08/07/15 |   Comunicação

Dia de Campo na TV - BRS Carimbó e o manejo da vassoura-de-bruxa no cupuaçuzeiro

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Este programa foi ao ar no dia 10 de julho de 2015.

O Dia de Campo na TV vai mostrar o cupuaçuzeiro uma planta tipicamente amazônica, valorizada no mercado pelo aproveitamento do seu fruto por diversos segmentos da agroindústria. Aroma marcante, sabor adocicado e levemente ácido, o cupuaçu é ideal para o preparo de sucos, sorvetes, tortas e geleias. As sementes são utilizadas para extração de gordura e fabricação da manteiga de cupuaçu.

A Amazônia tem as condições de clima e solo ideais para o desenvolvimento do cupuaçuzeiro. Na região, a planta pode atingir de seis a oito metros de altura e sua copa alcançar até sete metros de diâmetro, começando a florescer de dois a três anos após o seu plantio. A floração ocorre na época mais seca do ano e a safra ocorre no período chuvoso.

A vassoura-de-bruxa é a principal doença do cupuaçuzeiro, capaz de reduzir a produção de frutos em até setenta por cento. Esta grave doença é causada pelo fungo Moniliófitora perniciosa, o mesmo que ataca plantações de cacau, árvore da família do cupuaçu. Esse fungo é disseminado pelo vento e ataca tanto mudas no viveiro como plantas no campo. Os sintomas da vassoura-de-bruxa podem aparecer em duas etapas. Na fase inicial é denominada vassoura verde, e na avançada é a vassoura seca.

Entre os trabalhos de pesquisa da Embrapa para combater e controlar a vassoura-de-bruxa está o lançamento de cultivares resistentes à vassoura-de-bruxa, como a BRS Carimbó. Também estão sendo pesquisadas medidas de manejo integrado, como as podas drásticas e fitossanitárias, para reduzir os danos e perdas provocados pela doença. A poda fitossanitária consiste em, periodicamente, retirar os frutos secos, as vassouras verdes e secas, cortando-as 15 a 20 cm abaixo do local do superbrotamento. Além da poda drástica, deve-se fazer a poda de manutenção e limpeza a cada três meses, eliminando as vassouras que vão surgindo, os ramos ladrões e a lateral das copas das plantas que se entrelaçam, mantendo espaçamentos entre as árvores de cupuaçu.

Além do manejo fitossanitário por meio das podas, outra medida para combater a doença é a utilização de plantas resistentes, desenvolvidas a partir de pesquisas de melhoramento. E desde 2012, os agricultores interessados na produção contam com uma cultivar de cupuaçu melhorada, a BRS Carimbó. Apesar de resistente à vassoura-de-bruxa, ela não é imune à doença. A vantagem é que por se tratar de uma semente, a propagação entre os agricultores é mais fácil. As mudas podem ser preparadas próximas ao local onde vão ser plantadas, não exigindo transporte por longas distâncias ou procedimento de enxertia.

De acordo com o pesquisador Rafael Alves, Embrapa Amazônia Oriental, a escolha de uma boa semente é fundamental na implantação de pomares de cupuaçu. "Estima-se que aos oito anos de idade, na fase adulta do pomar, cada planta da BRS Carimbó produza, em média, por safra, cerca de 18 frutos com 1.600 gramas cada".

O Dia de Campo na TV BRS Carimbó e o manejo da vassoura-de-bruxa no cupuaçuzeiro foi produzido pela Embrapa Informação Tecnológica (Brasília/DF) em parceria com Embrapa Amazônia Oriental (Belém/PA) e Embrapa Roraima (Boa Vista/RR), unidades da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária, vinculada ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento.

 

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Vinicius Soares Braga (12.416/RS)
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