11/11/14 |   Produção vegetal  Transferência de Tecnologia

Embrapa capacita técnicos paraguaios em sistemas de produção do algodão

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Foto: Alexandre Oliveira

Alexandre Oliveira - Os participantes atuarão como multiplicadores de tecnologias e sistemas de produção que podem ser aplicados no Paraguai

Os participantes atuarão como multiplicadores de tecnologias e sistemas de produção que podem ser aplicados no Paraguai

A Embrapa Algodão (Campina Grande, PB) promove nesta semana a capacitação de 15 técnicos de instituições do Paraguai em sistemas de produção do algodão. O curso faz parte do projeto Fortalecimento do setor algodoeiro por meio da cooperação Sul-Sul, que integra, além do Paraguai, Peru, Bolívia, Colômbia, Equador e Argentina. O objetivo é contribuir para o desenvolvimento do setor algodoeiro e da agricultura familiar nos países membros do Mercosul e associados, apoiando o combate à fome a partir da experiência do Brasil. 

O Paraguai já foi um dos três maiores produtores de algodão da América Latina, junto com o Brasil e a Argentina. A área plantada naquele país já chegou a 550 mil hectares, na safra de 1991/1992, com predominância de pequenos produtores, colheita manual e pluma de alta qualidade. Com a mecanização mundial da colheita do algodão, a indústria têxtil não absorveu o custo de produção do algodão paraguaio e a cultura entrou em declínio no país. "Estimamos que em 2013 a área plantada foi de apenas 14 mil hectares, o ponto mais baixo de produção no Paraguai", declarou o coordenador nacional do projeto no Paraguai, Rafael Ojeda.

O projeto é coordenado pela Organização das Nações Unidas para a Alimentação e Agricultura (FAO), pelo governo brasileiro, através da Agência Brasileira de Cooperação (ABC/MRE) e da Embrapa, e pelos governos dos países participantes. "Trata-se de uma cooperação triangular para o intercâmbio de soluções, tecnologias e políticas públicas", explicou a coordenadora regional do projeto pela FAO, Adriana Gregolin.

Iniciado na manhã desta segunda-feira (10), o curso aborda temas como: manejo e conservação dos solos para o cultivo do algodoeiro, destruição de restos culturais do algodão, manejo de doenças e plantas daninhas, cultivo agroecológico, melhoramento genético, variedades disponíveis e exigências específicas do manejo, controle de qualidade da fibra, mecanização do cultivo em pequena e grande escala, adubação, manejo integrado de pragas em sistemas convencional e transgênico, aplicação de defensivos, entre outros. O curso segue até sexta-feira (15) e prevê ainda visitas a laboratórios, campos experimentais e área de produção de algodão.

Os participantes atuarão como multiplicadores de tecnologias e sistemas de produção que podem ser aplicados no Paraguai. Além da capacitação, o projeto contempla a instalação de dois Centros Tecnológicos de Treinamento e 10 Unidades Técnicas Demonstrativas.

"No Paraguai os monocultivos dominam o país e está se formando um cinturão de pobreza entre os pequenos produtores e nós queremos levar tecnologias para que eles possam vir a ser competitivos", afirmou Miguel Caballero, representante de quatro escolas de técnicos extensionistas no país.

Segundo Rafael Ojeda, a partir da capacitação, os profissionais e técnicos também devem ampliar sua capacidade de sistematizar o conhecimento sobre algodão produzido no próprio país em prol dos pequenos produtores.

Outra meta do projeto é criar um sistema de produção de sementes para serem ofertadas aos produtores. "Esperamos introduzir cultivares da Embrapa para ampliar a variedade genética do país", afirmou Ojeda.

O chefe de Transferência de Tecnologia da Embrapa Algodão, Valdinei Sofiatti, destacou que o curso é uma oportunidade de trocar experiências. "Tanto vamos divulgar as tecnologias que exitem aqui para o Paraguai, como também, prospectar informações sobre o sistema de cultivo de lá que possam ser aproveitadas no nosso Semiárido", disse.

Edna Santos (MTB-CE 01700)
Embrapa Algodão

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