01/07/15 |   Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação

Exposição Vida no Butiazal tem agenda marcada até 2016

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Foto: Gustavo Heiden

Gustavo Heiden - Os butiazais têm profundas interligações com a cultura e a história das pessoas que habitam o Sul do Brasil. Eles fazem parte dos cenários históricos muito antes do desbravamento das terras luso-brasileiras.Há um mercado crescente pelos butiás, para produção de polpas à industrialização de diversos produtos destinados para alimentação.

Os butiazais têm profundas interligações com a cultura e a história das pessoas que habitam o Sul do Brasil. Eles fazem parte dos cenários históricos muito antes do desbravamento das terras luso-brasileiras.Há um mercado crescente pelos butiás, para produção de polpas à industrialização de diversos produtos destinados para alimentação.

 
Mostra itinerante destaca o projeto de agregação de valor da palmeira do butiá.  Trabalho chega do Uruguai, faz temporada em municípios gaúchos e lança livro ainda este ano. 
 
Com uma agenda lotada desde que foi lançada em 2014, a exposição Vida no Butiazal, é uma mostra que mistura fotografias, produtos de alimentação, artesanato e subprodutos dos butiás para apresentar a vida nos butiazais do Rio Grande do Sul e do Uruguai. A exposição itinerante chega nesta quarta-feira, 1 de julho, de uma temporada pelo Uruguai, após 60 dias, e tem marcação de seis meses aberta à visitação em Caxias/RS e, seis meses depois,  à mostra em Imbé/RS. O trabalho foi lançado, e também com período de exposição, na Fundação Zoobotânica do RS.
 
Com o objetivo de mostrar o uso potencial do butiá com a agregação de valor e dar maior visibilidade ao projeto Conservação e manejo de butiá (Butia odorata) em colaboração com o setor privado em áreas ameaçadas no Bioma Pampa, a equipe da pesquisadora Rosa Lia Barbieri, aceitou o desafio de organizar uma exposição.
 
A exposição é composta por fotografias de butiazais e da fauna e da flora associadas, além de produtos dos artesãos de Santa Vitória do Palmar e de Giruá, de peças de um artista de Pelotas e de um autêntico colchão de crina vegeral produzido nos anos 1960, a versatilidade do butiá, que até então, acreditava-se que a única utilidade estava no preparo de licores, chamou a atenção dos visitantes. As fotografias mostram a diversidade da vida existente em butiazais do Rio Grande do Sul e do Uruguai. Ao todo, 60 imagens captam a flora e a fauna presentes nos butiazais nativos. Um dos cenários fotografados é a propriedade da família Barros, onde se pode ver parte dos 800 hectares do butiazal. A propriedade fica no município de Tapes/RS,  e abriga aproximadamente 70 mil palmeiras de butiás. Com a exposição muitos visitantes que não conheciam o butiá, tiveram a possibilidade de conhecer também boa parte do ecossistema que envolve o fruto.
 
O ensaio fotográfico vai virar um livro, com a apresentação das 60 fotos expostas, e de outras, que também fizeram parte deste trabalho. Ao todo, 300 fotos contarão a história dos butiazais e o trabalho da pesquisa na valorização desta fruta nativa. O lançamento do livro já está marcado e vai acontecer na comemoração de aniversário do Museu da Fundação Zoobotânica do RS, em Porto Alegre, no dia 4 de novembro deste ano.
 
A pesquisa
O trabalho de pesquisa é desenvolvido desde 2010 e busca a conservação e o uso sustentável das palmeiras dos butiazais. "A Embrapa desenvolve vários projetos relacionados aos butiazais com o objetivo de promover a conservação in situ e o uso sustentável de butiazais, em colaboração com o setor privado, fornecendo subsídios para políticas públicas e planos de desenvolvimento local e regional relacionados ao uso sustentável da biodiversidade", comenta a pesquisadora líder do projeto, Rosa Lia Barbieri.
A Embrapa coordena também um conjunto de ações para gerar informações e valorizar a biodiversidade associada aos ecossistemas de butiazais e reduzir as ameaças às populações das espécies de butiá no Sul do Brasil. 
 
Em 2014, proprietários de quatro fazendas com remanescentes de butiazais, representados pelo Sindicato Rural de Tapes/RS, estabeleceram um contrato com a Embrapa para a realização de mapeamento dessas populações e orientação para o manejo conservativo em suas propriedades, com o aporte de recursos para a execução das atividades. Quatro desses projetos já foram concluídos, um deles termina no final de 2015, e oito seguem em execução pelos próximos anos. 
 
São parceiros na condução desta proposta de valorização dos butiazais a Fundação Zoobotânica do RS, Instituto Federal Sul Rio-grandense (IFSul), Universidade Federal de Pelotas (UFPel), Prefeitura Municipal de Giruá, Fazenda São Miguel e Sindicato Rural de Tapes, todos do Rio Grande do Sul, e a   Universidad de la República, do Uruguai. 
 
O trabalho foi selecionado como finalista para a primeira edição do Prêmio Nacional de Biodiversidade, promovido pelo Ministério do Meio Ambiente (MMA), ficando entre as 18 melhores propostas do país. O Prêmio foi entregue em uma cerimônia realizada no Palácio do Itamaraty, em Brasília, no dia 22 de maio.
 
 

Cristiane Betemps (MTb 7418-RS)
Embrapa Clima Temperado

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