Trata-se de uma prática agropecuária para manejo da adubação e da fertilidade do solo, consistindo em um sistema orgânico de cultivo de inhame entre faixas intercalares de guandu (Cajanus cajan) - uma leguminosa que associa-se de forma simbiótica com rizóbios (bactérias fixadoras de nitrogênio atmosférico). A simbiose do guandu com rizóbios resulta na oferta de quantidades expressivas de nitrogênio, que é incorporado pelo inhame durante o cultivo consorciado. A área de cultivo deve ser manejada de modo que o guandu não entre em competição com o inhame por luz, água e nutrientes. Assim, o guandu, enquanto planta de cobertura, contribui para um bom desempenho do inhame, gerando benefícios para o agricultor. A prática é de especial interesse para a produção orgânica da hortaliça, favorecendo a redução de custos, devido ao aporte significativo de matéria orgânica e nitrogênio, associado à ciclagem de outros macronutrientes. Durante os experimentos, a produtividade manteve-se próxima da média do estado do Rio de Janeiro, estimada em 15 toneladas por hectare.