Oficina realiza encaminhamentos para a atividade de piscicultura em tanque rede no Lago de Palmas
Oficina realiza encaminhamentos para a atividade de piscicultura em tanque rede no Lago de Palmas
Encaminhamentos para tentar resolver desafios enfrentados por piscicultores dos sete municípios banhados pelo Lago de Palmas: além da capital tocantinense, Lajeado, Miracema, Tocantínia, Porto Nacional, Ipueiras e Brejinho de Nazaré. Estes podem ser considerados a principal contribuição efetiva de oficina que aconteceu hoje, 30 de setembro, em Palmas e discutiu a piscicultura em tanque rede no local.
As demandas tecnológicas foram divididas em três áreas: pesquisa, extensão e ensino. No que se refere a pesquisa, por exemplo, um desafio identificado foi desenvolver tecnologias para produção de espécies nativas em tanque rede. Para resolvê-lo, a Embrapa deve elaborar projetos visando a determinar indicadores zootécnicos para o lago. Ou seja, que parâmetros os produtores precisam respeitar em termos de densidade de estocagem, tamanho e formato dos tanques, viabilidade econômica, exigência nutricional e técnicas de manejo, variáveis dependentes da espécie cultivada. Outra ação discutida foi a implantação futura de um campo experimental no próprio Lago de Palmas.
Em termos de ensino, um desafio a ser trabalhado é a ampliação do número de profissionais capacitados na área de piscicultura. Neste sentido, devem ser disponibilizadas capacitações para formandos de cursos ligados a ciências agrárias até outubro de 2016. Como responsáveis por esse encaminhamento, além da Embrapa, ficaram o Instituto de Desenvolvimento Rural do Estado do Tocantins (Ruraltins) e a Secretaria de Desenvolvimento da Agricultura e Pecuária (Seagro).
No que se refere a demandas de extensão, um dos desafios é equipar as diferentes entidades para serviços de assistência técnica e assistência rural (Ater) e assistência técnica e extensão em pesca e aquicultura (Atepa). Para isso, ainda em outubro deste ano, deve ser discutida a parceria existente entre o Ruraltins e as prefeituras municipais e deve ser elaborado convênio entre o Ministério da Pesca e Aquicultura (MPA) e o Ruraltins. Outros desafios identificados foram gargalos na atividade de piscicultura, a necessidade de um Plano Estadual de Aquicultura e a produção, na própria estrutura em terra do parque aquícola, de peixes juvenis.
Potencial do estado – No dia anterior à oficina, houve seminário para socialização de experiências consideradas exitosas com piscicultura em tanque rede. No evento, mais uma vez, o potencial da atividade no Tocantins foi citado. Segundo Cleberson Zavaski, do MPA, há hoje no estado uma capacidade de produção anual de quase 300.000 toneladas de pescado em quatro lagos onde estão instaladas usinas hidrelétricas.
A maior capacidade produtiva está na Usina de Estreito, com mais de 129,6 mil toneladas ao ano. A Usina de Lajeado, construída no Lago de Palmas, tem mais de 89,2 mil toneladas anuais de capacidade de produção. Já a Usina de Peixe Angical possui capacidade de produzir mais de 45,2 mil toneladas anuais de pescado e a Usina de São Salvador mais de 27,2 mil toneladas ao ano.
Clenio Araujo (6279/MG)
Embrapa Pesca e Aquicultura
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