Cultivo protegido é tema de acordo de cooperação técnica entre Brasil e Coreia do Sul
Cultivo protegido é tema de acordo de cooperação técnica entre Brasil e Coreia do Sul
Tudo começou em 2013, durante visita ao Centro Internacional de Cooperação Tecnológica (ITCC), da Rural Development Administration (RDA), empresa de pesquisa da Coreia do Sul. Objetivo principal: desenvolver um projeto de cooperação técnica na área de cultivo protegido, envolvendo a Embrapa Hortaliças (Brasília, DF) e a RDA. Ao todo, foram quatro workshops, divididos entre o Brasil e a Coreia do Sul, quando foram discutidos pontos de interesse comuns quanto à tecnologia de produção de hortaliças sob estufas.
"Adaptação e desenvolvimento da estrutura e técnicas do controle ambiental e redução do uso de energia para a produção vegetal em sistema de cultivo protegido" foi o projeto apresentado pela Embrapa Hortaliças, aprovado em 2014, e cujas atividades serão iniciadas ainda este ano. Os acertos finais envolvendo as respectivas atribuições das duas instituições foram anunciados pelo pesquisador e chefe-adjunto de Pesquisa & Desenvolvimento Ítalo Guedes, em mais uma visita àquele país, no período de 03 a 17 de abril, onde manteve contatos com pesquisadores do agora Instituto de Pesquisa em Horticultura Protegida (ex-ITCC), para definição de competências relacionadas às primeiras atividades previstas no projeto.
À frente da missão, e acompanhado do pesquisador Marcos Braga, que atua na área de irrigação nas pesquisas sobre cultivo protegido, Guedes informa que o acordo de cooperação prevê a transferência de tecnologias já geradas pela RDA, a exemplo da otimização de estruturas, por meio de um cuidadoso planejamento do ambiente protegido quanto às condições climáticas e à diversidade entre as hortaliças.
"Vimos lá estufas planejadas para o cultivo de pequenas culturas como folhosas e outras adaptadas ao plantio de tomate e ao de pimenta", anota o pesquisador. "É esse o tipo de tecnologia que nos interessa e sobre a qual vamos receber uma grande contribuição, com a transferência de um software, em construção, com design de estruturas para cultivo protegido", acrescenta.
Contrapartida
A contrapartida, no caso do Brasil, acontece na aplicação da expertise brasileira na produção de hortaliças em condições tropicais. Guedes explica que a parte sul da Coreia do Sul situa-se na zona subtropical, e para os especialistas coreanos as mudanças climáticas podem tornar essa condição ainda mais acentuada. "É grande o interesse da parte deles em conhecer o comportamento do cultivo de hortaliças no ambiente protegido sob condições subtropicais, e nessa área temos muito a contribuir".
Arranjo
As boas notícias vão além. Foi aprovado pela Embrapa, nos últimos dias de abril, o Arranjo em Cultivo Protegido, que tem entre os objetivos agregar pesquisas afins dentro da empresa, evitando duplicidade e sobreposição de esforços e, com isso, aumentando a eficiência dos trabalhos de pesquisa.
Para o pesquisador, a dispersão dos esforços entre as Unidades traduz-se numa desagregação que o arranjo quer evitar, quando impõe a necessária comunicação/interação sobre o que cada Unidade está fazendo, o que vai propiciar trabalhos conjuntos e compartilhamento de experiências. "E para o projeto de cooperação técnica com a RDA a aprovação do arranjo representa, sem dúvida, um grande reforço", assinala.
"Nossa expectativa é que com o projeto e o arranjo possamos melhorar a produção nas áreas onde se adota o cultivo protegido, fazendo valer a otimização das estruturas e, dependendo das condições climáticas locais, expandir a tecnologia para outras regiões onde hoje não é possível, como Norte, Nordeste e Centro-Oeste", resume.
Anelise Macedo (2.749/DF)
Embrapa Hortaliças
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