Equipes da Embrapa realizam força-tarefa em roças de mandioca dos indígenas em Oiapoque
As equipes da Embrapa se deslocaram para Oiapoque no dia 18 de setembro e retornaram a Macapá no dia 22/9.
Uma equipe formada por especialistas da Embrapa Amapá e da Embrapa Mandioca e Fruticultura (Cruz das Almas/Bahia) fizeram trabalhos in loco para avaliar a situação de doenças da mandioca cultivada em Terras Indígenas de Oiapoque, no extremo norte do estado. Fungos e uma bactéria agressiva dizimaram quase todas as plantações da região este ano. Integram também a força-tarefa técnicos da Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai), do Instituto de Desenvolvimento Rural do Amapá (Rurap), do Conselho dos Caciques dos Povos Indígenas do Oiapoque (CCPIO) e do Instituto de Pesquisa e Formação Indígena (Iepé).
Pela Embrapa Mandioca e Fruticultura, a força-tarefa contou com o engenheiro agrônomo Hermínio Rocha, um dos coordenadores da Rede de multiplicação e transferência de materiais propagativos de mandioca com qualidade genética e fitossanitária (Reniva), e o pesquisador fitopatologista Saulo Oliveira. A Embrapa Amapá designou a pesquisadora Cristiane Ramos de Jesus, chefe de Pesquisa, o pesquisador fitopatologista Adilson Lima, e o analista Jackson de Araújo dos Santos. Eles se deslocaram para Oiapoque no dia 18 de setembro e retornaram a Macapá no dia 22.
Eles estiveram nas aldeias Anawera, Kuai Kuai, Ahumã, Ariramba, Yanoaka, Lençol e Galibi, onde coletaram folhas, hastes e pecíolos de plantas com sintomas e também amostras de plantas assintomáticas, que foram levados para análise laboratorial na unidade da Embrapa em Cruz das Almas. "Na primeira localidade, por exemplo, que passamos para conhecer a doença, observamos três variedades. Vimos que a doença afeta mais as variedades de mandioca amarela, com incidência e severidade muito alta nessas duas variedades, e vimos outra variedade mais tolerante. Realmente se trata de uma doença que a gente desconhecia até então. Estamos coletando amostras para fazer análises laboratoriais para saber exatamente do que se trata e traçar as estratégias de limpeza, via termoterapia, e multiplicação de materiais tratados para devolução aos povos indígenas de uma maniva-semente com sanidade vegetal”, explicou Hermínio Rocha.
Recentemente, a Embrapa assinou Termo de Execução Descentralizada (TED, com o Ministério do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar (MDA), que destinou quase R$ 1,3 milhão para ações que visam combater o problema. Também foi assinado outro TED, cujo escopo das ações foi elaborado pelos coordenadores da Rede Reniva (Herminio Rocha e Helton Fleck), que vai liberar recursos para o Reniva atuar em nove estados do Norte e Nordeste nos próximos 36 meses, incluindo o Amapá. Durante esta viagem da Oiapoque, a chefe de Pesquisa e Desenvolvimento da Embrapa Amapá, Cristiane Ramos de Jesus apresentou as ações previstas no convênio entre a Embrapa e o MDA, na reunião com as lideranças indígenas realizada na Aldeia do Manga.
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