05/12/17 |   Agricultura familiar  Segurança alimentar, nutrição e saúde

Embrapa capacita agricultores paraenses em biofortificados

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Foto: Ana Laura Lima

Ana Laura Lima - Plantio de biofortificados na área da Embrapa, em Belém

Plantio de biofortificados na área da Embrapa, em Belém

Agricultores familiares dos municípios de Augusto Corrêa, Capanema, São Caetano de Odivelas, Bujaru e Salinópolis estarão esta semana (06 e 07/12) na sede da Embrapa Amazônia Oriental, em Belém, participando de capacitação em alimentos biofortificados. O grupo vai conhecer quatro das oito cultivares biofortificadas da Embrapa: feijão-caupi, milho, mandioca e batata-doce, que possuem maior teor de ferro, zinco e vitamina A.

Esta é a terceira capacitação em alimentos biofortificados que a Embrapa realiza no Pará. Ela inicia nesta quarta (06) com relatos de experiência no cultivo de feijão-caupi biofortificado e com orientações sobre o manejo de pragas e doenças nas culturas do milho, feijão-caupi, batata-doce e mandioca. Na quinta (07), o grupo vai a campo para aprender práticas de propagação da batata-doce biofortificada; e ainda preparo de área, plantio e manejo das espécies de mandioca e milho biofortificadas. 

A biofortificação é resultado de um processo de cruzamento de plantas da mesma espécie, gerando cultivares mais nutritivas. “É importante ressaltar que não é alimento transgênico (onde há incorporação de genes de outro organismo no genoma da planta) e que o próprio produtor tem a autonomia para reproduzir sua semente ou muda", explica Jaime Carvalho, coordenador da capacitação.

Ele explica ainda que o acesso ao alimento biofortificado proporciona ganhos econômico e nutricional para o produtor rural, principalmente nas pequenas e médias propriedades. Mas, para que o sucesso seja alcançado é necessário a adoção das tecnologias, "por isso as capacitações são o elemento-chave das ações da Rede Biofort", completa o coordenador. 

Rede BioFORT é o conjunto de projetos responsáveis pela biofortificação de alimentos no Brasil. Coordenada pela Embrapa, o objetivo é diminuir a desnutrição e garantir maior segurança alimentar através do aumento dos teores de ferro, zinco e vitamina A na dieta da população mais carente.  Segundo dados da rede, entre 2012 a 2014 cerca de 2.500 famílias tiveram acesso aos alimentos biofortificados, a partir de programas de transferência de tecnologia da Embrapa . 

Ana Laura Lima (MTb 1268/PA)
Embrapa Amazônia Oriental

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