Espécies frutíferas nativas do Brasil constituem-se uma excelente oportunidade para a geração de renda e emprego para agricultores familiares e microempresários especialmente nas regiões Norte e Nordeste. As espécies como o bacurizeiro, o camucamuzeiro, o muricizeiro e o taperebazeiro têm sido frequentemente citadas como promissoras para a agricultura familiar, pelas amplas possibilidades que apresentam devido a crescente demanda de seus frutos nos mercados dessas regiões. O cultivo dessas espécies representa forma de diversificação da base produtiva, que é importante para as agroindústrias de polpa de frutas, cuja competitividade depende em grande parte, da cesta de produtos que colocam no mercado. O arranjo produtivo das espécies de frutíferas nativas é um dos mais dinâmicos quanto às possibilidades de desenvolvimento. Entretanto, para que novas espécies de frutas sejam incorporadas ao processo produtivo é fundamental que se tenha cultivares competitivas e que essas espécies disponham de métodos eficientes de propagação. Com relação ao último aspecto, convém ressaltar que presentemente nenhum viveirista produz mudas destas espécies, por ainda não se dispor de técnicas eficientes de propagação. O projeto pretende gerar conhecimentos e tecnologias para aumento da produtividade e renda do produtor rural através da seleção e disponibilização de genótipos visando o aproveitamento agroindustrial, além da otimização de métodos de propagação de bacurizeiro, muricizeiro e taperebazeiro. A adoção dos resultados do projeto, contribuirá para a melhor utilização dos recursos naturais, para a melhoria da qualidade de vida das populações rurais, a qual poderá ser observada pela diversificação da exploração agrícola, consumo de produtos de alto valor nutritivo, sobretudo em sais minerais e vitaminas, que complementarão a dieta energética e calórica tradicional, além de oferecer uma fonte de renda e capitalização.