06/03/19 |   Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação

Embrapa Mandioca e Fruticultura lamenta morte de pesquisador

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Foto: Léa Cunha

Léa Cunha - O pesquisador Mauto Diniz em atividade na zona rural

O pesquisador Mauto Diniz em atividade na zona rural

A Embrapa Mandioca e Fruticultura (Cruz das Almas, BA), Unidade da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária – Embrapa, vinculada ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, lamenta a morte, às 13h desta quarta-feira (27), do pesquisador Mauto de Souza Diniz.

Especialista em fitotecnia, Mauto possuía mestrado em Produção Vegetal pela Centro de Ciências Agrárias da Universidade Federal da Paraíba (UFPB) e tinha mais de 30 anos de experiência com a cultura da mandioca. Contratado pela Embrapa desde 7/1/1981, nos últimos anos Diniz realizava pesquisas relacionadas ao uso da manipueira, o líquido obtido na prensagem das raízes da mandioca. Era presença constante nas edições do dia de campo sobre a cultura da mandioca, realizado toda última quinta-feira de cada mês pelo Setor de Gestão de Transferência e Tecnologia, onde estava lotado. Também participava como instrutor de diversos cursos nacionais e internacionais sobre produção e processamento de mandioca e foi autor de capítulos de inúmeras publicações da Embrapa.

Participou de trabalhos de pesquisa e transferência de tecnologia, como a seleção de variedades de mandioca indicadas para a Chapada Diamantina  e a elaboração do sistema de produção de mandioca para o extremo sul da Bahia. Foi o ponto focal da instituição no Projeto Volta a Terra, criado em 1990 na antiga Escola de Agronomia da Universidade Federal da Bahia (UFBA), hoje Universidade Federal do Recôncavo da Bahia (UFRB), com o objetivo de estimular o retorno à atividade agrícola e a geração de renda para agricultores familiares que devido ao êxodo rural passaram a habitar áreas periféricas do município.

De presença tranquila, muito querido por colegas, produtores e parceiros, o paraibano Mauto será sempre lembrado pela dedicação à cultura da mandioca e à Associação Espírita Obreiros da Fraternidade. “Ele tinha uma postura bastante equilibrada, muito sereno, nunca vi Mauto irritado, tinha um jeito suave de tratar as pessoas. Convivi com ele em torno de 15 anos. O legado de Mauto se dissolveu entre os pequenos agricultores. Com base em experiência do Rio Grande do Norte, ele viu que a manipueira, considerada um rejeito poluente, poderia se constituir em alternativa para os produtores como alimentação animal, por exemplo. Enfim, é uma grande perda para todos nós”,  recorda o pesquisador Joselito Motta.

O assistente Eledison Sampaio, que trabalhou com Mauto por mais de dez anos, também destaca o trabalho que realizavam em conjunto de distribuição de manivas. “Ele fazia o cadastro de pequenos produtores e os atendia semanalmente. Foi uma pessoa maravilhosa de se trabalhar. A Embrapa perdeu um ser humano extraordinário, um profissional dedicado, competente e ético.”

Léa Cunha (DRT-BA 1633)
Embrapa Mandioca e Fruticultura

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