21/12/20 |   Transferência de Tecnologia

Espumante brasileiro ganha taça especialmente desenvolvida para ele

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Foto: Viviane Zanella

Viviane Zanella - O fundo em “V” propicia a formação do perlage (borbulhas)

O fundo em “V” propicia a formação do perlage (borbulhas)

Uma boa notícia para acompanhar as celebrações de final de ano: a Embrapa e a Strauss, pertencente ao Grupo Oxford, formalizaram o contrato de parceria para dar continuidade à comercialização da Taça desenvolvida especialmente para o espumante brasileiro, seguindo o exemplo  de outras regiões vinícolas do mundo. O produto já pode ser adquirido nas principais lojas de presentes do Brasil.

“Hoje, vinhos de diferentes estilos são vinculados a taças que potencializam suas qualidades. E um produto tão nobre como o espumante brasileiro merece essa distinção”, pontua Mauro Zanus, pesquisador da Embrapa Uva e Vinho, líder do projeto que contou com a colaboração de diversos especialistas para chegar ao modelo ideal da taça. “A taça valoriza as características de cor, efervescência, aroma e sabor do espumante brasileiro. Também consideramos os aspectos funcionais, a estética, a beleza do formato (shape) e a espessura do cristal”, destaca o especialista.

Confeccionada artesanalmente em fino cristal, a Taça do Espumante Brasileiro apresenta linhas finas e elegantes. O fundo em “V” propicia a formação do perlage (borbulhas), enquanto o bojo sinuoso valoriza a sua manutenção; a boca estreitada concentra a liberação de aroma e um encaminhamento da nobre bebida para o prazer dos consumidores. Para Cassio Sampaio, Brand Manager da Strauss, a leveza da taça e a fina espessura da borda garantem que a experiência da degustação do espumante seja plena e sofra o mínimo de interferência possível.

A taça foi lançada em 2009, mas somente agora, com a aquisição da Cristallerie Strauss pelo Grupo Oxford, a parceria foi restabelecida, garantindo a  continuidade da ação. Segundo Marcos Botton, chefe de Transferência de Tecnologia da Embrapa Uva e Vinho, a retomada da produção e comercialização da taça do espumante brasileiro era uma demanda permanente dos enófilos e profissionais envolvidos com o mundo do vinho. “A celebração do contrato de parceria disponibiliza novamente o produto para estar presente nos momentos de brindar realizações com o espumante brasileiro”.

Desenvolvimento da Taça

O desenvolvimento da taça contou com o conhecimento das parceiras Embrapa Uva e Vinho, Associação Brasileira de Enologia e Cristallerie Strauss, que se dedicaram a utilizar todo o conhecimento técnico de suas equipes, em suas áreas de atuação: pesquisa, enologia e confecção de cristais, e também contemplaram a opinião dos principais agentes envolvidos na elaboração, comercialização e promoção do espumante brasileiro.

O processo de desenvolvimento da Taça ocorreu em quatro etapas, com a participação de profissionais qualificados das principais entidades do setor de vinhos do Brasil, promovendo a discussão e validação pelo setor vitivinícola. Na primeira etapa, profissionais avaliaram apenas o aspecto visual dos 26 modelos de taças selecionadas, considerando originalidade, estética e funcionalidade. As avaliações foram individuais, sem a permissão de comentários.

Na segunda etapa, em condições de laboratório, fez-se a avaliação técnica das seis taças melhor pontuadas na etapa anterior. Nesta fase, os participantes foram solicitados a avaliar a qualidade da taça em uma situação real de prova, com um espumante típico da Região Sul do Brasil.

A terceira etapa ocorreu na Cristallerie Strauss com pequenos ajustes nas dimensões de altura e diâmetro de bojo das duas taças que apresentaram maior pontuação e também seguindo critérios técnicos apontados pelos especialistas da Cristallerie. A última etapa foi o teste final pela pela diretoria da ABE, a qual confirmou sua adequação técnica para a valorização das características do espumante brasileiro.


A arte da confecção da taça

A Taça do Espumante Brasileiro é feita manualmente por artesãos extremamente habilidosos formados na própria indústria. “Cada pessoa cuida de uma etapa da produção, de acordo com sua expertise. Um mestre vidreiro precisa de longos anos de treinamento para aprender todas as fases de produção e conhecer todos os segredos”, destaca Cassio Sampaio da Strauss.

A matéria-prima utilizada para a confecção do cristal é criteriosamente selecionada, desde a areia, bem como os componentes químicos que farão parte da sua composição (Bórax, Carbonato de Sódio, Carbonato de Potássio, Nitrato de Potássio, Óxido de Arsênico e Litargírio 24% PbO).

A fusão plena destes elementos acontece a uma temperatura de aproximadamente 1460ºC. Estando pronta a fundição, inicia-se o processo de fabricação do produto, no qual o profissional colhe o material do forno por intermédio da cana de vidreiro que será soprado em um molde específico de acordo com o design da peça.

As fases seguintes serão a confecção da haste e a colocação da base da taça. Estas peças irão passar por um forno de alívio de tensões, para acomodar as moléculas que se encontram desarranjadas em sua composição, evitando assim que ocorram os devidos choques térmicos em seu manuseio.

Os procedimentos de beneficiamento acontecem logo após o corte da capa ok; as bordas internas e externas das peças são suavemente lixadas e polidas por profissionais hábeis e qualificados para este serviço.

 

 

Viviane Zanella (14400)
Embrapa Uva e Vinho

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Telefone: 54-991424930

Mais informações sobre o tema
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www.embrapa.br/fale-conosco/sac/

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