Podridão da uva madura no Semiárido é tema de live
Podridão da uva madura no Semiárido é tema de live
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Com o mês de dezembro chega também o período com clima mais úmido no Vale do São Francisco, que é uma condição favorável para o desenvolvimento da podridão da uva madura, uma doença que tem chamado a atenção dos viticultores e técnicos da região. Visando auxiliar no seu controle, a Embrapa promoveu live sobre o “Manejo da Podridão da Uva Madura no Semiárido”, com o pesquisador Lucas Garrido, na sexta-feira, dia 11 de dezembro.
A podridão da uva madura é uma doença causada pelo fungo Glomerella cingulata e chega a causar grandes perdas na produção e na qualidade das uvas, podendo inviabilizar toda a safra. “As condições de umidade são muito favoráveis para a disseminação da doença, que ataca especialmente as uvas com um alto teor de açúcar, bem na hora da colheita. É importante que o manejo seja rápido e bem feito para evitar os prejuízos e a expansão da doença”, alerta Lucas Garrido, que é fitopatologista da Embrapa Uva e Vinho e possui larga experiência no controle da podridão da uva madura, tendo acompanhado a doença desde os primeiros surtos, no início dos anos 2000, na Serra Gaúcha.
Garrido comenta que no início dos anos 2000 foi detectada a doença em uvas de mesa e processamento na Serra Gaúcha. Já em 2015, técnicos da região norte do Paraná e São Paulo constataram a podridão em vinhedos de uvas de mesa nessas regiões, especialmente nas variedades com alto potencial glucométrico. No início deste ano, algumas variedades de uva plantadas no Vale do São Francisco, submetidas a ocorrência de chuvas mais intensas e frequentes, alta umidade relativa e altas temperaturas, acabaram mostrando sintomas da podridão da uva madura.
Em parceria com a equipe da Embrapa Semiárido (Petrolina-PE), Garrido acompanhou os surtos na região do Vale do São Francisco, que se destaca pela produção de uvas de mesa para exportação. A atenção esteve voltada para as cultivares que alcançam altos teores glucométricos, como as uvas ‘BRS’ desenvolvidas pelo Programa de Melhoramento Genético “Uvas do Brasil”, em especial a ‘BRS Vitória’. “Precisamos agir rápido e proativamente para controlar e impedir o avanço da doença na região. O conhecimento que adquirimos nas outras regiões estará à disposição dos viticultores do Semiárido”, complementa o pesquisador.
Viviane Zanella (14400)
Embrapa Uva e Vinho
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