Tecnologia doma a araucária e produz mudas para comércio do pinhão
A araucária é uma espécie florestal praticamente exclusiva do Brasil. Possui madeira de alta qualidade e sementes (pinhão) de alto valor nutritivo, constituindo um importante fator social e econômico para o Sul e o Sudeste do Brasil. Uma parceria da Embrapa Florestas com a Universidade Federal do Paraná (UFPR) proporcionou o entendimento a respeito da morfologia da espécie, do desenvolvimento de cultivares, de técnicas de resgate vegetativo e enxertia, bem como das estratégias para implantação de pomares para produção precoce de pinhão (a partir de 6 a 10 anos pós-plantio). As árvores têm características definidas, como sexo, época de produção de pinhão (diferentes meses do ano), tipo e qualidade do pinhão, além de terem menor porte, o que facilita a colheita e permite que produtores invistam na formação de pomares de pinhão como mais uma fonte de renda na propriedade rural.
A tecnologia está disponível para os interessados por meio de livros, fôlderes explicativos e cursos, assim como em viveiros que vendem mudas prontas. Foram registradas as cultivares femininas BRS 405, BRS 406 e BRS 407 de produção de pinhão e as masculinas BRS 426, BRS 427 e BRS 428 para produção de pólen e polinização. Um viveiro por estado da região Sul foi conveniado para a produção em escala das cultivares. Mais de 200 produtores e técnicos de extensão rural já foram treinados. Estimativas iniciais indicam a possibilidade de obtenção de produtividade anual média de 2.300 quilogramas de pinhão por hectare aos 15 anos com a tecnologia de pomar precoce, enquanto na colheita de floresta nativa a obtenção é de 110 quilogramas por hectare.
Em 2017, a Embrapa e a Universidade Federal do Paraná (UFPR) reuniram os principais resultados de trabalhos sobre biologia reprodutiva, propagação, produção mudas e critérios de manejo de araucária. Acesse publicação gratuita
Confira nas tabelas abaixo a relação de tecnologias de Frutos e castanhas que geraram impactos sociais, ambientais, institucionais e econômicos.
Impactos das soluções tecnológicas de Frutos e castanhas
Legenda: nd (não definido).
Notas: (1) Participação da Embrapa; (2) Ano do último aprimoramento da tecnologia em adoção; (3) Adoção (quantidade); (4) Impacto ambiental; (5) Impacto institucional.
Metodologia: Avaliação dos impactos de tecnologias geradas pela Embrapa - metodologia de referência.
As campeãs de impacto econômico
Adoção das soluções tecnológicas de Frutos e castanhas
Nota: (1) Ano do último aprimoramento da tecnologia em adoção.
Análise
A diversidade da pesquisa da Embrapa pode ser observada também na quantidade de soluções tecnológicas adotadas referentes aos frutos e às castanhas. Em 2020, as variedades de açaí, maracujá, manga, uva, banana, pêssego, citros, caju, guaraná, coco, cupuaçu, abacaxi, morango, pera, entre outras, foram adotadas em mais de 177 mil hectares. Tecnologias relacionadas ao manejo de frutos e castanhas foram utilizadas em mais de 245 mil hectares. Os impactos econômicos que os produtores obtiveram a partir de uma amostra desse tipo de tecnologia chegaram a mais de 843 milhões de reais.