Nos dias 9 e 10 de julho, agentes da Cooperativa de Consultoria, Projetos e Serviços em Desenvolvimento Sustentável (Cedro) que atuam na extensão rural no Estado do Rio de Janeiro estiveram mais uma vez na Embrapa Agrobiologia. Esse foi o último módulo da capacitação dos técnicos, iniciada em novembro passado a partir de um compromisso assumido pela Embrapa com o Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA) para o Plano Nacional de Inovação Tecnológica e Sustentabilidade, focado sobretudo na inovação para produção, processamento e gestão na agricultura familiar. "Para além do processo de formação, o curso fortaleceu a necessidade de aproximação entre a pesquisa e a extensão para podermos avançar na promoção de uma agricultura familiar mais sustentável no campo", opina Juliano Palm, técnico da Cedro e responsável por atender produtores da Região Serrana do Rio de Janeiro. Além dos técnicos, agricultores de Petrópolis assitidos pela cooperativa participaram de um dia de campo com foco em manejo do solo. A visita fez parte da estratégia de sensibilização de produtores tradicionais por parte da Cedro para implantar unidades experimentais nesses locais e, a partir daí, disseminar a agricultura orgânica na região. Esse foi o segundo grupo de agricultores a visitar a Embrapa. No dia 28 de maio, produtores de Nova Friburgo estiveram na Fazendinha Agroecológica Km 47 e conheceram o processo de adubação verde e o manejo agroecológico na produção de hortaliças. Para esta semana, está programada a vinda de agricultores da região noroeste do Rio de Janeiro, com foco na criação animal. "Essa visita é muito importante para que os agricultores vejam a produção agroecológica na prática: a funcionalidade, os meios", conta Caroline Teixeira, técnica que atende a região. Juliano completa: "Parece que depois da visita fica muito mais claro e palpável para eles a implantação da produção orgânica." O próximo passo da Cooperativa Cedro é consolidar unidades experimentais em comunidades dessas regiões até o final do ano, sendo uma para sistematização de um plano de ação no âmbito produtivo e outra de sistematização de experiências, mais voltada para o aspecto social. "A demanda de pôr em prática e tornar real a transição da agricultura tradicional para a orgânica tomou força nas comunidades. Agora é colocar isso em prática", conclui Juliano.