultivados e do aproveitamento de efluentes. Todas as atividades de pesquisa serão desenvolvidas no Campo Experimental da Fazendinha, integrante da Embrapa Amapá. As atividades de difusão de tecnologias serão efetuadas em parceria com agentes extensionistas da PESCAP (Agência de Pesca do Amapá) e RURAP (Instituto de Desenvolvimento Rural do Amapá) e produtores próximos ao referido campo experimental. Como resultado espera-se: 1) Fortalecer as relações institucionais entre a Embrapa Amapá e órgãos de extensão do Amapá como PESCAP e RURAP, através de formalização de parcerias (contratos de cooperação); 2) Adaptar a tecnologia de leitos cultivados utilizando materiais de baixo custo e plantas nativas, que mantenham a qualidade de água para o cultivo intensivo de tambaqui; 3) Indicar densidades de estocagem e manejo alimentar adequados para o cultivo intensivo de tambaquis em sistema de recirculação de água utilizando leitos cultivados nas fases de recria e engorda; 4) Definir boas práticas de manejo sanitário para tambaquis cultivados em sistema de recirculação de água; 5) Adaptar metodologia para o aproveitamento de efluentes do cultivo intensivo de tambaqui em recirculação na produção de biofertilizantes e compostos orgânicos, bem como definir as dosagens de aplicação nas culturas estudadas; 6) Gerar referências sobre a viabilidade técnica e econômica do cultivo intensivo de tambaqui em sistema de recirculação e do aproveitamento de seus efluentes na produção de hortaliças. Como impactos socioeconômicos está previsto o aumento da oferta de pescado (tambaqui) no comércio local; diminuição da dependência da importação de pescado de outros Estados, nova oportunidade de renda, aumento da rentabilidade das propriedades com a inclusão novas atividades de produção (hortaliças e piscicultura). Entre os impactos destaca-se a diminuição da pressão de pesca sobre o tambaqui, expansão e desenvolvimento da aquicultura sem a necessidade de desmatamento de novas áreas, redução da emissão de efluentes da piscicultura, reaproveitamento de materiais na geração de novos produtos e insumos, possibilidade da produção de orgânicos com valor agregado.