Projeto que contempla atividades agroecológicas no DF é tema de oficina
Projeto que contempla atividades agroecológicas no DF é tema de oficina
Balanço do primeiro ano de execução do projeto, primeiros resultados e percepções das atividades realizadas em 2014, e planejamento das ações de 2015. Esses foram os principais objetivos da oficina de avaliação do projeto INTEGRADF, realizada nos dias 25 e 26 de fevereiro, que discutiu os resultados até agora alcançados e os movimentos que irão compor os próximos passos, a partir de um cronograma produzido com as linhas de ação previstas no Projeto MP6 da Embrapa, "Integração de práticas de manejo e diversificação animal e vegetal em unidades de produção de hortaliças em transição agroecológica no DF", aprovado pelo Sistema Embrapa de Gestão (SEG), em 2013.
Completou-se a primeira fase com todas as atividades previstas para o Ano I iniciadas nas seis propriedades selecionadas – a exemplo da análise do solo (marco zero das atividades), a introdução de modelos sustentáveis de produção, com o plantio de adubos verdes em áreas previamente definidas (milho e mucuna, crotalária, guandu, milheto e nabo forrageiro), e que incluiu uma oficina numa das propriedades, em dezembro de 2014, com o objetivo de construir o conhecimento de maneira participativa, de acordo com a pesquisadora da Embrapa Hortaliças (Brasília-DF) Mariane Vidal, coordenadora do projeto. "A oficina teve um saldo bastante positivo, tendo em vista a importância de os produtores se apropriarem do seu papel nesse trabalho conjunto."
"A ideia agora é pensar daqui para frente: como vamos articular e executar as atividades, partindo do pressuposto de que a participação dos produtores deverá crescer ainda mais, dentro de um processo gradual de interação?", anota a pesquisadora, que dividiu as discussões com a equipe técnica do projeto – além da Embrapa Hortaliças, participam a Embrapa Cerrados, Embrapa Recursos Genéticos e Biotecnologia e a Emater-DF. E dentro desse contexto, entre as questões discutidas figurou o planejamento das atividades coletivas, que será elaborado com a presença dos agricultores. Essa decisão, de acordo com a equipe, deverá possibilitar um avanço, por exemplo, quanto à definição das espécies de hortaliças que deverão ser cultivadas.
O próximo passo inclui justamente o acerto com o produtor sobre o que plantar e quando plantar e, a partir daí, cada propriedade vai ter o seu próprio desenho sobre quais hortaliças, adubação, manejo de pragas e doenças, e a integração com a criação animal farão parte das parcelas reservadas para as práticas agroecológicas nos locais reservados para isso.
IRRADIAÇÃO
As discussões em torno de uma possível expansão do foco inicial - ao invés de uma amostragem dentro de cada propriedade, o aumento das áreas de cultivo submetidas às práticas agroecológicas e do número de participantes no projeto –, que tiveram lugar durante a reunião técnica, foram definidas por Mariane como um processo do que "pode vir a ser", mas que no atual estágio foge às linhas gerais da proposta que vem sendo trabalhada. "Nunca foi objetivo do projeto transformar o agricultor convencional em orgânico; a leitura que faço é que se trata de um processo gradual e que pode resultar ou não na certificação final do produtor como orgânico", observa a coordenadora.
"Esse projeto tem um grande potencial de irradiação, pois trata-se de uma pesquisa-ação e por isso o aprendizado de toda equipe é bastante dinâmico. Com isso, o amadurecimento dos conceitos de construção participativa acontece naturalmente durante a execução das atividades e através do contato com a realidade do agricultor", acrescenta.
Anelise Macedo (2.749/DF)
Embrapa Hortaliças
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