Embrapa e União Europeia concluem projeto educacional sobre desperdício de alimentos
Embrapa e União Europeia concluem projeto educacional sobre desperdício de alimentos
Foto: Fabiano Estanislau
Embrapa & Escola no Acre: atividades lúdicas envolvem estudantes no debate sobre sustentabilidade
Desde 2017, Embrapa liderou dois projetos nos Diálogos Setoriais União Europeia - Brasil com enfoque em desperdício de alimentos.
“Reduzir o desperdício no final da cadeia agroalimentar é um processo de mudança cultural que demanda ações contínuas de educação”, enfatiza Ignacio Ybáñez, embaixador da União Europeia no Brasil, na apresentação do relatório “Sem Desperdício: Diálogos sobre Consumo Sustentável”. O documento encerra mais um projeto da parceria para o enfrentamento do desperdício de alimentos entre Embrapa, União Europeia (UE) e WWF-Brasil por meio dos Diálogos Setoriais UE-Brasil. As atividades, iniciadas ainda em 2017 com a visita de Vytenis Andriukaitis, Comissário da UE, à Embrapa, incluíram dois seminários internacionais, pesquisa quantitativa sobre desperdício de alimentos, missão à Europa e eventos presenciais com estudantes e professores.
O presidente Celso Moretti enfatiza na mensagem de abertura do relatório que a Embrapa tem uma longa trajetória no desenvolvimento de soluções para a redução de perdas pós-colheita e do desperdício de alimentos. “Nossa atuação nesta frente envolve o desenvolvimento de ativos tecnológicos, tais como embalagens inteligentes e revestimentos comestíveis que ampliam a vida útil de frutas e hortaliças, e também novos produtos alimentícios alinhados com o conceito de economia circular”, comenta.
“As oportunidades de engajamento com parceiros, tais como a Delegação da União Europeia no Brasil, também favorecem o fortalecimento de atividades educacionais para avançarmos na redução do desperdício de alimentos nas cidades. O programa Embrapa & Escola, presente nos centros de pesquisa da Embrapa em todas as regiões brasileiras, incrementa nossa conexão com o público urbano e contribui para mostrar às futuras gerações o quanto é importante valorizarmos a pesquisa agropecuária”, complementa o presidente.
“O projeto ainda previa a realização de mais dois eventos presenciais neste primeiro semestre, mas tivemos que cancelar em função da pandemia. O bom relacionamento construído com a UE e outros organismos internacionais vai nos permitir seguir colaborando neste tema tão desafiador e relevante”, comenta o analista Gustavo Porpino, coordenador do projeto.
Materiais educativos seguem sendo utilizados
Em sua segunda fase, o projeto possibilitou a produção e impressão do Manual do educador #SemDesperdício para professores, com sugestões de atividades educativas lúdicas sobre consumo sustentável e os impactos do desperdício de comida no meio ambiente, e uma revistinha em quadrinhos da Turma da Mônica.
O gibi “Comer sem desperdiçar”, editado pelo Instituto Maurício de Sousa, obteve ampla repercussão, assim como o guia didático, que traz contribuições para educação de crianças e pode ser utilizado em sala de aula, pelo educador, ou em espaços apropriados para realização das atividades.
Para aumentar os impactos do projeto, foram desenvolvidas atividades presenciais com estudantes e professores na Embrapa Acre (Rio Branco – AC), Embrapa Tabuleiros Costeiros (Aracaju - SE) e na sede da Embrapa (Brasília – DF). Além disso, por meio do WWF-Brasil, parceiro da iniciativa Sem Desperdício, foi organizado um dia de campo para influenciadores digitais no núcleo rural Pipiripau (DF) para debater a produção e o consumo sustentável de alimentos.
O relatório sintetiza as ações da iniciativa, mas os materiais produzidos permanecem sendo utilizados após a conclusão do projeto. Há potencial de disseminá-los em iniciativas correlatas, tais como os Diálogos Nórdicos, iniciativa das embaixadas da Dinamarca, Finlândia, Noruega e Suécia para debater sustentabilidade com estudantes de escolas públicas do Distrito Federal; programa Escolas na Ceasa, além do uso nas visitas do programa Embrapa & Escola.
Embrapa Hortaliças intensifica interação com público estudantil
Para Henrique Gianvecchio, chefe de transferência de tecnologias da Embrapa Hortaliças, intensificar o relacionamento com estudantes e professores amplia as possibilidades de fortalecer temas relevantes, tais como o incentivo ao consumo de hortaliças, o combate ao desperdício e o fortalecimento da produção sustentável. “Trabalhamos com esses temas para contribuir com o desenvolvimento do pensamento científico e inovador entre os estudantes”, diz.
Para a segunda edição do Concurso de Inovação Horta & Escola, a Embrapa Hortaliças busca novos parceiros para fortalecer a iniciativa e realizar também nova edição da feira de ciências Pesquisadores do Futuro. “Nossa intenção é ampliar as parcerias para que mais crianças recebam o incentivo e o conhecimento disponível para gerar inclusão social e desenvolvimento humano”, comenta Henrique.
Com informações da assessoria de comunicação dos Diálogos Setoriais.
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