Embrapa sedia 1º Seminário Internacional de Gestão de Acervos Científicos
Embrapa sedia 1º Seminário Internacional de Gestão de Acervos Científicos
Evento vai contar com palestrantes dos principais museus de história natural do Brasil e do mundo. Inscrições podem ser feitas pelo site http://1sigac.wix.com/1sigac
Os bastidores de grandes museus de história natural do Brasil e do mundo serão expostos à sociedade entre os dias 15 e 18 de setembro de 2015 durante o 1º Seminário Internacional de Gestão de Acervos Científicos (1º SIGAC), que acontecerá no auditório Assis Roberto De Bem da Embrapa Recursos Genéticos e Biotecnologia, em Brasília – DF.
O tema principal dos debates será a gestão de acervos biológicos, paleontológicos e de recursos genéticos presentes em diversos institutos de pesquisa e universidades brasileiras. É o caso de parte importante da biodiversidade brasileira que se encontra armazenada nos bancos de sementes da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária – Embrapa, ou das coleções de zoologia, botânica e de fósseis da Universidade de Brasília (UnB), verdadeiros tesouros cujas experiências serão compartilhadas.
"Os processos curatoriais nestas instituições, muitas vezes, carecem de oportunidade de um fórum específico para tratar dos avanços tecnológicos, metodológicos e aqueles pertinentes à gestão dos acervos", conta o presidente da Comissão Organizadora do 1º SIGAC e professor do Instituto de Geociências da UnB, Prof. Demerval Aparecido do Carmo.
O evento reunirá as experiências de cinco palestrantes internacionais e três brasileiros na gestão de museus ligados a universidades federais, privadas, organizações não governamentais e fundações, e também modelos de gestão não governamentais. Além disso, haverá mini-cursos sobre o manejo de coleções, sobre plano museológico e um estudo de caso de exibição do Museu de História Natural de Nova Iorque (EUA), um dos maiores do mundo desse gênero.
Os palestrantes internacionais são: Eimear Nic Lughadha (Royal Botanic Gardens Kew) e Martha Richter (Natural History Museum), ambos do Reino Unido; Ruben Cuneo (Museu Paleontológico Egidio Feruglio), da Argentina; Edwin van Huis (Naturalis Biodiversity Center), da Holanda, e Michael Meister (American Museum of Natural History), dos EUA. Do Brasil, os palestrantes são Sérgio Alex Kugland de Azevedo, que falará sobre o exemplo de gestão do Museu Nacional da Universidade Federal do Rio de Janeiro; Cástor Cartelle, que falará sobre a gestão do Museu de Ciências Naturais da Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais e Andréa Francomano, Secretária Municipal de Meio Ambiente de São José dos Campos (SP), que abordará os modelos de gestão não governamentais.
"O nosso objetivo é promover o intercâmbio de experiências científicas e tecnológicas, identificar possibilidades para o futuro e discutir soluções de conservação, gestão e exibição dos acervos científicos do Brasil, que além de possibilitar a melhor gestão futura desses acervos, também visem subsidiar a criação de um museu de história natural na capital", afirma o pesquisador da Embrapa Recursos Genéticos e Biotecnologia Dr. José Roberto Moreira, presidente do Comitê Técnico-Científico do 1º SIGAC.
O 1º SIGAC estará dividido em uma seção de abertura, um dia inteiro de apresentações com oito palestrantes internacionais e brasileiros que vão apresentar suas diferentes experiências, a apresentação do status quo dos acervos científicos do Brasil e a oficina "Gestão de Acervos Científicos", que vai discutir o manejo, gestão e exibição de coleções. Também serão oferecidos dois minicursos, "Curadoria Científica" e "Plano Museológico", voltados para estudantes e profissionais que atuem na área de gestão de acervos (curadoria, gerenciamento de acervos científicos e exposição em ciências naturais).
"Precisamos desenvolver o conhecimento necessário para a utilização destes acervos para a promoção da pesquisa e de exposições para o desenvolvimento de uma cultura científica e artística na sociedade", enfatiza o pesquisador José Roberto Moreira.
O 1º SIGAC recebe patrocínio da Fundação de Apoio à Pesquisa do Distrito Federal (FAP-DF) e da Fundação de Empreendimentos Científicos e Tecnológicos (FINATEC). A realização é da UnB, Embrapa e do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio). O apoio é do Governo de Brasília, Administração Regional do Plano Piloto, Instituto Brasileiro de Museus (Ibram), Centro de Excelência do Cerrado (Cerratenses), Centro Nacional de Pesquisa e Conservação da Biodiversidade do Cerrado e Caatinga (CECAT-ICNBio), Fundação Jardim Zoológico de Brasília, Jardim Botânico de Brasília (JBB), Universidade Católica de Brasília, Centro Universitário de Brasília (UniCEUB), Sociedade Brasileira de Paleontologia, Sociedade Botânica do Brasil, Sociedade Brasileira de Recursos Genéticos e Sociedade Brasileira de Zoologia.
Grupo de pesquisadores trabalha na criação de um Museu de História Natural em Brasília
Um grupo de trabalho formado por pesquisadores da UnB, ICMBio, Embrapa, Jardim Botânico, Universidade Católica e outras instituições de Brasília reúne-se desde o início do ano com um objetivo em comum: unificar os esforços de curadores dos acervos biológicos, paleontológicos e de recursos genéticos armazenados em suas instituições para melhorar as condições dos acervos e lutar pela criação de um Museu de História Natural em Brasília.
A realização do 1º Seminário Internacional de Gestão de Acervos Científicos (1º SIGAC) pode ser considerada a primeira grande ação do grupo, que aprovou projeto junto à FAP-DF para a realização do evento. Os quatro dias de discussão e troca de experiências tem como um de seus principais objetivos o desenvolvimento do conhecimento necessário para a criação do museu.
"Embora os acervos existentes em Brasília, e no Brasil como um todo, reúnam uma faixa importante da biodiversidade do país, o reconhecimento, a adequação das condições de manutenção e o seu armazenamento ainda são mais dependentes do esforço individual de cada curador do que do apoio das instituições que abrigam os acervos", explica a pesquisadora Dra. Suelma Ribeiro Silva, do ICMBio.
O que é um Museu de História Natural
História natural é um termo genérico para o que é hoje geralmente visto como um conjunto variado de disciplinas científicas distintas. A maior parte das definições inclui o estudo das coisas vivas (ex: biologia, incluindo botânica e zoologia), enquanto que outras definições estendem o conceito até incluir a geografia, paleontologia, a ecologia ou a bioquímica, bem como partes da geologia e da física e até mesmo da meteorologia. A uma pessoa interessada em história natural chama-se naturalista.
Nos séculos XVIII e XIX, o termo história natural era usado com frequência, a fim de designar todos os estudos científicos, contrapondo-os à história política ou eclesiástica. Assim, a área que abrangia incluía todos os aspectos da física, da astronomia, da arqueologia etc. Ainda se encontra este uso nos nomes de algumas instituições, como o Museu de História Natural, em Londres, o Museu Nacional de História Natural (parte da Smithsonian Institution) em Washington, DC, o Museu Americano de História Natural em Nova Iorque (que também publica uma revista chamada Natural History), etc.
As inscrições para o 1º SIGAC já estão abertas e podem ser feitas pelo site http://1sigac.wix.com/1sigac ao custo de R$ 100,00 para todos os participantes. Também é possível pedir isenção do pagamento da taxa de inscrição.
Irene Santana (MTb 11.354/01)
Embrapa Recursos Genéticos e Biotecnologia
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