O sistema tradicional de agricultura com o uso do fogo praticado na região amazônica apresenta baixa sustentabilidade social, econômica e ambiental. A adoção de sistemas alternativos é uma forma de alcançar a sustentabilidade de unidades de produção familiar rural e do uso de recursos naturais. Para tornar disponíveis sistemas alternativos aos produtores familiares, são necessárias ações de disseminação de alguns sistemas validados cientificamente e de identificação, adaptação e validação científica de outros sistemas e tecnologias promissoras. Entretanto, tais ações são pontuais nos estados da Amazônia. Neste contexto, destacam-se na Amazônia as iniciativas das unidades descentralizadas da Embrapa com o desenvolvimento de práticas e tecnologias sustentáveis sem o uso do fogo para a agricultura familiar, capazes de envolver não somente o homem do campo mas todos os membros de sua família. Contudo, grande parte da construção e intercâmbio de conhecimentos e informações com este público-alvo não acompanha simultaneamente as ações de pesquisa desenvolvidas. São necessárias ações que incentivem o compartilhamento destes conhecimentos gerados e a formação de agentes multiplicadores, capazes de replicar as informações, incentivar a adoção tecnológica e retroalimentar as demandas de pesquisa. A presente proposta visa promover o compartilhamento de conhecimentos para agricultura familiar sem queima na Amazônia, visando à transição produtiva por meio da adoção de práticas e tecnologias sustentáveis para recuperação de áreas alteradas, redução do desmatamento e de queimadas.