02/10/17 |   Comunicação  Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação

Pesquisa incrementa a tradição no Círio de Nazaré (PA)

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Foto: Ronaldo Rosa

Ronaldo Rosa - A maniçoba é uma espécie de feijoada preparada com a maniva, a folha da mandioca moída.

A maniçoba é uma espécie de feijoada preparada com a maniva, a folha da mandioca moída.

A Embrapa lança página especial para mostrar a atuação da pesquisa agropecuária no almoço do Círio de Nazaré, uma das festividades mais tradicionais do Pará.

A Embrapa Amazônia Oriental lança nesta terça-feira (3), uma página especial intitulada “Embrapa no Círio”, que vai mostrar como a pesquisa agropecuária faz parte do dia a dia das pessoas. Neste caso, revelando em um vasto acervo que abrange desde publicações técnicas a conteúdos audiovisuais, como tradição e pesquisa se interligam em uma das festividades mais queridas do povo paraense, o Círio de Nossa Senhora de Nazaré.

Todos os anos, no segundo domingo do mês de outubro, cerca de dois milhões de romeiros se reúnem pelas ruas da capital paraense durante a procissão principal do Círio de Nazaré. Mas a festividade de tradição católica, uma das maiores do mundo, extrapola as questões religiosas e há mais de 220 anos movimenta a cultura, produção e toda a economia do estado.

O círio de 2016 injetou na economia paraense mais de R$ 1 bilhão em praticamente todos os setores econômicos, com destaque para o turismo, comércio, indústria e o setor agrícola. Segundo o Departamento Intersindical de Estudos e Estatísticas Socioeconômicas do Pará (Dieese/PA), somente nos 15 dias da quadra nazarena, o número de pessoas empregadas em Belém foi superior a 60 mil (cerca de 95 % no mercado informal da cidade).

Embrapa no Círio - Na página especial foram eleitos seis produtos que estão presentes em um dos momentos mais tradicionais da festa, o almoço do círio, com uma mostra de como a pesquisa, mesmo que possivelmente despercebida aos olhos menos atentos, está presente no tucupi, maniva, jambu, farinha e nas frutas como bacuri e o cupuaçu, itens indispensáveis à gastronomia ciriana e regional.

Para o chefe-geral da Embrapa Amazônia Oriental, Adriano Venturieri, a página especial dialoga com a sociedade ao evidenciar o quanto da pesquisa e das tecnologias geradas estão presentes na vida das pessoas, não apenas no Círio, que é uma festa tão importante para a população paraense, mas durante todo o ano. “Ao identificar materiais genéticos de melhor qualidade da mandioca, por exemplo, a pesquisa impacta em maior produtividade, em tecnologias de aumentam e melhoram a produção dos diversos produtos oriundos dessa planta tão importante”, explica. “E o aumento da produtividade, a criação de novos produtos, e de formas mais seguras de produzir, agregam valor e renda, o que nos orgulha, pois traz desenvolvimento social e econômico aos produtores e ao estado”, enfatiza Venturieri.

A pesquisa na vida da gente - A Embrapa no Círio de Nazaré

Você pode até não perceber, mas o resultado de quase 80 anos de pesquisa agropecuária na Amazônia está presente no dia a dia da gente. No Círio de Nazaré, que é umas maiores festas religiosas do mundo e todo mês de outubro atrai mais de duas milhões de pessoas para as ruas da capital paraense, não poderia ser diferente. A Embrapa acompanha essa festa e entra na casa das pessoas, no tradicional almoço do círio, que reúne as famílias e amigos, união que transforma esse momento no chamado “Natal dos paraenses”.

A pesquisa está no tucupi, indispensável ao pato no tucupi, que é quase uma unanimidade aos paladares paraenses, e que agora ganha o mundo. Está nas pesquisas com o jambu, hortaliça que faz o casamento perfeito com o caldo amarelado do tucupi e que integra esse prato e o transforma em um cartão postal da gastronomia local.

Mas a pesquisa está também no melhoramento genético da mandioca, essa planta quase sagrada e da qual tudo se aproveita, pois das raízes se faz a farinha, o tucupi e a goma e das folhas, um prato exótico que pode até assustar ao primeiro contado, mas que conquista os corajosos que a desbravam. É a maniçoba, uma espécie de feijoada, na qual o feijão é substituído pela maniva, nome dado à folha da mandioca moída e que precisa cozinhar por sete dias, um ritual que perfuma a cidade e aproxima as pessoas.

Para adoçar a vida, o almoço e demais festividades do círio não ficariam completos sem as sobremesas de sabor único das marcantes e exóticas frutas amazônicas. E a pesquisa está na domesticação e melhoramento genético do cupuaçu e do bacuri, dois exemplos da riqueza da biodiversidade local.

Conheça um pouco mais do trabalho da Embrapa Amazônia Oriental em cada um desses produtos e se delicie com os sabores e saberes.

Acesse: https://www.embrapa.br/embrapa-no-cirio

Kélem Cabral (MTb 1981/PA)
Embrapa Amazônia Oriental

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