08/11/17 |   Research, Development and Innovation

Unidade de beneficiamento de pescados para agricultura familiar é tema de reunião

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Photo: Clenio Araujo

Clenio Araujo - No final da reunião, houve dinâmica para construção de um croqui

No final da reunião, houve dinâmica para construção de um croqui

Na última semana, profissionais de diferentes instituições estiveram reunidos em Palmas-TO para discutir a construção de unidade de beneficiamento de pescados voltada para a agricultura familiar. A ideia é, juntos, chegar-se a uma estrutura mínima ou essencial que consiga atender tanto às necessidades desse público (formado sobretudo por pequenos piscicultores e por pescadores), como às exigências de natureza sanitária.

O trabalho está no início, mas já foi possível identificar alguns espaços indispensáveis no modelo que será proposto. De acordo com Patrícia Mochiaro, pesquisadora da Embrapa Pesca e Aquicultura, “a recepção de pescado com uma área coberta, sem a necessidade de paredes, apenas o teto. O sanitário e o vestiário e uma área limpa para processamento”.

Com a implementação da estrutura que começou a ser trabalhada, os ganhos poderão ser significativos. Para Patrícia, “o ganho principal será  a possibilidade de se construir algo eficaz falando em processos, compacto e barato, além de ser adequado no quesito sanitário”. Já Hellen Kato, também pesquisadora da Embrapa Pesca e Aquicultura, entende que “os esforços são para que pequenos produtores e pescadores artesanais reunidos em organizações produtivas possam, através de uma estrutura própria, acessar qualquer um destes mercados (institucional, venda para o varejo...) de maneira legal e fornecendo produtos seguros para o mercado consumidor”.

A proposição da estrutura em discussão está ligada, inicialmente, a projeto que a Embrapa vem coordenando e que trabalha com a inserção de pescados na alimentação escolar no Tocantins. Por esse projeto, busca-se que pescadores ou pequenos piscicultores consigam acessar os chamados mercados institucionais, como o Programa de Aquisição de Alimentos (PAA) e o Programa Nacional de Alimentação Escolar (Pnae). Mas, naturalmente, a unidade de beneficiamento sugerida poderá ser usada em outras oportunidades.

A ideia dentro do âmbito do projeto da alimentação escolar é iniciar a discussão, já que, ao longo do projeto, percebemos que a falta de uma estrutura para acessar o processamento inspecionado é uma barreira enorme para o acesso deste pequeno produtor aos mercados inspecionados. A ideia é jogar uma luz sobre essa problemática e estimular a discussão. Iniciativas posteriores virão com certeza, como o projeto de Entreposto Móvel de Pescado, que é outra iniciativa que vai na mesma direção, mas é importante reunir expertises de diferentes entidades e iniciar estas ações”, explica Hellen.

Várias instituições – Estiveram na reunião, além de profissionais da Embrapa Pesca e Aquicultura, representantes das seguintes instituições: Secretaria da Agricultura, Pesca e Aquicultura do Ceará (Seapa); Fundação Instituto de Pesca do Estado do Rio de Janeiro (Fiperj); Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa); Embrapa Agroindústria de Alimentos; Instituto de Desenvolvimento Rural do Estado do Tocantins (Ruraltins); Universidade Federal do Tocantins (UFT); Escritório Federal de Aquicultura e Pesca (Efap) do Tocantins; e um fiscal agropecuário aposentado. Em parte da reunião, houve uma dinâmica para a elaboração de um croqui da unidade.

Clenio Araujo (6279/MG)
Embrapa Pesca e Aquicultura

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