Melhoramento genético da pimenteira-do-reino auxiliado por técnicas de citogenética e biologia avançada – Fase II

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Foto: Rosa, Ronaldo

Em termos de relevância mundial, o Brasil é o quarto maior exportador de pimenta-do-reino, com mais de 30 mil ton anuais, sendo o Pará responsável por cerca de 80% dessa produção seguido pelo Espírito Santo, o que tem gerado divisas na ordem de 200 milhões de US$/ano nos últimos dois anos. Por ser um produto altamente valorizado no mercado mundial, há pouco interesse na agregação de valor à especiaria, direcionando o pipericultor a investir no aumento da produção visando lucrar mais com a venda do produto. A exploração econômica da cultura apresenta elevado risco, limitando a expansão às doenças, fusariose e viroses, sendo a fusariose a principal doença da cultura, e responsável pela morte precoce dos pimentais, reduzindo em 50% o ciclo produtivo. Considerando o patossistema pimenteira-do-reino-F. solani, e o estado do Pará ter ampla dimensão territorial e muitas áreas produtoras, são poucas as informações a respeito da agressividade de isolados do fungo no Estado, dificultando a elaboração de estratégias de manejo mais eficazes. A introdução e cultivo no país se deu a partir de estacas de pequeno número de material genético de pimenteira-do-reino e disseminado via propagação vegetativa sem controle da origem, levando, atualmente, a dificuldades para discriminação das cultivares comercializadas e usadas nos programas de melhoramento. Como compartilham muitos genes, além das características morfo-agronômica, será importante a caracterização molecular via marcadores moleculares que darão suporte tanto ao melhoramento como à identificação de materiais no campo. Em adição, estudos comprovaram estreita base genética e suscetibilidade ao patógeno de todos os genótipos avaliados do BAG da pimenteira-do-reino da Embrapa Amazônia Oriental, mas indicaram nove espécies de piperáceas silvestres resistentes ao patógeno, as quais tem potencial para uso no melhoramento. Nesse sentido, é importante dar continuidade ao programa de melhoramento da pimenteira-do-reino que na primeira fase gerou 22 combinações intraespecíficas, cujas sementes foram germinadas e clonadas in vitro, aclimatizadas e que estão em campo para avaliação. Os cruzamentos interespecíficos visam resistência à fusariose, enquanto os intraespecíficos focam em tolerância à seca, precocidade, resistência à murcha amarela e características relacionadas à produção, visto essas serem as principais demandas do setor produtivo. A caracterização citogenética de espécies de piperáceas e cultivares de P, nigrum estão em andamento e tem apresentado diferenças de número cromossômico entre os materiais, que subsidiarão estratégias no melhoramento da cultura. Também, considerando a primeira fase desse projeto, cinco novos híbridos deverão ser analisados para avaliações agronômicas quanto à produção, tolerância à seca e resistência à murcha amarela, e um novo material de pimenteira-do-reino, cv. Clonada proveniente de polinização controlada, já em avaliação em quatro municípios, deverá ser lançado como o primeiro material genético de pimenteira-do-reino obtido no Brasil. Portanto, essa proposta tem como objetivo gerar e lançar novas cultivares/clones de pimenteira-do-reino com características agronômicas competitivas, além de avaliar aspectos da doença fusariose, visando auxiliar o programa de melhoramento genético e o controle da doença na cultura. Para tal, conta com colaboradores da Embrapa, UFPA/Belém,/Bragança, UFES, UNIFESSPA, UNICAMP, ESALQ, EMATER e INCAPER que possuem interesse e experiência em suas áreas. Essas estratégias fortalecerão o programa de melhoramento da espécie por meio da obtenção de materiais com maior potencial competitivo e diferenciado, além de novas estratégias de controle da doença fusariose, impactando toda a cadeia produtiva, pelo aumento do rendimento dos grãos e elevação do ciclo de vida econômico dos pimentais,

Ecossistema: Amazônico

Situação: concluído Data de Início: Fri Jan 01 00:00:00 GMT-03:00 2016 Data de Finalização: Tue Dec 31 00:00:00 GMT-03:00 2019

Unidade Lider: Embrapa Amazônia Oriental

Líder de projeto: Oriel Filgueira de Lemos

Contato: oriel.lemos@embrapa.br

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