05/08/15 |   Agricultura familiar  Agroindústria  Transferência de Tecnologia

Curso capacita agricultoras para fabricação de conservas

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Foto: Letícia Eloi Pinto

Letícia Eloi Pinto -

A mini-fábrica de processamento da Estação Experimental Cascata (EEC) da Embrapa Clima Temperado (Pelotas, RS) recebeu, ontem (4), o curso Processamento de Frutas e Hortaliças, que teve como objetivo ensinar tecnologias utilizadas pela indústria, mas que podem ser apropriadas por pequenas propriedades. Ao todo, participaram 27 agricultoras de Canguçu – município situado na região Sul do Rio Grande do Sul – que, em sua maioria, já trabalham com processamento e buscam aprimorar suas técnicas. "Não que vá mudar o processo, mas vai diminuir o tempo de preparo, a energia utilizada e, ainda, vai melhorar a conservação feita por elas", explica a pesquisadora responsável pelo curso, Ana Krolow.

Na parte da manhã, o treinamento foi voltado às boas práticas de processamento de vegetais em conserva – técnica que consiste, basicamente, na atenção à higiene na manipulação das matérias-primas e dos utensílios. Também foram abordados aspectos como o corte ideal e o branqueamento – processo para inativar enzimas e retirar o ar interno dos vegetais. Segundo a pesquisadora, isso não diminui os aspectos nutricionais dos alimentos. "O comprometimento é tão pequeno que o custo-benefício compensa", afirma.

Outra técnica curiosa ensinada às agricultoras, mas de grande interesse, foi como descartar cebolas evitando a tradicional irritação aos olhos. "Ficaram surpresas. Nunca tinham ouvido falar e adoraram", relata. O treinamento ainda abordou o tratamento térmico das hortaliças, o preparo da salmoura de enchimento – líquido de cobertura da conserva – e o resfriamento dos produtos depois de processados. Durante o curso, as agricultoras confeccionaram conservas de couve-flor, cenoura, beterraba e cebola.

Grande parte das mulheres que participaram já faz conservas – ensinamentos que foram repassados pelas mães e avós –, mas nunca havia realizado cursos para aprimorar técnicas, de maneira a modernizar a produção e reduzir mão de obra. É o caso da agricultora Mariza Rutz, que tem experiência em processamento de alimentos, mas, mesmo assim, demonstrou interesse no curso. "Estou adorando, pois, deste modo, posso aprimorar meu conhecimento. Futuramente pretendo comercializar meus produtos na Feira de Produtos Orgânicos, em Canguçu", explica.

À tarde, o curso focou na parte dos doces, com a produção de doce cremoso de melancia de porco e geléia de laranja. De acordo com o técnico do Instituto Cultural Padre Josimo, André Ramsom, que intermediou o contato com as participantes, o foco do treinamento foi pautado a partir de reuniões com grupos de agricultores para identificar quais as áreas de interesse. A partir das reuniões, a ideia é que outras áreas sejam contempladas em outros eventos de capacitação. 

Letícia Eloi Pinto (estagiária)
Embrapa Clima Temperado

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