17/12/14 |   Agroecologia e produção orgânica

Oficina com produtores e a transição ecológica do projeto INTEGRADF

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Foto: Ítalo Ludke

Ítalo Ludke -
O encontro foi na chácara do seu Olímpio Ferreira Mendes, na Colônia Agrícola Cana do Reino, região do Distrito Federal, e reuniu no dia 11 de dezembro último pesquisadores da Embrapa Hortaliças, Embrapa Recursos Genéticos e Biotecnologia e Embrapa Cerrados –, técnicos da Emater-DF e produtores rurais de várias localidades do Distrito Federal em oficina sobre "Capacitação em método prático para avaliar a saúde do solo, cultivos e ambiente". A oficina foi uma das atividades previstas no projeto INTEGRADF – Transição Agroecológica: Construção Participativa do Conhecimento para a Sustentabilidade, que vem sendo desenvolvido por uma equipe multidisciplinar da Embrapa e instituições parceiras.
 
De acordo com o agrônomo Vinícius Freitas, integrante da equipe, ao selecionar seis produtores para participar das atividades do projeto, levou-se em consideração a disposição manifestada pelos entrevistados em adotar algumas das práticas conservacionistas recomendadas dentro de um processo de transição agroecológica. "A questão da participação desses produtores, que desenvolvem uma agricultura convencional, diz respeito à introdução de alguns modelos sustentáveis de produção, a exemplo do adubo verde, que trata do uso de determinadas espécies vegetais que melhoram as condições do solo e que foi plantado em pequenas áreas dentro das propriedades escolhidas, e que poderia ser interpretado como um primeiro passo dentro do processo de transição agroecológica", explica o agrônomo.
 
Na mesma linha, a pesquisadora Mariane Vidal, coordenadora do projeto, anota que a oficina teve como papel a reunião de todos os participantes, e o início de uma "construção participativa do conhecimento" a partir da ideia de discutir com os produtores formas preservacionistas de produção, mas sem qualquer viés intervencionista. "O objetivo não é transformar os produtores convencionais em orgânicos, mas acompanhar a produção e procurar introduzir algumas práticas agroecológicas que levem à obtenção de alimentos mais saudáveis e economicamente mais rentáveis", sublinha Mariane. "Começamos com o adubo verde e o próximo passo será o plantio de hortaliças, provavelmente em fevereiro do próximo ano".
 
A pesquisadora informa que o projeto trabalha com a perspectiva de o agricultor refletir sobre a forma de produção ora desenvolvida por ele, e começar a perceber que pode substituir algumas coisas – trocar o agrotóxico e insumos mais custosos por compostos orgânicos e extratos que podem ser produzidos na sua área de produção e ampliar a área com adubação verde, ao constatar os resultados benéficos, por exemplo. "Com essa percepção, a nossa expectativa é que ele passe a construir o que chamamos de redesenho, que é pensar a forma de produzir de maneira diferente", resume.
 
INTEGRADF
 
O INTEGRADF é a abreviatura relativa ao projeto "Integração de práticas de manejo e diversificação animal e vegetal em unidades de produção de hortaliças em transição agroecológica no DF", apresentado em 2013 pela Embrapa Hortaliças (Brasília-DF) ao portfólio Sistemas de Produção de Base Ecológica e aprovado pelo Sistema Embrapa de Gestão (SEG).
 
O ponto central do projeto é avaliar a integração de práticas de manejo, diversificação de ambientes e produção animal e seus impactos na produção de hortaliças para subsidiar o processo de transição agroecológica, adaptadas às condições locais, e que contribuam para a melhoria das condições dos agricultores do DF.
 

Anelise Macedo (2.749/DF)
Embrapa Hortaliças

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