O estreitamento das relações com técnicos de extensão rural motivou a realização de dois cursos distintos na Embrapa Agrobiologia (Seropédica/RJ) no mês de novembro: um sobre sistematização de experiências e outro sobre produção de mudas de hortaliças. Nos dias 17 e 18 de novembro, a Unidade promoveu, em parceria com o Ministério de Desenvolvimento Agrário (MDA), o Núcleo Interdisciplinar em Agroecologia da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (NIA-UFRRJ) e a Cooperativa de consultoria, Projetos e Serviços em Desenvolvimento Sustentável (Cedro), o evento Capacitação e sistematização de experiências, voltado para técnicos que atuam na extensão rural no Estado do Rio de Janeiro. Esse foi o primeiro dos quatro módulos que serão realizados na capacitação até junho de 2015. De acordo com a pesquisadora Cristhiane Amâncio, que ministrou as aulas juntamente com o professor da área de extensão rural da UFRRJ Robson Amâncio, a atualização de agentes de assistência técnica e extensão rural (ATER) e multiplicadores é um compromisso assumido pela Embrapa com o MDA como parte do Plano Nacional de Inovação. "A ideia é fortalecer a parceria para uma melhor colaboração no trabalho que vem sendo desenvolvido com mil famílias nas regiões serrana e noroeste do Estado", explicou a pesquisadora. Para Fernanda Belmoki, técnica da Cedro, a discussão foi proveitosa para os agentes que assistem pequenos agricultores fluminenses, fomentando a autonomia das comunidades com base nos princípios da agroecologia. "Muitas vezes, quando estamos no campo, ficamos sem saber como repassar as atividades e fazer o agricultor entender a importância do que estamos levando. Depois do curso, estou com outro olhar, com novas ideias para melhorar a nossa maneira de trabalhar", disse. Produção de mudas - Alguns dias antes, em 14 de novembro, uma capacitação oferecida pela Unidade abordou a produção de mudas de hortaliças, tendo sido direcionada a técnicos da Associação Agricultura Familiar e Agroecologia (AS-PTA). O curso tratou de métodos de cultivo e de proteção das mudas por meio de técnicas que não causam prejuízos ao meio ambiente ou à qualidade das hortaliças. "Temos de ver as mudas como crianças; oferecer as melhores condições de água, nutrientes e condições climáticas, e protegê-las de doenças, mas sem colocá-las em uma redoma de vidro", exemplificou o pesquisador Marco Leal, que foi um dos palestrantes do evento, ao lado da analista Dione Galvão e do pesquisador da Pesagro-Rio Luiz Aguiar. Além dos técnicos da AS-PTA, também participaram do curso alunos ligados ao NIA-UFRRJ. Para o estudante de Engenharia Florestal Renato Silva, de 23 anos, a oportunidade foi interessante para a descoberta de novos conhecimentos, já que a agroecologia ainda não é um assunto muito aprofundado na faculdade. "Todo estudante procura oportunidades para trazer a agroecologia para a sua formação", disse.