09/12/16 |   Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação

Ciência para a vida - notas da edição nº 14

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Foto: Maurício Meyer

Maurício Meyer -

Resistência a ser mapeada

A Embrapa e a Bayer vão estudar os mecanismos de perda de sensibilidade de fungos causadores de doenças na soja aos produtos usados nas lavouras. Projeto de pesquisa conjunto pretende identificar a resistência dos fungos Corynespora cassiicola (causador da mancha-alvo) e Phakopsora pachyrhizi (responsável pela ferrugem-asiática-da-soja) aos fungicidas disponíveis no mercado. "Queremos entender como e onde ocorre a resistência nesses fungos, e, assim, adotar ações antirresistência preventivas", explica o pesquisador Maurício Meyer, da Embrapa Soja. Um dos principais objetivos é o sequenciamento do genoma do fungo causador da ferrugem-asiática-da-soja, liderado por um consórcio internacional, do qual as duas empresas participam. Com base nos dados gerados pelo sequenciamento do genoma de P. pachyrhizi, o projeto pretende se desdobrar em duas frentes de pesquisa: compreensão dos mecanismos de mutações nos genes do fungo, que provocam a perda de sensibilidade e resistência aos principais grupos de fungicidas usados para o controle da doença; e identificação das regiões do genoma do fungo associadas à sua virulência na planta, cujos resultados poderão auxiliar na geração de variedades de soja resistentes à ferrugem-asiática. "Com o genoma em mãos, poderemos entender como a perda de sensibilidade ocorre, antecipar estratégias de manejo antirresistência e desenvolver soluções mais eficazes para esse controle", explica o gerente de Desenvolvimento Avançado de Fungicidas da Bayer, Rogério Bortolan. O sequenciamento genético de P. pachyrhizi é grande desafio assumido no estudo, considerados o tamanho e a complexidade do seu genoma. Ao menos uma tentativa anterior de sequenciamento e montagem do genoma do fungo fracassou.• — por Lebna Landgraf (Agência Embrapa de Notícias)

Navegue: Estudo da Embrapa e Bayer irá mapear mecanismo de resistência de doenças da soja aos fungicidas


Infravermelho portátil

Com o NIRS, sigla em inglês de espectroscopia no infravermelho próximo, pesquisadores têm conseguido detectar contaminantes em grãos como arroz, milho, trigo e soja. Dispositivos portáteis NIRS permitem realizar análises fora do laboratório, de forma mais rápida e com menor custo − os resultados de determinações de qualidade de grãos podem ser gerados pelo próprio técnico, no campo ou na indústria, sem destruir a amostra e em tempo real. O NIRS é um método de alta precisão que analisa alimentos por meio de radiação eletromagnética. A técnica é uma integração da espectroscopia e quimiometria (estatística associada a dados químicos) que trata os dados obtidos gerando curvas de calibração e de validação. O trabalho envolve pesquisadores da Embrapa Trigo, Embrapa Milho e Sorgo, Embrapa Soja e Embrapa Clima Temperado. Colaboram a Universidade de Campinas (Unicamp), Universidade Federal da Paraíba (UFPB), Embrapa Algodão, Embrapa Informática e Embrapa Instrumentação, além da cadeia produtiva envolvida com esses grãos. • — por Joseani M. Antunes (Agência Embrapa de Notícias)

Navegue: Infravermelho detecta contaminantes em grãos


Dados sobre  agropecuária 

Informações sobre a produção agropecuária brasileira agora estão facilmente acessíveis na base de dados  desenvolvida pelo Sistema de Inteligência Estratégica da Embrapa, Agropensa, a partir de informações do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). "Trata-se de uma ampla base de dados coletados desde a década de 1990, fornecida por meio de uma plataforma amigável de painéis interativos (dashboards)", conta o coordenador do Agropensa, o pesquisador Édson Bolfe, que considera a ferramenta uma valiosa fonte de informação para pesquisadores, jornalistas, gestores públicos, profissionais da área, empresários, analistas financeiros e interessados em geral. O sistema desenvolvido transforma os dados em tabelas de análises de resultados que podem apresentar o recorte e detalhamento que o usuário escolher. Os dados são distribuídos em três grandes grupos: pecuária, produção agrícola e abates. • — por Fábio Reynol (Agência Embrapa de Notícias)

Navegue: Embrapa lança base de dados com informações sobre agropecuária nacional


Mais de 70 espécies de pragas barradas

Ações de quarentena desenvolvidas pela Embrapa impediram, de 1977 a 2013, a entrada de 75 diferentes espécies de pragas agrícolas no Brasil, revelou estudo feito por pesquisadores da Empresa.  De 2014 a 2016, mais quatro espécies foram barradas. Todas essas pragas são exóticas, ou seja, não existem no País e, por isso, não há formas conhecidas para combatê-las.  Só a entrada, em 2012, de apenas uma praga exótica, a lagarta Helicoverpa armigera, gerou prejuízos de cerca de 1,7 bilhão de dólares aos cofres nacionais. Isso dá uma ideia das centenas de bilhões de dólares poupadas pelo trabalho de quarentena.  O estudo aponta outro dado inédito: as pragas exóticas retidas não estão relacionadas ao país de origem, e sim à parte da planta em que são identificadas. Segundo o pesquisador Marcelo Lopes, a incidência de pragas interceptadas em oliveira, lírio, maçã e videira foi 21 vezes maior do que em milho, trigo, arroz e algodão. As quatro primeiras são intercambiadas por propagação vegetativa (na forma de mudas e estacas), enquanto as quatro últimas são enviadas por sementes. "O fato de o milho, o trigo, o arroz e o algodão serem as espécies com maior volume de importação e, mesmo assim, apresentarem baixo índice de contaminação por pragas – de 0,4 a 3% – corrobora a associação entre a contaminação e a parte da planta intercambiada. O envio de sementes pode ser recomendado como uma forma segura de intercâmbio internacional de culturas agrícolas", ressalta Lopes. O estudo revelou, ainda, que 47 espécies, ou seja, mais da metade das pragas interceptadas pela Embrapa, pertencem à categoria de ausentes não regulamentadas (ANR). São pragas que não existem no Brasil e que não estão incluídas na lista de espécies de importância quarentenária elaborada pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), podendo por isso escapar das barreiras sanitárias. • — por Fernanda Diniz (Agência Embrapa de Notícias)

Navegue: Embrapa impediu a entrada de mais de 70 espécies de pragas agrícolas no Brasil


Arroz à japonesa

No típico prato de arroz com feijão, a tradição pede um grão mais soltinho. Mas alguns tipos especiais apresentam características diferenciadas – como um aspecto mais pegajoso –, bastante valorizadas, por exemplo, pela culinária japonesa. Com foco nesse mercado crescente, a Embrapa lançou a BRS 358, cultivar de grão curto e com baixo teor de amilose – qualidade que o deixa mais pegajoso após o cozimento. "Com essa característica é possível comer usando o palitinho, o hashi", explica Ariano Magalhães, um dos pesquisadores responsáveis pela cultivar.  A nova planta é resultado do trabalho de pesquisadores da Embrapa Clima Temperado (RS), da Embrapa Arroz e Feijão (GO) e de outros centros de pesquisa ligados ao programa de melhoramento de arroz especial da Embrapa. "A vantagem da BRS 358 é que ela tem os mesmos padrões de qualidade de grãos do material japônico tradicional, mas com uma planta agronomicamente moderna", informa o pesquisador, referindo-se ao porte baixo da planta, o que a torna resistente ao acamamento, e a arquitetura de planta com folhas eretas. Isso significa maior capacidade fotossintética, conferindo maior potencial produtivo. • — por Francisco Lima, com a colaboração de Fábio Reynol (Agência Embrapa de Notícias)

Navegue: Pesquisa desenvolve cultivar de arroz voltada à culinária japonesa

Secretaria de Comunicação da Embrapa - Secom

Mais informações sobre o tema
Serviço de Atendimento ao Cidadão (SAC)
www.embrapa.br/fale-conosco/sac/

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