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Solenidade reúne parceiros da Rede Reniva em Cruz das Almas (BA)

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Foto: Luna França

Luna França -

A presença de autoridades das esferas federal, estadual e municipal, lideranças e representantes de instituições de pesquisa, universidades, técnicos e produtores da cultura da mandioca marcou o lançamento oficial do Termo de Execução Descentralizada (TED) da Rede de multiplicação e transferência de materiais propagativos de mandioca (Reniva), na manhã da última quinta-feira (2).

O evento aconteceu nas dependências da Embrapa Mandioca e Fruticultura (Cruz das Almas, BA), Unidade da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária – Embrapa, vinculada ao Ministério da Agricultura e Pecuária, incluiu falas de autoridades, palestras e visita a uma estrutura de plantio de mudas de mandioca. O objetivo foi comemorar cerca de 1,6 milhão de reais liberados pelo Ministério do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar (MDA) para a ampliação do Reniva para nove estados das regiões Norte e Nordeste (Acre, Alagoas, Amapá, Amazonas, Bahia, Paraíba, Rondônia, Roraima e Tocantins).

As palestras “TED Reniva: estratégia de implantação” e “Ações indispensáveis pós-tratamento de termoterapia” foram ministradas, respectivamente, pelos coordenadores nacionais da Rede Reniva, os analistas de Transferência de Tecnologia Herminio Rocha e Helton Fleck. Em seguida, todos seguiram para conhecer a câmara térmica instalada na área experimental.

O evento
Marenilson Batista da Silva, diretor de Assistência Técnica e Extensão Rural do Ministério do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar (MDA), agradeceu a oportunidade de parceria entre Embrapa e MDA em prol da mandioca no País. “Quero parabenizar a Embrapa pelo trabalho que está sendo feito com várias culturas. Aqui, especialmente na Embrapa Mandioca e Fruticultura, esse trabalho está sendo feito com mandioca, fundamental para a segurança alimentar do povo brasileiro, e que gerou um TED que vai atender a nove estados do nosso país”, disse.

Lanns Almeida, superintendente da Superintendência Baiana de Assistência Técnica e Extensão Rural (Bahiater), destacou a importância do evento e do projeto: “O lançamento do TED Reniva é uma ação do MDA articulada com o governo do estado para levar ao agricultor a melhoria da sua produção, melhorar a sua produtividade na mandiocultura, mas, principalmente, fortalecer a dignidade do homem e da mulher do campo”.

Para Marilda Cristina Galindo, gerente executiva da célula de desenvolvimento territorial do Banco do Nordeste na Bahia, participar do evento foi a garantia de poder propagar a iniciativa da Embrapa para outros territórios: “Nós temos a honra de já contar com a Embrapa no nosso Prodeter, Programa de Desenvolvimento Territorial do Banco do Nordeste, onde a Embrapa atua não somente com a pesquisa, com a teoria, e também provocando essa prática. Que coisa maravilhosa que vimos aqui hoje. Estão todos de parabéns e é uma honra ter participado”.

Juscelino Macedo, presidente da Cooperativa de Produtores Rurais de Presidente Tancredo Neves (Coopatan), foi um dos parceiros presentes. “Hoje foi um dia muito importante para conhecer um pouco aqui da termoterapia, uma alternativa para nós que somos mandiocultores. Esse é o modelo que acredito que traz esperança e vai trazer rentabilidade e alta produtividade para os produtores. Não tenho dúvida que a Embrapa está fazendo uma ação que vai contribuir muito com a vida do homem do campo”, afirmou

Já Antônio Marcos Araújo de Souza, prefeito de Aratuípe, no recôncavo baiano, contou sobre a expectativa de ter o desenvolvimento da atividade em seu município, sobretudo a partir da relação construída com o Instituto Federal Baiano (IF) de Valença. “Aratuípe vive, em grande parte, da agricultura familiar, que tem uma produção de farinha extremamente importante para o desenvolvimento local. A gente espera que essa expertise da Embrapa e dos agentes parceiros possa impactar positivamente na minha cidade, levando conhecimento e desenvolvimento para ter uma agricultura mais forte e um impacto positivo para nossa gente”.

O projeto
O projeto, com duração de 24 meses, conta com o apoio das Unidades da Embrapa nos estados contemplados. Cada um deles vai receber uma câmara térmica automatizada, formada por uma estufa de aço galvanizado, coberta com plástico selado hermeticamente, que ocupa um espaço de 25 m².

A tecnologia que utiliza a temperatura para gerar plantas mais sadias foi desenvolvida pelo Centro Internacional para Agricultura Tropical (Ciat), na Colômbia, e aperfeiçoada pela Embrapa Mandioca e Fruticultura (BA). A câmara térmica é capaz de gerar, por meio da termoterapia, plantas de mandioca com alta qualidade fitossanitária, livres de patógenos sistêmicos, como vírus, bactérias e agentes que causam a podridão radicular.

 

Léa Cunha (DRT-BA 1633)
Embrapa Mandioca e Fruticultura

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