18/05/18 |   Transferência de Tecnologia

Grupo da Etiópia conhece gramíneas e sistemas sustentáveis em São Carlos

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Foto: Laura Pereira

Laura Pereira - Alberto Bernardi e Marcos Brandalise (os primeiros, da esq. para a dir.) acompanharam a visita na Embrapa Pecuária Sudeste

Alberto Bernardi e Marcos Brandalise (os primeiros, da esq. para a dir.) acompanharam a visita na Embrapa Pecuária Sudeste

Um grupo formado por produtores, um investidor e um proprietário de uma empresa agrícola da Etiópia esteve em visita técnica na Embrapa Pecuária Sudeste (São Carlos-SP) na terça-feira (15). Eles foram convidados a vir ao Brasil pela empresa Sementes Marangatu, que fez contato com o centro de pesquisa. A ideia era mostrar diferentes gramíneas e sistemas de produção sustentáveis.

Os etíopes foram recebidos pelos pesquisadores Alberto Bernardi e Francisco Dübbern de Souza. “Eles queriam conhecer a eficácia de produção do Brasil. Curiosamente, as gramíneas vieram da África. O Brasil fez o melhoramento e organizou o negócio. Eles vieram verificar as possibilidades”, disse Alberto.

Na vitrine de gramíneas, Francisco mostrou todas as cultivares disponíveis no mercado. Também apresentaram o sistema ILPF (Integração Lavoura-Pecuária-Floresta), que permite o uso de gramíneas em sistemas de produção sustentáveis. Com a integração, o produtor utiliza a mesma área para o plantio de lavouras (geralmente soja ou milho), para a pecuária (gado de corte ou de leite) e para a composição de florestas (em geral, eucaliptos). Além de diversificar a geração de renda na propriedade, o sistema integrado garante um balanço positivo entre a emissão de gases de efeito estufa e o sequestro de carbono no solo.

Alberto contou que o grupo estava acompanhado por Marcos Brandalise, um agrônomo brasileiro que mora em Nairóbi e há 30 anos faz a ponte entre demandas de produtores e investidores da África e tecnologias desenvolvidas no Brasil. “Ele busca tecnologias adaptáveis”, explica o pesquisador.

De acordo com Alberto, os visitantes saíram bastante satisfeitos da visita. “A África de hoje corresponde ao Brasil dos anos 1960/1970. Eles têm dificuldades com máquinas, insumos, tecnologias básicas. Antes de se aprofundarem sobre o manejo, devem melhorar o plantio”, comentou.

 

Ana Maio (Mtb 21.928)
Embrapa Pecuária Sudeste

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