Dentre os Estados que compõe o chamado #26;arco do desmatamento#26;, o Pará apresenta a maior área com floresta primária. Todavia, o grande desafio é frear o desmatamento e utilizar de forma ecoeficiente as áreas agrícolas produtivas. As políticas públicas vêm buscando estratégias de desenvolvimento rural em bases sustentáveis na região. Os esforços das instituições para elaborar e referendar o Zoneamento Ecológico-Econômico (ZEE) na área de influência da BR-163 é um excelente exemplo da preocupação com as potencialidades das terras em consonância com a legislação ambiental no Estado. Um outro mecanismo de suporte ao planejamento agrícola é o Zoneamento de Risco Climático que possibilita indicar as épocas de menor risco aos cultivos, assegurando a produção agrícola no país. Esse instrumento auxilia nas avaliações de liberação de crédito e seguro agrícola. O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) considera o Zoneamento de Risco Climático como instrumento norteador do Programa de Garantia da Atividade Agropecuária (PROAGRO). Após sua adoção houve queda do índice de sinistralidade, passando a ter rentabilidade positiva nas safras agrícolas. No Pará as iniciativas de fortalecimento da rede de monitoramento e previsão de tempo e clima e as parcerias consolidadas entre as instituições de ensino, pesquisa, monitoramento, fomento agrícola, extensão rural e associações de produtores aumentam a capacidade dos prognósticos agrícolas. Como integrante dessa rede, objetiva-se com esta proposta avaliar os riscos climáticos em safras agrícolas, fornecendo orientações agrometeorológicas aos produtores de grãos no Pará. O Projeto disponibilizará no Portal da Embrapa Amazônia Oriental e no da Agritempo informações como: probabilidade de ocorrência de eventos extremos, melhores épocas para semeadura, desenvolvimento e colheita de grãos, controle de pragas e doenças, áreas mais propícias ao cultivo de safrinhas, entre outras. Com base em análises de séries temporais, balanços hídricos, análise de riscos climáticos, técnicas de geoprocessamento, geoestatística e modelagem dinâmica serão fornecidos aconselhamentos agrometeorológicos quinzenais, buscando minimizar as incertezas nas ofertas climáticas e proporcionando incrementos na produção de grãos no Pará.